12 de fevereiro de 2020

IEPAS divulga programa preliminar do 2º Congresso Brasileiro de Gestão em Saúde

Com realização do SINDHOSP, da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), da Federação Nacional dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde e organização do IEPAS, a segunda edição do Congresso Brasileiro de Gestão em Saúde será realizada no próximo dia 21 de maio, durante a Hospitalar, maior feira de produtos e serviços para o setor de saúde na Amèrica Latina e segunda do mundo. As entidades divulgaram o programa preliminar do evento, que está dividido em quatro jornadas: do Colaborador, do Cliente, da Informação e da Operação. "Teremos ainda uma palestra com um profissional renomado sobre a saúde baseada em valor, desafios e oportunidades".

 

SINDHOSP completa 82 anos

Fevereiro é o mês que marca o aniversário do SINDHOSP, maior sindicato patronal da área na América Latina, que se solidificou ao longo dos anos por meio da qualidade, competência e ampliação na gama de serviços ofertados a seus associados e contribuintes.

Em 2020, o Sindicato completa 82 anos de existência representando, no Estado de São Paulo, todos os estabelecimentos de saúde privados de caráter lucrativo. Além de hospitais, há no quadro de representação mais de 40 mil instituições de saúde, como por exemplo, clínicas médicas, clínicas e empresas de odontologia, laboratórios clínicos e empresas de serviços de apoio à saúde, como remoção e assistência domiciliar. 

O SINDHOSP foi responsável por inúmeras conquistas para o setor ao longo de décadas e ajudou, com muita luta e representatividade, nas negociações para a Constituição de 1988, que assegurou o direito de a iniciativa privada atuar na saúde, já que, na época, havia uma forte inclinação a um sistema de saúde totalmente estatizante no país. Desde então, com as instituições privadas atuando no mercado, o SINDHOSP acompanhou a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e sua regulamentação, a ascensão dos planos de saúde, a criação das agências reguladoras, como Anvisa e ANS, e lutou para manter a categoria unida, impediu aumento de impostos e negociou coletivamente convenções condizentes com a realidade dos prestadores de serviços de saúde.     

Com uma gama completa de serviços que fazem valer o investimento da empresa em representatividade competente e assertiva, o SINDHOSP possui um departamento Jurídico altamente capacitado, além de um setor contábil que auxilia diariamente os associados e representados. Possui departamentos e profissionais especializados em saúde, atuando nas áreas de SUS, saúde suplementar, comunicação, além de grupos específicos de trabalho.

Sua empresa pode optar por redução de contas de telefones corporativas, pode acessar a qualquer momento todos os conteúdos sobre o setor da saúde nos canais de comunicação do SINDHOSP (site, revista, podcast, mídias sociais e outros), tem acesso exclusivo a convenções coletivas, assembleias gerais, índices inflacionários, boletins econômicos e muito mais. O SINDHOSP é a entidade que está em contato direto com a sua empresa e a base que sustenta toda o sistema representativo da saúde no Estado de São Paulo.

Para celebrar a data, o departamento de comunicação do Sindicato preparou um vídeo destacando alguns pontos da história da instituição.

Assista:

 

 

Você pode conhecer um pouco mais sobre o SINDHOSP no site Memória Saúde.

 

Da Redação

Setor de saúde não suporta mais impostos

Por Yussif Ali Mere Jr, presidente da FEHOESP e do SINDHOSP

O setor de saúde aguarda a proposta de reforma tributária que será apresentada pelo Executivo. Há duas na área de impostos em discussão, uma na Câmara, outra no Senado. Nenhuma, no entanto, atende aos anseios e necessidades do setor da saúde. A proposta de unificar PIS e COFINS e criar o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) pode aumentar significativamente a carga tributária para as empresas de saúde, que são extremamente dependentes de mão de obra. Uma reforma tributária não pode desestimular a manutenção e até mesmo o incremento de postos de trabalho, afinal, o desemprego continua em nível alarmante no país e o setor de saúde é um grande empregador. No final de 2019, segundo o Caged, o setor registrou 2,4 milhões de postos de trabalho diretos e calcula-se que haja mais cinco milhões indiretos.

O setor de prestação de serviços de saúde no Brasil, além do seu papel social, também é importante para a economia. Formado por entidades públicas, filantrópicas e privadas, cada um desses segmentos participa de forma diferente do Produto Interno Bruto (PIB) da Saúde, calculado em R$ 378,4 bilhões em 2018. Segundo o IBPT, no ano de 2018, a saúde pública representou 28,12% desse PIB (R$ 106,4 bi), enquanto as empresas privadas com fins lucrativos representaram 65,89% (R$ 249,3 bi) e, as entidades filantrópicas, tiveram uma participação de 5,99% (R$ 22,6 bi) no PIB da Saúde.

