25 de julho de 2014

Hospitais fecham maternidades no país

Hospitais estão fechando unidades consideradas não rentáveis como maternidades, pediatrias e outras áreas de baixa complexidade médica. O Hospital Santa Catarina vai encerrar as atividades de sua maternidade, fundada há mais de três décadas, no fim de outubro, conforme publicou o Valor. A Santa Casa de Belo Horizonte informou que também pode fechar, em setembro, sua maternidade, que gera prejuízo de cerca de R$ 800 mil por mês.
 
Os dois casos não são isolados. Nos últimos anos, outros grandes grupos hospitalares de várias regiões do país seguiram o mesmo caminho. Entre eles, estão o São Camilo, Nossa Senhora de Lourdes e Santa Marina, localizados em São Paulo, o carioca Barra D'Or e o Vita , de Curitiba. Todos eles voltaram as atenções para áreas com maior retorno financeiro como oncologia, neurologia, cardiologia e ortopedia.
 
"A maternidade tem um custo elevado e os pacientes dessa área usam pouco a estrutura de um hospital geral, que tem despesas altas com manutenção de equipamentos sofisticados e estrutura. Com a profissionalização na gestão do setor, isso ficou mais evidente", explicou Francisco Balestrin, presidente da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) e que também é dos sócios do Grupo Vita.
 
"Fechamos a maternidade em Curitiba há seis anos. Na unidade de Volta Redonda (RJ) continuamos porque temos um acordo com a CSN, que vendeu o hospital, de manter a maternidade", disse Balestrin.
 
O presidente da Anahp destaca ainda que o custo de um parto em um hospital geral é superior ao de uma maternidade especializada. Sua justificativa é reforçada pelo diretor geral das maternidades Santa Joana e Pró-Matre, Marco Antônio Zaccarelli.
 
"Acredito que para ter um ponto de equilíbrio financeiro é preciso realizar cerca de 400 partos por mês", afirmou Zacarelli. A Pró-Matre e a Santa Joana realizam um total de 2,5 mil partos mensalmente. Para efeitos de comparação, no Santa Catarina são feitos 240 partos por mês e na maternidade da Santa Casa de BH, 330.
 
Mas não é apenas a escala que faz uma maternidade fechar as contas no azul. Segundo Zaccarelli, ao mesmo tempo em que a taxa de natalidade vem caindo nos últimos anos, as mulheres estão engravidando mais tarde e com isso aumentando o número de partos de alta complexidade. "Como somos focados em obstetrícia e ginecologia, temos toda uma estrutura para atender essas pacientes. Há dois anos, tínhamos 20 leitos de semi-UTI para atender casos complexos. Hoje, são 40", disse o diretor-geral do Grupo Santa Joana.
 
A decisão de encerrar as atividades de uma maternidade ou pediatria também ocorre porque nem todos os hospitais ainda têm fôlego para mais uma rodada de investimentos vultosos como a que ocorreu nos últimos anos. "O nosso custo cresce, há dois anos, em ritmo maior do que a receita. Com isso, a velocidade da expansão tende a diminuir. A ocupação e a instalação de equipamentos será gradual", disse Balestrin. Por outro lado, os hospitais continuam investindo em pronto-socorro, onde boa parte dos casos é de complexidade simples e baixa remuneração, porque cada vez mais as pessoas vão ao hospital para atendimentos e consultas simples.
 
A maternidade não é a única a perder espaço. A área da pediatria também encolhe, seja nos hospitais ou por falta de médicos, que preferem seguir outras especialidades devido à baixa remuneração. "Hoje não há mais tantos casos de patologias infantis. As crianças não ficam doentes como antes e quando há um problema são casos graves, como oncológico ou cirúrgico, em que o paciente usa o mesmo leito ou centro cirúrgico", disse Balestrin.

Projeto Bússola realiza novo módulo de capacitação

A capacitação e o desenvolvimento de propostas que buscam a excelência do atendimento e dos procedimentos médicos realizados pelas clínicas de saúde são os principais objetivos do Projeto Bússola, uma parceria inédita entre o SINDHOSP, a FEHOESP e a Organização Nacional de Acreditação (ONA), com realização do Instituto de Ensino e Pesquisa na Área da Saúde (IEPAS), que tem como objetivo auxiliar as clínicas médicas no processo de certificação de qualidade. Em 25 de julho, o projeto deu início ao seu terceiro módulo, que abrange as políticas de gestão de qualidade a notificação de eventos adversos.
 
