Presidente fala sobre perspectivas para hospitais

O presidente do SINDHOSP e da FEHOESP, dr. Yussif Ali Mere Jr, foi convidado a realizar palestra para os alunos da pós-graduação do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo. Na pauta, as perspectivas do mercado para os hospitais em 2015.

O representante do setor contextualizou a situação da saúde no Brasil, que é o único país com mais de 100 milhões de habitantes que se propõe a prestar acesso universal e gratuito à saúde, o que está disposto no artigo 196 da Constituição Federal: “A saúde é direito de todos e dever do Estado.”

Mere Jr explicou que 2015 é “o ano do ajuste de contas”, visto que a presidente Dilma Rousseff não tomou as atitudes cabíveis na economia no passado. Alguns desses ajustes já foram sentidos pelo consumidor: aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), do PIS/Cofins e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis.

O presidente reafirmou a importância do compliance (conjunto de disciplinas para fazer cumprir as normais legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades da instituição ou empresa, bem como evitar, detectar e tratar qualquer desvio ou inconformidade que possa ocorrer) para o setor, já que a Lei Anticorrupção Empresarial está vigente desde no País desde janeiro de 2014.

O médico também discorreu sobre judicialização, a importância da lei 13.003, que tornou obrigatória a existência de contratos escritos entre as operadoras e seus prestadores de serviços, as crises hídrica e energética.

A segunda palestra, intitulada “As Perspectivas de Mercado para a Saúde Suplementar”, foi proferida por Antonio Carlos Abbatepaolo, diretor-executivo da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge).

O executivo adiantou dados inéditos sobre o desempenho do setor de saúde suplementar em 2014. A Abramge estima que as operadoras de saúde tenham faturado R$ 122,9 bilhões, 13,5% a mais que em 2013.

Abbatepaolo informou que o custeio com gastos médicos, odontológicos, hospitalares, exames e outros procedimentos ambulatoriais pode ter atingido R$ 104,6 bilhões, uma evolução de 15,3% em relação ao ano anterior. Segundo ele, por conta das novas tecnologias e do envelhecimento da população influenciam muito no custo.

“De cada R$ 100 faturados em 2014, o setor de saúde suplementar gastou R$ 85 com despesas assistenciais. Somado às despesas administrativas, operacionais e de comercialização de planos, a margem de lucro das empresas de medicina de grupo fica em torno de 1%", afirmou.

A abertura do evento ficou a cargo do coordenador-geral de pós-graduação da instituição, o professor Claudio Colucci, bem como a mediação do debate realizado ao final das palestras.

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