26 de setembro de 2014

SINDHOSP recebe visita de Paulo Frange

O vereador licenciado e candidato a deputado federal pelo PTB, Paulo Frange, visitou, na manhã de 26 de setembro, as dependências do SINDHOSP para um encontro com os colaboradores do sindicato, da FEHOESP e do IEPAS.

O evento também contou com a presença de Yussif Ali Mere Jr, presidente do SINDHOSP e da federação; Luiz Fernando Ferrari Neto, diretor das entidades; e Marcelo Gratão, gestor do IEPAS. Durante a conversa, foram abordados os principais problemas da saúde no Estado de São Paulo, além de desafios e oportunidades para o setor nos próximos anos. 

Anvisa faz parceira para reduzir prazo de registro de produtos médicos

Um acordo de auditoria única para atestar o sistema de qualidade das fábricas de produtos para a saúde firmado por agências reguladoras do Brasil, Estados Unidos, Canadá e Austrália é a aposta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para reduzir os prazos de registro de produtos médicos e acelerar o acesso da população a novas tecnologias – o principal gargalo do setor segundo a Abimed Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed). 
 
De acordo com o diretor presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, o acordo vai possibilitar que, em vez de ser vistoriado por agências reguladoras de vários países, o sistema de qualidade de um fabricante de dispositivos médicos seja submetido a uma auditoria única, efetuada por organismos credenciados, que satisfaça os requisitos das autoridades regulatórias dos quatro países participantes. 
 
Barbano, que participou no dia 24 de setembro de encontro com empresários do setor de produtos para a saúde promovido pela Abimed, disse que a parceria, – denominada Programa de Auditoria Única em Dispositivos Médicos (Medical Device Single Audit Program – MDSAP) – começou a ser testada em janeiro deste ano por meio de um projeto-piloto que está em curso.  
 
Para o presidente-executivo da Abimed, Carlos Goulart, o programa ajudará a resolver o principal problema enfrentado hoje pelo setor de produtos para a saúde, que é a demora para certificação de boas práticas de fabricação e, consequentemente, para registro e comercialização de dispositivos médicos no país. 
 
“Atualmente, a espera pela auditoria e registro de novos produtos está ao redor de um ano. Já houve momentos em que a demora chegou a três anos. Embora o projeto-piloto deva ser concluído em dezembro do próximo ano e o acordo entre em regime de pleno funcionamento no país somente em 2016, não há dúvidas de que se trata de um grande avanço”, avalia Goulart.
 

ANS discute lei que exige contratos entre OPS e prestadores

As discussões sobre a regulamentação da lei 13.003/14, que torna obrigatória a existência de contratos escritos entre operadoras (OPS) e seus prestadores, foram iniciadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), nessa quinta-feira (25/9). Em reunião com um Grupo de Trabalho (GT), que reuniu os interessados no assunto, a ANS apresentou os pontos da lei que precisam ser esclarecidos e ouviu sugestões dos participantes. 
 
A lei 13.003/14, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, diz que “a inclusão de qualquer prestador de serviço como contratado (…) implica compromisso com os consumidores” e, por isso, permite a substituição de prestadores no plano desde que seja por prestador equivalente e que o usuário seja comunicado da mudança com 30 dias de antecedência. 
 
O texto também prevê a regulação das condições de prestação de serviço por meio de contrato escrito entre operadoras e prestadores. O instrumento jurídico deve trazer a definição dos serviços contratados, bem como seus valores, critérios, forma e periodicidade de reajuste, que deve ser anual, realizada no prazo improrrogável de 90 dias, a contar do início de cada ano-calendário. 
 
A novidade da lei é estabelecer que, em caso de não haver acordo entre as partes nas negociações de reajuste, a ANS ficará responsável por definir o índice de aumento.
 
O objeto de discussão do GT do órgão regulador é como essas questões serão tratadas e operacionalizadas. Coordenado pela diretora de Desenvolvimento Setorial, Martha Oliveira, o grupo definiu alguns pontos para discussão: se os contratos que já existem entre operadoras e prestadores precisam ser adaptados à nova regra; qual a equivalência para a substituição de prestadores; como será feita a comunicação com os usuários quando houver substituição de prestador; como cada item que deve ser abordado pelo contrato será estabelecido; a definição do ano/calendário; quando o índice proposto pela ANS será utilizado; e como definir esse índice.
 
Questiona-se, ainda, quem vai fiscalizar a existência dos contratos e os descumprimentos das cláusulas. “Precisamos verificar o que a Lei define como responsabilidade da ANS e o que não. Porque se, por exemplo, uma operadora descumpre sua parte, a agência pode notificá-la, mas se um prestador descumpre o contrato, a lei não dá a ANS poderes para fiscalizá-los. E é isso que precisamos definir como será feito”, explicou Martha Oliveira.
 
A resolução normativa (RN) também vai prever as penalidades que couber, como a ausência do contrato mesmo após o término do prazo. O contrato em si também deve definir as penalidades para o descumprimento das obrigações de cada uma das partes.
 
A contratualização não é assunto novo para a ANS. Há normas da agência que já estabeleciam regras para a questão, como as RNs 42, 54, 71, 241 e a instrução normativa (IN) 49. De acordo com a diretora, todas essas normas que já tratam do assunto serão consolidadas na nova RN, complementando o que faltar. “A lei reforça o que já vínhamos trabalhando e favorece para que os contratos aconteçam, porque muitos prestadores ainda não possuem um instrumento jurídico junto às operadoras”.
 
Um dos pontos mais polêmicos, a definição de um índice de reajuste pela ANS, será tema específico de uma das próximas reuniões do GT. Martha Oliveira explicou que é preciso discutir os critérios para formação desse índice, quando ele será aplicado e se haverá um prazo para a negociação entre as partes, antes que a ANS se pronuncie. 
 
O GT terá mais três encontros para discutir essas questões e finalizar os trabalhos com uma minuta para a RN. A lei 13.003/14 entra em vigor no dia 24 de dezembro, mas o ideal é que a regulamentação esteja pronta antes disso. Por isso, a ANS vai reunir o GT nos dias: 
 
17 de outubro, quando serão detalhados os pontos apresentados no primeiro encontro;
 
4 de novembro, que vai discutir o índice de reajuste; e
 
11 de novembro, quando será apresentada e discutida a minuta de regulamentação.
 
Quem quiser participar das discussões da próxima reunião, pode enviar sugestões para lei13003@ans.gov.br, até o dia 10 de outubro.
 
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