18 de maio de 2016

Empresa de tecnologia divulga índices de gastos da rede pública com OPME

A Dapx, empresa de tecnologia e inteligência de mercado especializada em saúde, realizará uma palestra para divulgar dados sobre gastos com OPME (Orteses, Próteses e Materiais Especiais) na rede pública do Brasil juntamente com outras informações complementares. Os dados serão anunciadas no dia 20 de maio na Feira Hospitalar, que acontecerá no Expo Center Norte, em São Paulo. Na ocasião, o CEO da empresa, Ricardo Bachert, fará uma apresentação sobre o tema "Custos de OPMEs na Saúde Pública Brasileira" às 17h, no estande do IBES (Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde).
 
Serão apresentados indicadores de gastos com OPMEs em especial aqueles relacionados a pacientes internados na rede pública com diagnóstico de infarto agudo do miocardio – maior causa de mortes no Brasil – já que stents (microtubos utilizados por médicos para melhorar o fluxo sanguíneo nas artérias) representam o maior gasto com OPMEs atualmente.
 
A empresa também relevará os gastos gerais relacionados a este diagnósticos em 2015 e dados demográficos como faixa etária dos pacientes, índice de óbitos e ocorrência por regiões geográficas.
 
A Dapx possui uma exclusiva tecnologia para extração e conversão de dados em grandes bases de dados como é o caso do DataSus, a maior fonte de informações do setor público de saúde do Brasil. Segundo a gerente de desenvolvimento de negócios da empresa, Juliana Cusumano, "a empresa possui a capacidade de elaborar índices com alto grau de confiabilidade relacionados à maioria das patologias lançadas no DataSus".
 
Marcus Macedo, CEO da empresa, afirma que "com essa apresentação mostraremos o enorme potencial de informações que existem dentro do sistema público de saúde brasileiro. Através do algoritmo de processamento da Dapx, podemos construir modelos de inteligência de mercado capazes de gerar enormes ganhos de produtividade para o segmento de saúde pública e especialmente privado", finaliza.
 

Cases unem negócios e bom atendimento

A palestra “Alternativas fora das operadoras” marcou o encerramento do 10º Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios Clínicos, realizado nesta quarta-feira (18/05), durante a Hospitalar 2016 Feira + Fórum. Nela, foram apresentados casos bem-sucedidos de empresas que encontraram boas soluções para atender os pacientes e que, ao mesmo, tempo se mostraram bons negócios.

“As crises são grandes geradoras de inovação e os cases que conhecemos hoje podem servir como modelos para serem aproveitados em nossos segmentos de atuação”, destacou Rafael Padovani, diretor do Laboratório Rocha Lima, que atuou como coordenador da mesa. Com um case que destaca a humanização no atendimento, Adiel Fares, presidente da Clínica Fares, abriu a exposição. “É preciso criar polos médicos, em que os profissionais discutem os casos e encontram as melhores soluções para atender o paciente com excenlência.”

Também estiveram presentes Marcus Vinicius Gimenes, CEO da Consulta do Bem; Paula Fernandes Távora, diretora-médica da Vacsim, de Minas Gerais e Giuliano Granato, sócio da Cuidar+Saúde para Todos.   

Foto: Leandro Godoi 

Laboratórios buscam qualificação e inovação para se fortalecer

A mesa redonda “Como estamos trabalhando para fortalecer o setor laboratorial” reuniu várias lideranças da área para debater as melhores práticas e projetos de futuro durante o 10º Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios Clínicos, nesta quarta-feira (18/05), na Hospitalar 2016 Feira + Fórum.

Fizeram parte da mesa o presidente da FEHOESP e SINDHOSP Yussif Ali Mere Jr; o presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Alex Galoro; a presidente da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Cláudia Cohn e a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), com a coordenação do diretor do Laboratório Rocha Lima. Após apresentar um panorama histórico do sistema sindical no sistema de saúde, Yussif explicou que o sindicato ganhou maior representatividade ao longo do tempo. “Passamos a fazer mais que negociar salários e a investir na qualificação do nosso colaborador, pois somente assim podemos conhecer melhor o setor e nos fazermos representados em diversas instâncias de interesse de nossos associados”, explicou ele.