Com a participação de dez clínicas, as avaliadoras da ONA, Audrey Ripple e Thaiana Santiago, apresentam um programa interativo e participativo, buscando a divisão de problemas e possíveis soluções entre os presentes. “Neste momento começamos a trabalhar a parte prática com as clínicas através de exercícios e relatórios embasados nas teorias apresentadas”, explicou Thaiana. “É importante ressaltar a assiduidade e a conscientização dos presentes em mudar a situação de suas clínicas. Hoje já vemos todos compartilhando erros e acertos e explorando as experiências positivas”, completou Audrey.
 
A satisfação dos representantes é o principal ponto lembrado pelo diretor suplente do SINDHOSP e conselheiro fiscal suplente da FEHOESP, Marcelo Luís Gratão. “A possibilidade que o Bússola oferece para as clínicas junto à ONA é uma oportunidade ímpar. O que percebemos é que este primeiro grupo se prontificou a aplicar as atividades propostas em seu dia a dia, mudando procedimentos, buscando se adaptar às normas técnicas e às políticas de qualidade da certificação. A partir desse ponto vemos como fomos assertivos na criação desse Projeto, sem dúvida iremos continua-lo”.
 
A terceira etapa do Projeto Bússola conta com sete módulos que serão realizados até o final de 2014. Ainda serão apresentados temas como gestão administrativa, cadeia de suprimentos e assistência farmacêutica, gestão da qualidade, atenção ao paciente, apoio técnico, diagnóstico e terapêutico e apoio logístico.
 
 

Instituto Sírio-Libanês realiza o Lasra 2014

As técnicas de anestesia regional avançam a cada dia e, com isso, a necessidade de saber utilizá-las corretamente. Estas são as propostas do 20º Congresso de Anestesia Regional e Controle da Dor – Lasra 2014, que será realizado entre os dias 21 e 23 de agosto no de Ensino e Pesquisa (IEP/HSL).
 
“Chegar à 20ª edição é extremamente significativo. Revela que estamos conseguindo oferecer informações relevantes aos profissionais de saúde”, explica a diretora científica da Lasra, Lígia A. S. T. Mathias.
 
Voltado para profissionais que desejam adquirir e gerar conhecimentos e rever sua prática profissional, esta edição do Lasra irá abordar entre outros temas: atualização de protocolo de atendimento de pré-eclâmpsia, diagnóstico e tratamento de dor crônica – ultrassom x radioscopia, bloqueios regionais em pediatria, responsabilidade civil em anestesia regional, protocolos em anestesia ortopédica e complicações em anestesia para cirurgia plástica.
 
“A anestesia regional dispõe de uma técnica para cada procedimento cirúrgico. Por isso, durante o congresso, destacamos muito a prática da atividade, o que atrai os profissionais que buscam atualizações”, completa o presidente da Lasra, Adilson Hamaji.
 
Com três dias de duração o Lasra 2014 terá conferências, workshops, discussões práticas e sessões paralelas de debates de casos clínicos. Além disso, um diferencial é a divisão de público. O primeiro dia é exclusivo para residentes e veterinários. Nos dois dias seguintes, a programação é destinada a médicos anestesiologistas, residentes e veterinários.
 
“Os residentes precisam de uma atenção específica e, por isso, estruturamos o evento desta forma, para abordarmos questões que estão sendo discutidas na residência”, explica o secretário e tesoureiro da Lasra, Pedro Paulo Kimachi.
 
Serviço
20º Congresso de Anestesia Regional e Controle da Dor – Lasra 2014
Data: 21 a 23 de agosto de 2014
Local: Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa
Endereço: Rua Coronel Nicolau dos Santos, 69 – São Paulo-SP
Informações e inscrições: http://goo.gl/36e8Ob
 
error: Conteúdo protegido
Scroll to Top