25 de agosto de 2014

FenaSaúde registra R$ 9,4 bi em gastos assistenciais no 1 º trimestre

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) anunciou que as empresas associadas registraram R$ 9,4 bilhões em despesas assistenciais nos três primeiros meses de 2014. Em comparação com o mesmo período de 2013, quando estas despesas somaram R$ 8,1 bilhões, houve crescimento de 15,6%. 
 
A entidade reúne 38% dos beneficiários de mercado de saúde suplementar no Brasil. Apesar do crescimento dos custos, as receitas das associadas à Federação cresceram a uma taxa menor: 12,8%, registrando R$ 11,6 bilhões no primeiro trimestre de 2014 contra R$ 10,3 bilhões no mesmo período do ano passado.
 
Segundo a FenaSaúde, a série histórica aponta para a tendência do crescimento das despesas com assistência à saúde superior à das receitas. Ao comparar os períodos de janeiro a março entre 2010 e 2014, as despesas assistenciais entre as associadas aumentaram em 98,1%, enquanto a evolução das receitas foi de 92,1%.
 
Tendência
O comportamento do mercado de saúde suplementar também acompanha tendência verificada pelas associadas à FenaSaúde, com crescimento das despesas com assistência médica em 67,9% nos últimos cinco anos, e receitas evoluindo 62,1%. Para Marcio Coriolano, presidente da entidade, o aumento das despesas assistenciais é consequência da incorporação de novas tecnologias médicas, o aumento do custo de materiais e medicamentos e a judicialização.
 
No que se refere à solvência, as associadas à Federação apresentaram incremento de 54,3% nas reservas financeiras nos últimos três anos, levando-se em consideração a comparação do primeiro trimestre de 2014, quando foram alcançados R$ 11,8 bilhões, com os R$ 7,6 bilhões registrados no mesmo período de 2012.
 
Este crescimento é considerado proporcional ao observado no mercado de saúde suplementar no período, que foi de 54,4%. Essas reservas técnicas são constituídas ao longo dos anos e devem ser mantidas pelas operadoras de planos e seguros de saúde, por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com a finalidade de garantir a capacidade de pagamento de todos os compromissos assumidos com os beneficiários.
 
 

Gastos de planos crescem 16%, revela IESS

Os custos das operadoras de planos de saúde com consultas, exames, terapias e internações cresceram 16% em 2013, mostra o Índice de Variação de Custos Médico-Hospitalares, divulgado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), ligado às operadoras. O VCMH é 10,1 pontos porcentuais superior ao da inflação geral oficial do período, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 5,9%.
 
Segundo Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS, o VCMH sempre varia acima da inflação oficial, tanto no Brasil quanto em países como Estados Unidos ou nos membros da União Europeia. Trata-se de um fenômeno mundial.
 
No caso brasileiro, diferentemente do IPCA, que capta apenas a variação dos preços dos produtos pesquisados, o VCMH/IESS também leva em conta o efeito da variação da frequência de uso dos serviços de saúde pelos beneficiários. Carneiro observa, no entanto, que a diferença de 10,1 pontos porcentuais entre os dois indicadores é maior que a vista em outros países.
 
Ainda segundo o superintendente, o indicador sofreu variação significativa ao longo de 2014. No primeiro semestre de 2013, o VCMH mostrou desaceleração. No segundo semestre, contudo, e mais acentuadamente a partir de setembro, o indicador voltou a acelerar.
 
Detalhes
 
Os gastos com internações foram novamente os principais responsáveis pelo impulso registrado ao longo do ano passado, devido ao peso que esse procedimento representa no cálculo do índice. O aumento do índice de internações se deve mais à elevação dos custos de cada procedimento do que a um incremento na frequência de uso desses serviços.
 
Entre os grupos de procedimentos analisados pelo VCMH, as internações foram responsáveis pela maior parte dos gastos das operadoras, respondendo por 61% do total. Exames, consultas e terapias respondem por 15%, 9% e 5% do total, respectivamente. 
 
Também pesa no VCMH a proporção de beneficiários com 59 anos ou mais, grupo que utiliza mais serviços de saúde. No total, essa faixa etária responde por 23,1% dos beneficiários, enquanto na população geral representa apenas 10,8%, segundo dados do Censo/IBGE de 2010.

