No dia em que o Brasil comemora o Dia do Hospital, 2 de julho, a FEHOESP- Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo divulgou para a imprensa nacional um release denfendendo um modelo assistencial que priorize a prevenção, a atenção básica e o atendimento “no lugar certo”. O presidente da Federação, Yussif Ali Mere Jr, explica que o modelo assistencial que predomina atualmente no país é hospitalocêntrico, ou seja, centrado no hospital. “Muitos pacientes acabam procurando os prontos-socorros de hospitais por oferecerem atendimentos mais rápidos e eficientes, quando na verdade deveriam procurar um consultório, uma UBS, um posto de saúde”, alerta.
Ele explica que o hospital é um elo importante da cadeia de saúde, mas pela complexidade, estrutura e tecnologias que dispõe, deveria tratar prioritariamente casos mais complexos. “Hoje, pelas deficiências do sistema de saúde brasileiro, tanto público quanto privado, o hospital acaba suprindo as falhas do sistema e vira, muitas vezes, porta de entrada”.
A Federação, que hoje representa cerca de 55 mil serviços privados de saúde, defende um sistema de saúde hierarquizado e integrado, onde ações de assistência se complementem. Nesse contexto, é preciso valorizar as ações de promoção e prevenção e toda rede assistencial, que começa com o programa médico de família, os serviços primários de saúde, os consultórios, as UBS, os ambulatórios de especialidades, os serviços de diagnósticos, as clínicas até chegar ao hospital.
Nessa cadeia – explica o presidente da Federação – o hospital fica como uma das últimas opções por se tratar de um equipamento de alto custo. “É importante esclarecer que quem precisa de hospital deve ter acesso a ele. Defendemos apenas uma hierarquização da assistência em benefício do cidadão e da sustentabilidade do sistema de saúde, que precisa ser mais resolutivo e eficiente”, afirma.
Como mudar isso?
A FEHOESP defende a informatização total do sistema, com integração de dados de saúde públicos e privados; a melhoria do atendimento primário e secundário, especialmente no SUS; o enfoque em ações preventivas que destaquem hábitos saudáveis e o esclarecimento da população.
“O hospital sempre foi – desde sua origem histórica – um local de acolhimento. Sofrer, padecer de algum mal ou simplesmente suspeitar que está doente leva o paciente a pensar no hospital como um lugar adequado para resolver seus problemas. Mas, na verdade, precisamos conscientizar a população que nem sempre isso é verdadeiro. As autoridades de saúde também precisam agir para tornar o sistema de saúde mais eficiente”, destaca Yussif.
Para conscientizar a população sobre como procurar o atendimento certo no lugar certo, a FEHOESP fará posts em suas redes sociais durante o mês de julho e comunicados online aos seus associados.
Artigos
Desejos para a saúde em 2025
Nações, companhias, organizações da sociedade civil e o próprio ser humano costumam renovar pactos, redefinir estratégias e realinhar objetivos a cada final ou início de ciclo. Estes momentos de reflexão