Em 2015, São Paulo registrou cerca de 100 mil casos de dengue, com 23 óbitos, e a situação pode ser ainda pior no ano que vem. A prefeitura visitou essas pessoas que foram infectadas e, das 37 mil residências, 33 mil possuíam suspeitas de focos de larva.
— O cenário não é bom para 2016, por causa do aumento das chuvas, da possibilidade de interrupção de água e, como vimos em pesquisas do Instituo Butantã, o mosquito está ficando mais resistente e se adaptando a temperaturas mais baixas.
Padilha afirma que, em dezembro, o município espera ter a regulamentação para entrar nos domicílios com situação de risco e a utilização dos drones para monitorar o foco. A prefeitura já pediu autorização da Anac (Associação Nacional de Aviação Civil).
Além disso, o secretário também afirmou que, com o resultado da pesquisa realizada em novembro, será feita uma apresentação dos dados ao Exército para ter o acompanhamento nas visitas de monitoramento. Segundo avaliação da pasta, 80% dos focos de larvas se encontram dentro das casas, por isso Padilha ressalta a importância da conscientização da população.
— Faremos tudo o que é possível para reduzir o risco. A sensibilização nas visitas para a mobilização, as estratégias de controle químico do mosquito, as visitas quinzenais de ferros velhos, borracharias e terrenos abandonados.
O secretário afirma que, nesses pontos, além das visitas quinzenais, a prefeitura utilizará o inseticida que mata a larva, afetando diretamente aqueles focos.
Padilha ainda disse que, em relação ao cuidado à saúde, o foco principal é buscar reduzir a letalidade e reforçar a capacitação dos hospitais.
Em relação ao zika vírus, Padilha disse que o principal cuidado deve ser em eliminar o mosquito Aedes Aegypti, que também é transmissor.
— Se queremos uma cidade sem zika, temos que aumentar os esforços para eliminar o mosquito transmissor da doença. É só isso que pode ser feito. Não só SP, mas toda cidade do Brasil que tiver o aeds aegypti tem risco de ter zika. Estamos atentos. Acho que é importante aguardar a conclusão do processo de investigação da relação entre o zika e a microcefalia para se tirar conclusões. Mas os cuidados devem continuar independente disso. E o único cuidado é controlar o mosquito.