Embora representem 65,89% do PIB da Saúde, o estudo do IBPT mostra que as empresas privadas contribuíram, em 2018, com 95,11% do total da arrecadação tributária do setor da saúde e a carga tributária incidente atualmente sobre elas é de 39,55%. Um setor que desempenha papel social tão relevante para a sociedade O Brasil é o país onde se gasta mais tempo calculando e pagando impostos em todo o mundo. A constatação é do Banco Mundial, que divulgou estudo sobre o tema há dois anos. O anúncio do governo de que apresentará, em fevereiro, uma proposta para reforma tributária vem em boa hora. Precisamos urgentemente simplificar o atual cipoal legislativo que rege cerca de 65 tributos existentes no país, além de quase cem obrigações acessórias.

Nosso sistema é muito criticado por tributar excessivamente o consumo em detrimento da tributação sobre a renda e o patrimônio, como ocorre na maioria dos países desenvolvidos. 65% da arrecadação tributária do Brasil vêm de tributos que incidem sobre o consumo, penalizando a população de baixa renda. A reforma precisa simplificar os processos, ser mais justa, diminuir a burocracia, criar um ambiente saudável de negócios, com segurança jurídica, que favoreça o investimento estrangeiro e, principalmente, que promova a justiça social. É disso que a Saúde e o Brasil precisam.

Boletim Econômico da FEHOESP aponta crescimento da saúde privada no Brasil

A FEHOESP acaba de lançar o Boletim Econômico de número 9, que realizou um raio X do setor saúde em 2019, apurando crescimento do segmento privado, tanto em número de serviços e leitos como em geração de empregos

Segundo o Boletim, foram abertos no país 12.364 novos estabelecimentos de saúde privados no ano de 2019 (dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES), apontando um aumento de 5,2%. Dos 12.364 novos serviços privados, destacam-se a abertura de 8.554 consultórios, 1.315 clínicas e ambulatórios especializados e 827 empresas dedicadas à prestação de serviços de apoio à diagnose e terapia. Os segmentos de home care e policlínicas privados apresentaram crescimento idêntico, de 15,9%.

O setor privado de saúde abriu, em 2019, 3.463 novos leitos, com crescimento de 2,2%, enquanto o Sistema Único de Saúde (SUS) fechou 3.959 leitos, o que significa redução de 1,2% no número total de leitos no Brasil.

Segundo Yussif Ali Mere Jr, presidente da FEHOESP e do SINDHOSP, a iniciativa privada da saúde tem investido muito na saúde brasileira, trazendo os mais inovadores tratamentos e respondendo por 65% dos investimentos em saúde no país.

No entanto, ele alerta que a proposta de unificar PIS e COFINS na Reforma Tributária, e criar o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), pode aumentar significativamente a carga tributária para as empresas de saúde, que são extremamente dependentes de mão de obra. “A reforma tributária não pode desestimular a manutenção e até mesmo o incremento de postos de trabalho”, destaca.

Empregos crescem na saúde 

No acumulado do ano de 2019, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho, houve abertura de 90.125 novas vagas com carteira assinada nas atividades do setor de hospitais, clínicas e laboratórios no Brasil, totalizando o contingente de 2.319.231 trabalhadores. Entre as atividades, destaca-se a criação de 45.811 postos de trabalho na atividade “atendimento hospitalar” e também a geração de 17.289 vagas de trabalho na atividade “médica ambulatorial”, no período em questão, em relação a dezembro de 2018. 

Saúde em franca expansão 

O setor da saúde brasileiro encerrou o ano de 2019 com pelo menos 80 fusões e aquisições envolvendo operadoras, hospitais, clínicas e laboratórios, sendo o maior volume de transações desde 2000. Segundo especialistas, este movimento deve continuar em 2020. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) registrou 31 pedidos de aprovação de compra de controle em 2019, um aumento de 24% quando comparado a 2018.

O país está consolidado como o oitavo maior mercado de saúde do mundo, dispondo de 6.742 hospitais e mais de 2 milhões de profissionais de saúde, entre médicos, auxiliares, técnicos e enfermeiros. Atualmente, o Brasil ocupa o nono lugar mundial em gastos com saúde, com 9,1% do PIB, ou US$ 1.109 per capita (mais de R$ 300 bilhões por ano, segundo o Sebrae). A quarta população médica do mundo, com 2,18 profissionais por mil habitantes é a brasileira. 

Para Yussif Ali Mere Jr, esse crescimento da saúde privada deve continuar a depender de políticas públicas que incentivem e priorizem o segmento da saúde. “A iniciativa privada e o setor filantrópico iniciaram atividades complementando os serviços que a área pública não podia suprir. Hoje, os investimentos privados superam os públicos e propiciam ao país atendimento de primeiro mundo e medicina de ponta. Paralelamente, precisamos melhorar o financiamento e a gestão da saúde pública”, finaliza o presidente da FEHOESP.

 

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