31 de agosto de 2015

Ministério da Saúde lança versão digital do Cartão SUS

O Cartão SUS, que é a identidade do cidadão no Sistema Único de Saúde (SUS), está agora a apenas um clique do cidadão e dos serviços de saúde de todo o país. O aplicativo, chamado Cartão SUS Digital, disponibilizará ferramentas importantes como o controle da aferição de pressão e medição de glicemia, o que é essencial para quem tem diabetes e hipertensão. Ao preencher as informações, a ferramenta mostrará, com auxílio de gráficos, os últimos registros de pressão máxima e mínima, bem como a evolução das taxas de glicemia. O aplicativo já está disponível para smartphones com sistema Android e a previsão é de que em novembro ele já esteja disponível na Apple Store.
 
O cidadão também poderá indicar se possui alguma alergia, informar se faz uso contínuo de medicamentos, adicionar contatos de emergência e compartilhar as informações com médicos por quem estejam sendo acompanhados, o que permite traçar o diagnóstico e ofertar o tratamento mais adequado ao histórico do paciente. O aplicativo passará por atualizações nos próximos meses o que ampliará a oferta de serviços disponíveis.
 
Segundo a pesquisa Mobile Report, da Nielsen Ibope, 68,4 milhões de pessoas utilizam a internet pelo celular no Brasil. A ideia é que essas pessoas possam utilizar o aplicativo e, com isso, trazer economia aos cofres públicos. Isso porque, apenas em 2014, o Ministério da Saúde destinou R$ 4 milhões para a compra de mais de 13 milhões de mídias plásticas do cartão.
 
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, lembra que o acesso ao cartão por meio digital trará muitos ganhos a população. “Vamos aperfeiçoar cada vez mais o aplicativo de modo que seja possível ampliar a oferta de serviços disponíveis através da ferramenta, como a busca de serviços de saúde com auxílio de mapas, alerta de consultas marcadas na rede pública e até solicitar marcação de consultas pelo aplicativo”, explicou.
 
Cartão SUS – Possibilita a identificação única dos usuários do SUS e, com isso, é possível reunir o conjunto de atendimentos realizados, onde quer que aconteçam. Hoje, todo brasileiro com CPF válido possui o número do Cartão Nacional de Saúde, como consequência da integração da base de dados do cartão (CadSUS Web) com a Receita Federal. O registro do conjunto de informações por meio da identificação do usuário é extremamente importante porque, a partir das informações reunidas, será possível acompanhar melhor a saúde dos pacientes e garantir uma atenção ainda mais adequada aos brasileiros que utilizam a rede pública de saúde. Além disso, será possível organizar ainda mais a rede de atendimento e a oferta dos serviços de saúde em todo o país.
 
As unidades da rede pública de saúde devem prestar atendimento à população independentemente da apresentação do cartão. Se o paciente não tiver o cartão (digital ou em mídia plástica) ou mesmo o número, o registro pode ser feito no momento do atendimento. Isso vale tanto para as unidades públicas como privadas.
 
Para descobrir o número do Cartão, o cidadão pode entrar no aplicativo, informando seu número de CPF e data de nascimento. Para quem ainda não possuir, o Cartão SUS é emitido pelas unidades de saúde pública que prestam atendimento ao cidadão nos estados e municípios. Desta forma, basta se dirigir a Unidade Básica de Saúde mais próxima da casa do cidadão para efetuar o cadastro. É necessário informar o nome do usuário do SUS, o nome da mãe, o sexo, raça e etnia, o município de naturalidade, a data de nascimento e o endereço.
 
A partir do Cartão SUS, o Ministério da Saúde tem trabalhado na integração dos sistemas de saúde. Vários sistemas nacionais, dentre os quais, Sistema de Cadastro dos usuários do SUS (CadSUS Web), Portal do Cidadão, Sistema de Regulação (SISREG, CNRAC) e Sistema de Monitoramento do Câncer (SISCAN) encontram-se integrados à base do cartão.

Reabilitação volta a fazer parte da Hospitalar

Devido às novas estratégias que visam proporcionar aos profissionais que visitam o evento uma ampla gama de produtos, soluções e serviços do setor de reabilitação, a edição 2015 da Reabilitação Feira + Fórum, marcada inicialmente para novembro deste ano, foi transferida e reincorporada à Hospitalar Feira + Fórum, maior evento do segmento da saúde da América Latina, que será realizado de 17 a 20 de maio de 2016, no Expo Center Norte, São Paulo.
 
A Hospitalar reiterou seu total apoio institucional e interesse em continuar promovendo conferências como essa, além de continuar fomentando a cadeia produtiva do setor de reabilitação, trazendo mais visibilidade para os expositores e novas oportunidades de negócios, além de ampliar para os visitantes a integração com toda a cadeia de saúde.
 
O “Encontro Internacional de Reabilitação”, congresso sob gestão da secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Linamara Rizzo Battistella, será de 6 a 9 de novembro, no Hotel Mercure Santana Espaço Immensitá. Para mais informações, clique aqui.

Congressos discutem desafios e perspectivas para a saúde suplementar

As perspectivas e os desafios da saúde suplementar para que o setor possa ofertar serviços de qualidade foram discutidos no 20° Congresso Abramge e 11° Congresso Sinog, nos dias 27 e 28 e agosto, no Hotel Renaissance, na capital paulista.
 
