3 de novembro de 2015

Câncer de próstata não apresenta sintomas em estágio inicial

Diferente das mulheres, os homens não costumam visitar um médico a não ser que algo realmente os incomode. Este é um hábito que tem levado milhares de homem à morte. Doenças, como o câncer de próstata, que não apresentam sintomas em fase inicial, dependem da detecção precoce para que possam ser curadas, de acordo com o urologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Sandro Nassar de Castro Cardoso. “É importante que os homens desenvolvam o hábito de visitar seu médico periodicamente”.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, o câncer de próstata é o tipo com maior incidência na população masculina depois do de pele não melanoma, atingindo cerca de 70 mil brasileiros todos os anos. A doença tem por característica apenas apresentar sintomas quando já está em estágio avançado, ou seja, com possibilidade reduzida de cura. O tratamento visa dar sobrevida e minimizar o sofrimento do paciente.

O médico reforça que, atualmente, o diagnóstico positivo da doença não é um atestado de morte, pois, quando precocemente identificado, o índice de cura do câncer de próstata está em torno de 90%. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia, os principais fatores de risco estão na idade (maior incidência a partir dos 60 anos), raça (afrodescendentes são mais propensos) e histórico familiar.

“Recomendamos que os homens, a partir dos 50 anos, realizem o exame de próstata, que inclui o exame de sangue PSA (sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico) e o exame digital retal (exame do toque) anualmente, ambos indispensáveis”, explica o urologista. Ele ressalta que, por meio do exame de toque, é possível averiguar o tamanho, consistência e se há lesões palpáveis na glândula. “Ainda hoje, a melhor forma de combater este tipo de câncer é a prevenção, realizando exames preventivos periódicos”, destaca.

A próstata é uma glândula que pesa cerca de 20 gramas, de forma e tamanho semelhantes a uma castanha, localizada abaixo da bexiga. Sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma. O câncer de próstata é causado pela multiplicação descontrolada das suas células, formando um tumor maligno originário das células glandulares do tecido prostático.

Na fase avançada, quando a cura é mais difícil, os principais sintomas que se manifestam são vontade de urinar com urgência, dificuldade em urinar (o que causa várias idas ao banheiro durante a noite), dor óssea, queda do estado geral, insuficiência renal e dores fortes.

Fatores de Risco

– Idade (cerca de 60% dos casos são de homens a partir dos 65 anos)

– Histórico familiar

– Raça (maior incidência entre os afrodescendentes)

Custo médico-hospitalar sobe 15,4%

Os custos das operadoras de planos de saúde com consultas, exames, terapias e internações, apurado pelo Índice de Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH) do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), cresceram 15,4% nos 12 meses encerrados em março de 2015. Um crescimento bastante superior à variação da inflação geral no País, medida pelo IPCA, que registrou alta de 8,1% no mesmo período. Apesar da taxa elevada, o VCMH de março deste ano ficou abaixo do registrado no mesmo mês em 2014, quando apresentou o maior valor da série histórica: 18,2%.
 
"Apesar da desaceleração em relação ao registrado no mesmo período do ano anterior, o aumento do VCMH continua em um ritmo quase duas vezes superior ao da inflação medida pelo IPCA", adverte Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS. "O ritmo de elevação do indicador VCMH deve ser um fator de preocupação e reforça a necessidade de debater os fatores que potencializam a alta de custos da saúde suplementar no Brasil. É preciso pensar em melhorias nesse setor, priorizando eficiência e o combate ao desperdício", complementa.
 
O VCMH/IESS é o principal indicador utilizado pelo mercado de saúde suplementar como referência sobre o comportamento dos custos. O cálculo utiliza os dados de um conjunto de planos individuais de operadoras, e considera a frequência de utilização pelos beneficiários e o preço dos procedimentos. Dessa forma, se em um determinado período o beneficiário usou mais os serviços e os preços médios aumentam, o custo apresenta uma variação maior do que isoladamente com cada um desses fatores. A metodologia aplicada ao VCMH/IESS é reconhecida internacionalmente e aplicada na construção de índices de variação de custo em saúde nos Estados Unidos, como o S&P Healthcare Economic Composite e Milliman Medical Index. 
 
O superintendente-executivo do IESS destaca que o principal fator para a desaceleração no avanço do VCMH foi a retração de 3 pontos porcentuais (p.p.) na VCMH de internações, que respondem por aproximadamente 58% da composição do índice. O que significa que os custos com internações subiram 13,8% nos 12 meses encerrados em março de 2015 ante 16,8% no período anterior.
 
O gasto com consultas, que corresponde a 11% da composição do índice, subiu 10,5%. Nos 12 meses encerrados em março de 2014, esse crescimento havia sido de 12,1%. Os custos de Exames e Terapias avançaram 14,6% e 20,6%, respectivamente, no período.
 
Carneiro aponta, ainda, que a faixa etária dos beneficiários de planos de saúde é um fator crucial na VCMH. "É natural que seja mais caro tratar pessoas acima de 59 anos, dado o surgimento ou agravamento, por exemplo, de doenças crônicas e outros problemas relacionados ao avanço da idade. O fato de os beneficiários de planos de saúde serem mais idosos do que a população em geral impacta diretamente nos valores dos planos e o envelhecimento populacional incide diretamente no aumento dos custos médico-hospitalares", ressalta. A base de cálculo do VCMH/IESS registra 22,5% dos beneficiários com mais de 59 anos. Na população brasileira como um todo, essa proporção é de 11,8% de acordo com o IBGE.
 
Sobre o índice VCMH
O índice de Variação do Custo Médico Hospitalar do IESS (VCMH/IESS) expressa a variação do custo médico hospitalar per capita das operadoras de planos de saúde entre dois períodos consecutivos de 12 meses cada. A amostra utilizada para o cálculo do índice VCMH representa aproximadamente 10% do total de beneficiários de planos individuais (antigos e novos) distribuídos em todas as regiões do país.
 
Essa metodologia é reconhecida internacionalmente e aplicada na construção de índices de variação de custo em saúde, como o S&P Healthcare Economic Composite e Milliman Medical Index. Além disso, o índice VCMH/IESS considera uma ponderação por padrão de plano (básico, intermediário, superior e executivo), o que possibilita a mensuração mais exata da variação do custo médico hospitalar. Ou seja, se as vendas de um determinado padrão de plano crescerem muito mais do que as de outro padrão, isso pode resultar, no cálculo agregado, em VCMH maior ou menor do que o real, o que subestimaria ou superestimaria o VCMH.
 
Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.
 
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