Em 2019, o governo federal instituiu um novo modelo de financiamento da Atenção Primária à Saúde (APS), o Previne Brasil. Uma das principais características do programa era a adoção do financiamento baseado no pagamento por desempenho. Os Municípios receberiam recursos adicionais com base no cumprimento de metas e indicadores de qualidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Além disso, o Previne Brasil também introduziria uma série de incentivos financeiros para estimular a adoção de boas práticas e a melhoria contínua dos serviços de APS, por exemplo, o repasse de recursos adicionais para cidades que implementassem iniciativas inovadoras de cuidado primário. Quando lançado, o programa recebeu críticas por prever uma redução nos repasses para Municípios mais vulnerabilizados, que ainda não possuíam cobertura satisfatória da atenção básica.

O modelo entrou em vigência em 2020, mas a pandemia da Covid-19 impôs prorrogação nos prazos. Recentemente, o governo federal lançou um programa substituto, chamado “Reconstrução da Estratégia Saúde da Família”. Com valores fixos previstos de R$ 12 mil a R$ 18 mil para cada equipe, além de variáveis relacionadas a vínculo e qualidade de R$ 4 mil a R$ 16 mil, já representa uma evolução no modelo de financiamento, com avaliação de 21 indicadores para calcular o repasse aos Municípios. Isto inclui da satisfação da pessoa atendida até a resolutividade do atendimento pelas equipes multiprofissionais.