A França desenvolveu, nos últimos 50 anos, um sistema de saúde considerado como o mais eficiente no ranking de países pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para alcançar tal feito, o país enfrentou os desafios de manter a qualidade da assistência, incorporar uma parcela cada vez maior de idosos e de imigrantes, e realizar uma profunda reforma em sua rede de hospitais e serviços de saúde em busca de eficiência. “Estamos apoiados em três grandes pilares: organização, regulação e financiamento dos tratamentos. Além disso, o financiamento é solidário e garantidor do pacto social”, explicou o chefe do departamento nacional do Ministério da Saúde francês, Eric Trottman.
Mas, tanta complexidade custa caro. Segundo Norbert Nabet, vice-diretor da Agência Regional de saúde (ARS) da região de Provence-Alpes-Côte d´Azul (FRA), o sistema é organizado, continua se modernizando, no entanto, com custos elevados. “As são coordenadas e não podem se conflitar, e os custos continuam crescentes”, explicou, contando que um plano estratégico já foi estabelecido para definir as prioridades regionais e focar na prevenção, tratamento, acompanhamento e apoio médico-social.
Para o diretor-geral dos Hospitais Universitários de Estrasburgo, Christophe Gautier, as formas de organização e funcionamento dos hospitais, que são 70% público e 30% privados, são complementares e favorecem a eficiência médico-econômica. “Com a reforma da precificação por atividade as bases principais foram voltadas para o cuidado do paciente e trouxe avanços e melhoras no atendimento. Por isso, a alinça ente a tradição e a modernidade são importantes.”
Fotos: Roger Soares