O destaque na apresentação de Galoro foi o investimento no desenvolvimento profissional.  “Precisamos valorizar a formação e a qualidade dos profissionais e não somente pensar no lado da indústria, ao mesmo tempo em que continuamos com os princípios de maior eficiência em medicina laboratorial”. Ao mostrar a necessidade de dados mais exatos sobre a realidade dos laboratórios, Maria Elizabeth apresentou proposta para traçar um perfil detalhado. “Percebemos que há muitos postos de coleta identificados como laboratório, e um sistema de georeferenciamento pode nos ajudar a ter mais informações para traçar projetos de melhoria”. Claudia Cohn concluiu o debate também chamando a atenção para os presentes da necessidade de dados fidedignos para o setor, informando que sua entidade, a Abramed, contratou os serviços da Fundação FGV para um estudo definitivo. “É um mergulho no setor para cumprir nossa missão de fazer diagnóstico e atender cada vez melhor os pacientes.” 

Foto: Leandro Godoi

Programa Qualiss passará por mudanças para melhorar

O tema da terceira palestra do 10º Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios Clínicos, realizado nesta quarta-feira (18/05), no Expo Center Norte, em São Paulo, foi “ANS Novos Rumos para o Qualiss”. O painel foi apresentado pelo coordenador da mesa, Wilson Shcolnik, gerente de relações institucionais do Grupo Fleury, representando João Boaventura Gomes Matos, gerente de estímulo à inovação e avaliação da qualidade setorial da ANS do Rio de Janeiro, que não conseguiu embarcar para São Paulo por problemas climáticos no Rio.  

Shcolink explicou que uma das principais mudanças no programa Qualiss da ANS é uma avaliação mais completa, dessa vez por desempenho. “Somente dessa maneira poderemos chegar a um padrão melhor de qualidade. Segundo a ANS essa evolução será um pouco lenta, mas, ao mesmo tempo, mais segura”, afirmou. “Os passos para essas melhorias passam pela identificação de ameaças e fraquezas, mas também de oportunidades de melhorias, usando como estratégia maior diálogo com instituições do setor e aproveitar estruturas e sistemas que já existem.”

Foto: Leandro Godoi 

 

Espanha reduz investimentos para garantir sustentabilidade

Desde 2009, a Espanha enfrenta uma crise econômica que reduziu em 17% o orçamento da saúde no país. Desde então, tem tentado equilibrar a assistência à população e a economia, com um sistema de saúde que valoriza a qualidade assistencial. 
 
Os desafios são muitos, segundo o diretor-geral de Coordenação de Assistência Sanitária da Comunidade e Madri e conselheiro em empresas de saúde pública na Espanha, César Pascual Fernández. Mas estão conseguindo virar o jogo. “Para enfrentar esta situação, dispensamos 98 mil funcionários, diminuímos salários, aumentamos a carga horária, reduzimos os preços dos medicamentos e desenvolvemos programas de copartipação para a população. Foi um remédio amargo, que não agradou o trabalhador. Mas era necessário devido ao momento econômico.”
 
Com o sistema universal e financiado por imposto, a solução espanhola foi investir e financiar tecnologia e inovação.  “Adaptamos a oferta de cuidados, incorporamos novos serviços focados na atenção primária, na prevenção, reduzimos cargas financeiras e minimizamos os riscos de incrementar as desigualdades de acesso, desencentivando o consumo ineficiente de recursos.”
 
O responsável pela área de Planejamento e Desenvolvimento Internacional da Asisa, Antonio Mateu Serra, concluiu: “É importante se readaptar e investir em novos segmentos sanitários para atender a demanda da população e garantir a assistência de qualidade”.
 

Modernização precisa estar aliada à efetividade

A França desenvolveu, nos últimos 50 anos, um sistema de saúde considerado como o mais eficiente no ranking de países pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para alcançar tal feito, o país enfrentou os desafios de manter a qualidade da assistência, incorporar uma parcela cada vez maior de idosos e de imigrantes, e realizar uma profunda reforma em sua rede de hospitais e serviços de saúde em busca de eficiência. “Estamos apoiados em três grandes pilares: organização, regulação e financiamento dos tratamentos. Além disso, o financiamento é solidário e garantidor do pacto social”, explicou o chefe do departamento nacional do Ministério da Saúde francês, Eric Trottman.
 
Mas, tanta complexidade custa caro. Segundo Norbert Nabet, vice-diretor da Agência Regional de saúde (ARS) da região de Provence-Alpes-Côte d´Azul (FRA), o sistema é organizado, continua se modernizando, no entanto, com custos elevados. “As são coordenadas  e não podem se conflitar, e os custos continuam crescentes”, explicou, contando que um plano estratégico já foi estabelecido para definir as prioridades regionais e focar na prevenção, tratamento, acompanhamento e apoio médico-social.
 