O presidente da FEHOESP e do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Jr, o diretor das duas entidades, Luiz Fernando Ferrari Neto, e o presidente do IEPAS, José Carlos Barbério, participam do evento.
 
Na abertura dos congressos, o secretário-geral da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) e presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Medicina de Grupo, Reinaldo Scheibe, e o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo, Geraldo Lima, deram as boas-vindas aos cerca de 300, representantes de operadoras médicas e odontológicas e demais modalidades que completam a cadeia de saúde suplementar. ”O segmento caracteriza-se por incorporar vários elos dentro de uma extensa cadeia produtiva; responde por 10% do PIB; vem evoluindo e deve se reconhecer e ser reconhecido como uma plataforma de desenvolvimento social e econômico no país. A integração dos elos e com o setor público deve ajudar a responder com urgência quais as perspectivas e desafios para que tenhamos um a saúde de qualidade para todos? Acredito que este evento é uma grande oportunidade para buscarmos essas dessas respostas”, afirmou Scheibe.
 
A conferência magna, sobre o cenário político, foi feita pelo cineasta e comentarista da TV Globo, Arnaldo Jabor. Na palestra, ele falou sobre o panorama da atual conjuntura política do país e quais as são possibilidades futuras. Otimista, Jabor disse acreditar que com as recentes prisões de políticos e empreiteiros envolvidos com o mensalão e os desvios da Petrobrás – investigados pela operação Lava Jato da Polícia Federal –, “o Brasil está passando por uma mutação histórica extremamente importante, para melhor, com o surgimento de uma nova cidadania”.
 
Na sequência, a palestra OPME – Panorama Atual e Perspectivas, exposta diretor da Abramge, Pedro Ramos, contou com balanço das ações iniciadas em reunião realizada na sede da entidade em julho de 2014, onde se decidiu em reunião com diversas entidades da saúde suplementar, que era preciso atuar contra a máfia das próteses que lesa os sistemas público e privado de saúde. Entre os resultados apresentados estão mais de duas horas de exibição de notícias televisivas de âmbito nacional, mas de 300 notícias (entre impressas e online), a criação de três Comissões de Parlamentar de Inquérito (CPIs) – na Câmara dos Deputados, Senado Federal e Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul -, elaboração de diversos projetos de leis (PLs) – com destaque para o de criminalização de condutas da máfia das próteses, como superfaturamento e indicação de cirurgias desnecessárias –, e as prisões ocorridas em Montes Claros, Minas Gerais. 
 
Os desafios da saúde suplementar foram discutidos em um talk show com representantes do mercado, operadoras e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Albucacis de Castro Pereira, representante da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), fez uma exposição sobre as dificuldades encontradas pelos comerciantes em continuarem pagando a crescente conta decorrida dos planos de saúde, que atualmente alcançam entre 13% e 15% das despesas empresariais. Ele acredita que é preciso alterar o modelo de remuneração dos prestadores acomodados em receber sem demonstrar qualitativamente as vantagens de seus serviços, avaliar melhor a incorporação de novas tecnologias que corroboram para o aumento dos custos. 
 
Reinaldo Scheibe e Geraldo Lima comentaram que as operadoras também estão preocupadas com os custos administrativos, mas também com os altos valores das multas aplicadas pelo órgão regulador e a grande demanda gerada pela ininterrupta regulamentação do setor.
 
O diretor-presidente da ANS, José Carlos Abrahão, assegurou que a agência está preocupada com a condição, principalmente dos consumidores, mas sem esquecer de prestar a devida atenção aos demais envolvidos do segmento de saúde suplementar. Afirmou que o setor precisa urgentemente sentar para discutir um novo modelo de remuneração, pois “do jeito que está não dá mais”. E avisou que se o setor não se acertar, o órgão regulador irá interferir nesta negociação. "O foco é melhorar o atendimento do consumidor."
 
Encerrando o primeiro dia dos congressos, o filósofo, escritor e ensaísta Luiz Felipe Pondé, fez uma excelente palestra sobre o cenário social brasileiro e disse que, há quatro ou cinco anos, o país tem passado por importante transição democrática com o apoio de pessoas jovens, que possuem uma mentalidade mais liberal, aberta a novos conhecimentos e experiências; e encerrou: "Uma democracia é feita por pessoas, mas garantida por instituições".
 
Abrindo os trabalhos no segundo dia do evento, a desembargadora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Deborah Ciocci, falou sobre o impacto da judicialização e a importância da especialização dos magistrados em determinados tema, como é o caso da saúde, para possibilitarem a criação de varas com temas específicos para agilizar processos. 
 
Na conferência de encerramento, o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, não demonstrou otimismo ao falar sobre o cenário econômico do país. Por meio de dados compilados, demonstrou possíveis projeções econômicas brasileiras – pessimista, básica e otimista.
 
Informou que, no curto prazo, há vários problemas conjunturais. É necessário reduzir a inflação, ajustar o setor externo, aumentar o superávit fiscal. Nas projeções, apresentou, dentro de um cenário econômico otimista, que uma melhoria no ambiente de negócios, tornando os investimentos mais atraentes, pode fazer o Brasil crescer mais do 4% ao ano, mas deixou claro que em 2015 a recessão será elevada, com a inflação próxima a 6,5%. “O fato é que a perspectiva para 2017 é de melhora. Dependerá somente do cenário que será alcançado.”
 
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