23 de maio de 2013

Sociedade consumista quer mais informação

O consumidor contemporâneo mudou a forma de se relacionar com os produtos e serviços a ele ofertados. Essa mudança, explicou a sócia do escritório Carlini Sociedade de Advogados, Angélica Carlini, na primeira palestra do 7º Congresso Brasileiro de gestão em Laboratório Clínicos, que aconteceu em 23 de maio, também afetou a relação das pessoas com as empresas de saúde. “Nos últimos 70 anos houve muitas mudanças e elas não param. Isso foi responsabilidade da tecnologia, que mudou nossos hábitos e costumes, e fez a sociedade passar de produtora para consumista, e já chegamos ao hiperconsumismo”, explicou.
 
Para Angélica, mais vigilante e exigente, o novo consumidor cobra mais pelos seus direitos, leva em consideração a opinião da família e de amigos e pesquisa muito sobre a marca ou produto antes de utilizá-los ou adquiri-lo. E isso também está acontecendo na saúde. “Esse consumidor está cada vez mais atento, participativo e crítico. As empresas de saúde pensam que o cliente está preocupado  com hotelaria, mas na verdade ele quer mais informação. Já está provado: quanto mais a empresa se preocupa com o que é bom para o consumidor, mas ele se fideliza a essa marca, e esta proteção do cliente agrega valor ao produto.”
 
A advogada  fez questão de ressaltar que o consumismo fez a sociedade, ao longo dos anos, tornar-se multiculturalista, com tendência à vitimização, baixa resistência à frustração e  individualista, imaginando que tudo pode ser comprado, inclusive segurança, bem-estar e saúde. “Ter plano de saúde que possui em sua rede credenciada hospital e laboratório de alto padrão é considerado status. Se este consumidor vai ao médico e ele não pede exame, acha-se que não se foi a um bom profissional, e quando sua vontade não é atendida quer indenização, ou seja, dinheiro para comprar mais.”
 
Para enfrentar esta realidade, Angélica sugeriu que as empresas de saúde sejam mais dinâmicas, tentem compreender melhor o perfil desse consumidor para enfrentar os desafios, e sugeriu: “Usem a inteligência para resolver os problemas que surgirem e para traçar novos rumos para as empresas de saúde”. O 7º Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios Clínicos foi promovido pela Confederação Nacional de Saúde (CNS), Federação Nacional dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Fenaess), Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SINDHOSP) e Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) e organizado pelo IEPAS. O presidente do Instituto, José Carlos Barbério, coordenou a comissão científica do Congresso.
 
Fonte: SINDHOSP
 

Dois congressos de gestão encerram a Hospitalar 2013

Em 24 de maio, último dia da Hospitalar, dois congressos de gestão encerram a série de eventos promovidos pela Confederação Nacional de Saúde (CNS), Federação Nacional dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Fenaess) e Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SINDHOSP), e organizados pelo IEPAS. São eles: 4º Congresso Brasileiro de Aspectos Legais para Gestores e Advogados da Saúde e o 8º Congresso Brasileiro de Gestão em Clínicas de Serviços de Saúde.

Acompanhe, em breve, notícias sobre os eventos. 

Empresas que não inovam não sobrevivem

 

A afirmação foi de Luiz Felipe Vilela, diretor Corporativo da MV Sistemas, durante o painel que abriu os trabalhos do 6º Congresso Brasileiro de Gestão em TICS (e-health), realizado nesta quarta-feira, 21 de maio, em paralelo à Hospitalar.
 
Segundo ele, pesquisas ao redor do mundo comprovam: 74% das empresas globais identificam que a inovação é vital, e nove em cada dez executivos sênior entendem que a inovação é fundamental para o crescimento e para garantir a continuidade das organizações.
 
No Brasil, segundo mostrou Vilela, houve um crescimento de 70% no registro de novas patentes de 2007 a 2009, conforme um estudo da Revista Exame publicado em 2011. “E as empresas que atuaram nos mercados emergentes cresceram vinte vezes mais em seu faturamento do que as que permaneceram em mercados tradicionais”, afirmou.
 
Mas, afinal, o que é inovar? Será um golpe de sorte, uma questão de genialidade individual, algo fortuito? Para Vilela, a inovação depende muito mais de cultura organizacional do que de sorte ou de talentos solitários. “É claro que os talentos contam, mas é preciso reconhecê-los”, lembrou. “Será que a sua empresa está atenta às diferentes formas de inovação?”, provocou.
 
Permitir a participação de todos os colaboradores da empresa é fundamental para promover a inovação. “Às vezes a gente elimina do processo de inovação grande parte de nossos colaboradores”, afirmou Vilela.
 
Lidar com erro ou com fracasso também faz parte do processo da inovação, uma vez que o risco está envolvido quando produtos ou ideias novas se propõem a criar um novo mercado. “Sua empresa está preparada para a ruptura? Porque investir em algo inovador pode significar margens menores de lucro, resultados iniciais pequenos, possibilidade de fracasso, mas também possível pioneirismo e ganhos acima de média”, disse.
 
Inovar, no entanto, não significa apenas lançar produtos geniais. Também significa implantar processos novos e modificar culturas organizacionais.
 
Fonte: SINDHOSP
 
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