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‘Somos prestadora de assistência médica, não seguradora financeira’, diz presidente da Amil

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A trajetória do presidente da Amil mostra a relação íntima que o empresário José Seripieri Filho tem com a luta por sobrevivência. Acometido por gagueira crônica, começou na área da saúde vendendo planos da Golden Cross porta a porta. Antes disso, para pagar o cursinho, era sacoleiro, vendendo produtos comprados no Paraguai para os demais vestibulandos. “Eu era muito gago, não conseguia vender por telefone. Decidi ir para a rua”, contou Júnior, como é mais conhecido, ao videocast Papo da Saúde, no estúdio montado no estande do SindHops/FESAÚDE durante a Hospitalar 2025. “Bati recorde de vendas dois meses seguidos. Um dia, vi lá a associação de delegados. O primeiro contrato com essa associação, que daria origem à Qualicorp, foi assinado em 1987”. Clique aqui e assista à íntegra da entrevista.

 

 

Durante a entrevista, concedida a Francisco Balestrin, presidente do SindHosp/FESAÚDE, Júnior contou que comprou a Amil do grupo UHG como um “pacote fechado”, sem uma auditoria sequer, nem vistoria. “Dede 2018, demonstrava interesse em comprar Amil. Em 2023, pedi uma reunião e perguntei: ‘Quanto a questão cronológica é imprescindível para vocês?’. ‘Totalmente’, ele respondeu, me dizendo que queria zerar a operação até 31 de dezembro. Peguei as chaves no dia 6 de fevereiro de 2024 sem saber exatamente o que encontraria. Outros interessados no negócio não teriam a agilidade para fazer a oferta que fiz”, contou Serpieri.

 

Sobrevivência e perseverança

 

No bate-papo, Júnior sempre se preocupou em demonstrar dois dos predicados que o tornaram o empresário que é hoje: humildade e perseverança. “Errei mais do que acertei, mas a perseverança foi maior. De tanto cair e levantar, uma hora dá certo. A história da Qualicorp sempre se pautou pelo medo de não sobreviver. Foi nossa motivação também na Amil , de certa forma. O plano era não morrer no primeiro ano e saímos de um caixa negativo em mais de 2,3 bilhões de reais para um caixa positivo em 700 mil reais, e estamos só comendo a escalada da montanha”.

 

 

Para o futuro, Júnior pretende que a Amil seja uma empresa prestadora de assistência médica, não uma seguradora financeira. “Não quero receber prêmio e pagar sinistro. Quero que seja uma empresa de gente para gente, fazendo o que tiver de ser feito, independentemente dos custos, sem fabricar tratamentos para faturar mais”, acrescentou o entrevistado.

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