12 de setembro de 2014

Levantamento do SINDHOSP é destaque no Jornal Nacional

O número de maternidades particulares está diminuindo, no Brasil. E a reportagem da Jornal Nacional mostra que os clientes de planos de saúde estão insatisfeitos com as alternativas oferecidas.
 
Rose pagou mais por um plano de saúde que dava direito ao parto em uma maternidade tradicional de São Paulo. Mas aos cinco meses de gravidez veio o susto.
    
“Fechamento da maternidade. Eles não terão mais o atendimento a partir do dia primeiro de novembro”, conta a dona de casa Roselaine Teixeira.
 
Ao procurar ajuda, Rose descobriu que o plano só tem obrigação de avisar do fechamento com alguma antecedência e oferecer opções. Rose ainda não sabe onde terá o bebê, porque não gostou da lista de hospitais que recebeu.
 
“São maternidades que não são de primeira linha”, explica Roselaine.
 
Fazer partos já não é um bom negócio
 
Sonhando com um atendimento melhor, quase 17 milhões de brasileiros se tornaram usuários dos planos de saúde nos últimos dez anos, mais da metade são mulheres e a maioria na fase reprodutiva. Mas o atendimento ao parto, que para elas é uma necessidade, está se tornando cada dia mais difícil, porque maternidades particulares estão sendo fechadas.
 
Segundo levantamento do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SINDHOSP), foram pelo menos 17 no estado de São Paulo e duas no Rio de Janeiro nos últimos cinco anos. Para o presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados, fazer partos já não é um bom negócio.
 
“Como são procedimentos que teoricamente são menos complexos, eles custam menos. Existe ainda um conjunto grande de hospitais, na própria rede dos hospitais privados, que mantém suas maternidades”, afirma o presidente Associação Nacional de Hospitais Privados Francisco Balestrin.
 
Maternidades superlotadas aumentam os riscos
 
Para os médicos, a mudança traz consequências.
 
“As maternidades estão superlotadas e é fácil de se perceber isso. Esse número excede, a qualidade cai e o risco aumenta”, diz o diretor da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de São Paulo César Eduardo Fernandes.
Preferência é investir no tratamento de idosos e doenças crônicas
 
Para o pesquisador da USP Mario Scheffer, o fechamento de maternidades preocupa. Porque, segundo ele, a preferência agora é investir no tratamento de idosos e doenças crônicas.
 
“Os hospitais eles não querem mais atender parto porque o lucro é menor do que internação, por exemplo, pra um tratamento de câncer, em cardiologia ou ortopedia”, explica o pesquisador da Faculdade de Medicina da USP Mario Scheffer.
 
Consumidor não pode ser prejudicado
 
A Agência Nacional de Saúde Suplementar, que fiscaliza o setor, diz que o consumidor não pode ser prejudicado. E que a troca de maternidade deve seguir o mesmo padrão da que fechou.
 
“A ANS, quando é comunicada, faz a análise da equivalência e, se não for equivalente, convoca a operadora, que ela não vai poder fazer aquela substituição”, diz a especialista em regulação da ANS Denise Domingos.
 

SUS terá hospital especializado em traumas em SP

Um hospital inédito na rede do SUS (Sistema Único de Saúde), especializado unicamente no atendimento a traumas, será construído na zona oeste da capital paulista. A previsão do governo do Estado é que as obras de adequação do espaço físico para implantar o hospital sejam iniciadas já no primeiro semestre de 2015. Ainda não há data para a inauguração.
 
Além dos atendimentos especializados em trauma, o hospital também abrigará a nova sede do Grau (Grupo de Resgates e Atenção às Urgências e Emergência), “tropa de elite” do resgate médico e atendimento a desastres que integra um sistema composto pelo Corpo de Bombeiros e o Grupamento de Rádio Patrulha Aérea da Polícia Militar, acionado através do número 193.
 
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o secretário estadual da Saúde, David Uip, estiveram no prédio que vai sediar o novo hospital, no Alto de Pinheiros. O prédio e o terreno pertenciam ao antigo Hospital Panamericano, cuja administradora faliu, e foi adquirido pelo governo por R$ 37,2 milhões.
 
Alckmin falou da importância da localização do hospital, que está próximo às marginais e rodovias importantes, como Raposo Tavares, Castello Branco, Bandeirantes, Anhanguera e Régis Bittencourt, facilitando o deslocamento das equipes de resgate. Ele já anunciou que outra região do Estado deverá ganhar uma unidade nos mesmos moldes.
 
— Hoje, infelizmente, você tem muitos idosos que caem e têm fratura, tem também motociclistas, acidentes rodoviários. Então, esse hospital vai ser muito importante. É um novo hospital para São Paulo e nós vamos fazer uma rede de atendimento a trauma. A segunda [unidade] será na região de Campinas.
 
O secretário David Uip informou que além de ser um dos principais causas de mortalidade por causas externas nas faixas etárias de um a 29 anos no Estado de São Paulo, os traumas também são responsáveis por muitos casos de incapacidades físicas, temporárias ou permanentes.
 
— A proposta do novo serviço é concentrar, em um único hospital, toda a estrutura e equipes altamente especializadas para prestar assistência de primeira linha às vítimas.
 
FOTO: Marco Ambrósio/Estadão Conteúdo

Reunião mensal do GRHosp será dia 24 de setembro

A reunião mensal do Grupo de Recursos Humanos do SINDHOSP (GRHosp) que seria realizada no dia 17 de setembro, no auditório do Sindicato, foi transferida  para do dia 24 deste mês, a partir das 8h30.
 
A Comissão de RH, sob a coordenação do consultor de Gestão Empresarial Nelson Alvarez, há mais de 20 anos reúne profissionais de hospitais, clínicas e laboratórios da área da capital e interior para a troca de informações e experiências.  
 
Nas próximas semanas será divulgada a pauta com os assuntos que serão discutidos na reunião do dia 24 de setembro.
 
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