Dando continuidade à série “WorkCafé”, a CEO do SindHosp, Larissa Eloi, recebeu na sede do Sindicato líderes e parceiros da startup Oportuniza para tratar do tema “Inovação e Oportunidades – Transformando o Futuro do RH na Saúde”. O enfermeiro e empreendedor Lincoln Oliveira Santana, CEO e Founder da Oportuniza, apresentou a plataforma que desenvolveu para auxiliar os diversos agentes do ecossistema da saúde no processo de recrutamento e seleção de profissionais. Já o empresário e também enfermeiro Márcio Conceição falou sobre a aplicação da análise corporal na contratação de colaboradores e montagem de times. Por fim, João Sirqueira, CEO e Founder da LonVI, abordou os desafios tecnológicos na área de Recursos Humanos.
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Lincoln Santana explicou que a plataforma Oportuniza.Digital molda o processo de recrutamento para entregar o que o que hospitais, laboratórios, clínicas e ambulatórios precisam. “Existe ali uma trilha que nos permite estabelecer uma pontuação até que o perfil do profissional dê ‘match’ com a vaga. O diferencial é que fornecemos as ferramentas que estão faltando para o candidato para atender a 90% do exigido”, explicou Santana. “Também desenvolvemos um aplicativo em que reunimos o ecossistema completo da saúde, oferecendo cursos, mentoria, compra e venda, vagas, tudo interativo. O objetivo é integrar soluções”.
Leitura do corpo
Márcio Conceição disse que a análise corporal se revelou uma ferramenta poderosa para “formar um time de alta performance”. “Lidar com o emocional do outro, com sentimentos e sensações, faz parte da liderança do futuro. E o formato do corpo diz muito sobre o perfil da pessoa, sobre o potencial que ela tem para cumprir com excelência uma determinada tarefa”, revelou Conceição.
Segundo ele, uma análise bem-feita, na contratação, reduz muito o risco de erro, chegando a 1%. “Realizamos uma leitura de partes do corpo, incluindo cabeça, olhos, tronco e pernas, e definimos cinco traços de caráter. Com essa informação, é possível organizar o processo de trabalho de acordo com a eficiência de cada um da equipe em diferentes tarefas: braçal, cerebral, de liderança, de articulação e assim por diante”, explicou o empresário. “Hoje, podemos fazer a leitura corporal de uma pessoa por fotos de redes sociais. No futuro, certamente, teremos a inteligência artificial nos auxiliando nesse trabalho”.
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Formado em engenharia mecatrônica, João Siqueira não veio da área da saúde e acabou entrando no projeto para viabilizar as questões tecnológicas. “Um dos diferenciais da plataforma da Oportuniza é que ela foi pensada considerando a jornada das duas partes, de quem contrata e de quem é contratado. Ou seja, queremos saber por que a pessoa está procurando emprego. Por que está desempregada? Por que quer um rendimento extra? Por que quer evoluir profissionalmente? Enfim, vemos a contratação como parte de um processo. Empresas e candidatos precisam se preparar”, conta Siqueira.
O convidado o WorkCafé lembrou que tecnologia é ferramenta, não objetivo, mesmo com inteligência artificial. “A tecnologia facilita, mas alguém tem de fazer a análise, tem de haver uma pessoa olhando para outra. Tirar o humano do RH não é possível. A questão é que a IA vai coletar informações de modo cada vez mais automático e poderá processar dados em escalas impossíveis para o humano, fazendo análises prescritivas, preditivas e por aí vai”.
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