3 de janeiro de 2014

Depois dos 50, mamografia será sem marcação

As mulheres paulistas com mais de 50 anos poderão fazer mamografias no mês de aniversário, sem necessidade de agendamento, em mais de 300 ambulatórios médicos de especialidades (Ames) e em quatro unidades itinerantes, que percorrerão a capital e o interior. O primeiro veículo de exames foi inaugurado em Santo Amaro, na zona sul, pela Secretaria de Estado de Saúde. O atendimento nas Ames e nas outras unidades começará em janeiro.
 
A expectativa é de que cada ponto itinerante do projeto, batizado de "Mulheres de Peito", faça mil atendimentos por mês. As carretas de exames terão estrutura para realizar mamografias, biópsias, exames histológicos (para detecção de câncer) e marcação de consultas, em caso de resultado positivo. Para cada mil mamografias, é prevista a necessidade de cerca de 50 biópsias – retirada de amostras de tecido para análise.
 
"Queremos que todas as mulheres do Estado de São Paulo se previnam contra a principal causa de morte por câncer entre elas", explica o secretário estadual de Saúde, David Uip. O programa não tem prazo para terminar, e a pasta ainda definirá os trajetos das unidades móveis de exame. Serão privilegiados os pontos de maior vulnerabilidade no acesso às unidades médicas onde há aparelhos de mamografia. A ideia é que elas fiquem entre 15 e 20 dias em um local e depois migrem para atendimento em outra região.
 
Cuidados. O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), José Luiz Pedrini, alerta para a importância do diagnóstico rápido. "A identificação precoce da doença evita cerca de 30% das mortes", afirma. A SBM recomenda que os primeiros exames de mama sejam feitos em faixa etária ainda mais jovem, a partir dos 40 anos. "A idade mínima ainda é motivo de debates acadêmicos no Brasil e no exterior", diz.
 
Pedrini alerta, no entanto, para o índice de exames que não conseguem identificar a doença. Em cerca de 20% dos casos, de acordo com ele, a mamografia não detecta o câncer. "É necessário que os programas de governo prevejam ainda mais consultas e acompanhamento das pacientes", defende.
 
Para ele, unidades itinerantes de consulta servem como incentivo, mas é fundamental conscientizar as mulheres sobre a prevenção. "É mais barato convencer as pessoas a irem aos locais de exame do que levar toda a tecnologia de diagnóstico para vários lugares", diz.
 

Ministério libera R$ 178 milhões para tratamento de aids

O Ministério da Saúde liberou R$ 178 milhões para tratamento de DST/aids. A verba é voltada para o financiamento de ações de vigilância, controle e prevenção de DST, aids e hepatites virais a todos os estados brasileiros. Embora tenha caráter social, o incentivo  pode ser destinado também para ações desenvolvidas por organizações da sociedade civil, como casas de apoio a pessoas portadores do vírus e para aquisição da fórmula láctea para crianças nascidas de mães soropositivas. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia são os estados que mais receberão verba.
 
O repasse financeiro será feito pelo Ministério por meio do Fundo Nacional de Saúde aos fundos estaduais e municipais, dividido em 12 parcelas. Para a definição dos valores do incentivo financeiro a serem distribuídos às secretarias estaduais e municipais de saúde, o ministério levará em conta critérios como número de casos de aids, hepatite B e C e número de casos de nascidos com sífilis congênita.
 
Este ano, o investimento do governo federal no combate ao HIV, aids, hepatites virais e DST chegou a R$ 1,2 bilhão. Desse total, cerca de R$ 770 milhões custeiam a oferta de medicamentos. Há 10 anos, a verba era quase a metade disso: R$ 689 milhões, dos quais R$ 551 milhões usados em tratamento, o que representou um aumento de 75 % no  investimento.
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