Morre Antônio Ermírio de Moraes; ex-presidente da Beneficência Portuguesa

O empresário Antônio Ermírio de Moraes, presidente de honra do Grupo Votorantim, morreu na noite de domingo (24) na capital paulista, aos 86 anos, por insuficiência cardíaca, segundo a assessoria de imprensa da empresa. O corpo será velado na segunda (25), a partir das 9h, no Salão Nobre do Hospital Beneficência Portuguesa – que presidiu durante quase 40 anos. O enterro será às 16h no Cemitério do Morumbi.
 
Engenheiro metalúrgico formado pela Colorado School of Mines, nos Estados Unidos, Antônio Ermírio iniciou a carreira no Grupo Votorantim em 1949, sendo o responsável pela instalação da Companhia Brasileira de Alumínio, inaugurada em 1955. O grupo está presente em mais de 20 países, nos segmentos de metais, cimento, papel, química, eletricidade e sucos.
 
Em 1986, foi candidato ao governo do estado de São Paulo pela União Liberal Trabalhista Social ( PTB, PL e PSC), mas perdeu para Orestes Quércia (PMDB). Escreveu e produziu três peças teatrais, com foco nos problemas brasileiros, sendo membro da Academia Paulista de Letras.
 
Em nota, a Beneficência Portuguesa de São Paulo lamentou a morte do ex-presidente. "Perdemos um grande líder e um grande empresário, alguém dedicado à família, à sociedade e que prezava pelo investimento e apoio às ações na área de saúde. Presidente de Honra da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Antônio Ermírio de Moraes esteve à frente da Instituição por mais de três décadas, participando ativamente do seu desenvolvimento e sendo determinante para que ela pudesse atingir a excelência no atendimento médico prestado à população."
 
A Votorantim também divulgou uma nota lamentando a morte do empresário. “Com o falecimento do Dr. Antônio Ermírio de Moraes, o Grupo Votorantim perde um grande líder, que serviu de exemplo e inspiração para seus valores, como ética, respeito e empreendedorismo, e que defendia o papel social da iniciativa privada para a construção de um país melhor e mais justo, com saúde e educação de qualidade para todos. Dr. Antônio deixa a esposa, Dona Maria Regina Costa de Moraes, com quem teve nove filhos”. 

GRHosp discute a terceirização da saúde

Profissionais de Recursos Humanos e representantes de hospitais, clínica e laboratórios reuniram-se, na manhã do dia 20 de agosto, no auditório do SINDHOSP, em sua sede, em São Paulo, para mais uma reunião do Grupo de Recursos Humanos do Sindicato (GRHosp).  A terceirização que coloca em lados opostos empresas e Ministério Público do Trabalho (MPT) foi um dos destaques do encontro, coordenado pelo consultor de Gestão Empresarial, Nelson Alvarez. A novidade que fez os empresários a ter esperança de reverter uma batalha que tem sido perdida há tempos na Justiça do Trabalho é que pela primeira vez o Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar a questão.
 
Os ministros do STF julgarão se as empresas podem terceirizar suas principais atividades (atividade-fim). O Tribunal Superior do Trabalho (TST), última instância trabalhista, é contrário, razão pela qual as empresas perdem a maioria dos recursos que chega à Corte. Atualmente tramitam cerca de 20 mil processos sobre o tema.
 
Alguns dos setores mais afetados pela discussão são os de papel e celulose, produção de sucos, construção civil, telecomunicações, energia elétrica, logística, mineração, bancário e a saúde. “Talvez, agora, possamos ver uma luz no fim do túnel. A questão da terceirização é fundamental para o setor da saúde. É preciso a regulamentação para mudar o cenário atual”, comentou Alvarez.
 
Além disso, também foram discutidos a situação do país e o processo eleitoral; o Sistema Único de Trabalho (SUT); os projetos de lei (PLs) 7.549/14, que trata dos efeitos processuais da homologação na rescisão de contrato, e  o 6.496/13, que garante aos trabalhadores o direito a 30 dias corridos de férias anuais, independentemente da quantidade de faltas sem justificativa ao emprego; a lei 13.005/14, que altera a CLT; e o e-Social.
 
A partir das 11h, teve início a Assembleia Geral Extraordinária (AGE), em que foi discutida a negociação com o Sindicato dos Enfermeiros no Estado de São Paulo (SEESP).
 
 A próxima reunião do GRHosp será no dia 24 de setembro. 
 
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