No mês de setembro, José Carlos Barbério, presidente do IEPAS e diretor da FEHOESP e do SINDHOSP, teve mais uma vez sua jornada histórica na saúde reconhecida. No dia 14, o farmacêutico viu seu retrato eternizado no hall da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), que inaugurou uma galeria permanente com retratos dos ex-presidentes da entidade, como forma de manter a memória e o registro histórico das personalidades que compõem e compuseram seus 54 anos de trajetória. A mesma data, que coincide com a fundação da SBMN, passa a valer, a partir deste ano, como o “Dia do Médico Nuclear”.
Barbério foi o único não médico a presidir a SBMN. Aos 84 anos, o farmacêutico é reconhecido nacionalmente pelo pioneirismo na produção de radiofármacos, matéria-prima que revolucionou a medicina nuclear no país. Com doutorado em Farmacologia e longa carreira no setor de laboratórios, esta foi sua sétima homenagem em vida. A galeria é a sétima homenagem em vida ganha por Barbério que, como sempre, reconhece suas premiações emocionado.
“Muitos não eram nascidos aqui quando comecei, em 1957, quando fui convidado para ser assistente técnico de laboratório de radioisótopos e só tratava inicialmente de problemas de tireoide. Constitui uma família maravilhosa, que alguns vejo aqui, e pude colaborar e muito com a área de medicina nuclear. Graças a Deus o que fiz foi em prol de uma saúde melhor, desenvolvendo metodologias que facilitassem algumas etapas do nosso setor”, disse em seu discurso de agradecimento.
Atualmente, a Sociedade que começou no ano de 1961, no Centro de Medicina Nuclear, anexo à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, é constituída por médicos especialistas da área e outros profissionais de áreas correlatas, como tecnólogos, biólogos, físicos e químicos, contando com cerca de 500 sócios. A entidade tem por objetivo integrar e favorecer o desenvolvimento da comunidade médica nuclear e demais profissionais envolvidos no emprego de fontes abertas de radionuclídeos com finalidades diagnósticas ou terapêuticas, promovendo atividades científicas e de intercâmbio entre profissionais de todo o país.
“Além de relembrarmos a nossa história, o Dia do Médico Nuclear vem sedimentar um processo que temos há muito caminhado, em busca do reconhecimento da especialidade e de seu potencial no campo da medicina”, avalia Claudio Tinoco, presidente da SBMN. “Hoje, a medicina nuclear atua em diversas áreas como cardiologia, oncologia, hematologia, neurologia, entre tantas outras e usa quantidades mínimas de substâncias radioativas para diagnosticar diversas doenças. Entre os principais recursos estão a cintilografia e o PET-CT. Recentemente, vimos ainda o registro do primeiro radiofármaco para tratamento de câncer de próstata”.