Para o diretor-geral  dos Hospitais Universitários de Estrasburgo, Christophe Gautier, as formas de organização e funcionamento dos hospitais, que são 70% público e 30% privados,  são complementares e favorecem a eficiência médico-econômica. “Com a reforma da precificação por atividade as bases principais foram voltadas para o cuidado do paciente e trouxe avanços e melhoras no atendimento. Por isso, a alinça ente a tradição e a modernidade são importantes.”
 
Fotos: Roger Soares

CISS discute a economia da saúde

Economia e saúde, dois elementos fundamentais da sociedade moderna e que se interligam, são o tema do Congresso Internacional de Serviços de Saúde (CISS). A cerimônia de abertura do evento ocorreu na manhã desta quarta-feira (18), durante a  ospitalar Feira+Fórum, que está sendo realizada em no Expo Center Norte, em São Paulo.
 
O congresso é realizado em parceria com o SINDHOSP, IEPAS, Confederação Nacional de Saúde (CNS), Federação Nacional de Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Fenaess), Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos e de Laboratórios (Abimo) e Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp).
 
Considerando o direito à saúde essencial para a vida cidadã atual e futura, o congresso busca analisar as políticas e iniciativas que alguns dos mais importantes países do mundo estão adotando para integrar estas áreas e ofertar às populações bons serviços de saúde.
 
O presidente da FEHOESP e do Sindicato, Yussif Ali Mere Jr, que pelo terceiro ano consecutivo está presidindo CISS, destacou que o problema do financiamento da saúde é mundial, mas que o Brasil, está um passo atrás. “No momento em que não há crescimento da economia, temos que mostrar à população que é preciso ter sustentabilidade econômica, como vários países estão buscando. Para uma saúde efetiva é necessária uma economia que saiba lidar com recursos finitos, e atuar com o tripé: crescimento sustentável, sustentabilidade ambiental e financeira.”
 
Para a presidente da Hospitalar Feira + Fórum, Waleska Santos, a discussão no âmbito econômico faz parte da missão Congresso Internacional. “Apesar de a saúde sempre aparecer como uma das maiores preocupações da sociedade civil, ela nunca parece ser prioridade no orçamento e por isso temos que levar o tema para uma discussão pública.”
 
“A ideia é compartilhar as experiência e angústias”, disse o presidente da comissão científica do CISS, Fábio Leite Gastal. “Entendemos que 2017 será o ano da discussão da reforma fiscal e de uma série de agendas econômicas, por isso é importante trazer países que tenham uma mensagem clara de como manter um sistema de saúde operacional, com a mudança epidemiológica, judicialização e os impactos econômicos do envelhecimento populacional, em um contexto de reforma econômica. Acredito que serão experiências relevantes”, ressaltou.
 
Também participaram da cerimônia de abertura do CISS: Francisco Balestrin, presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp); Breno de Figueiredo Monteiro, presidente da Fenaess; Tércio Karsten, presidente da CNS; e Cláudia Porto, gerente de Exportação da Abimo.
 
 
Fotos: Roger Soares
 

Jejum em exames caminha para a extinção, segundo palestrantes

A segunda palestra do 10º Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios, realizado nesta quarta-feira (18/05), em São Paulo, foi sobre o tema “Discutindo o jejum nos exames laboratoriais”, com as apresentações de Nairo  Massakazu Sumita, diretor de serviço do Laboratório Central do Hospital das Clínicas/FMUSP e Odilon Denardin, assessor da diretoria do Hospital Heliópolis, com a coordenação de Carlos Alberto Franco Ballaratiex, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML).

Para Sumita, muitos estudos mostram que ao exames já podem ser feitos sem necessidade de jejum. “Tudo isso desde que os valores de referência sejam adequados para cada caso. A tendência é que o jejum seja abolido.”     

Já Denardin foi mais enfático. “Esse tema ainda vai gerar muita discussão, por isso os profissionais devem abrir a mente para a questão. É preciso, ainda, que haja, participação médica na decisão das condições do exame e que o jejum seja especificado no pedido médico.” 

 

Foto: Leandro Godoi

Laboratórios reúnem-se para a 10ª edição de Congresso

Na abertura do 10º Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios Clínicos, que contou com a presença de especialistas do setor e foi realizado nesta quarta-feira (18/05) durante a Hospitalar 2016, o presidente do IEPAS, José Carlos Barbério, falou sobre a importância de aperfeiçoamento constante na área de saúde. “Não medimos esforços para trazer assuntos adequados para o momento que vivemos e auxiliar na sobrevivência do negócio. Persistimos na luta promovendo constantemente trabalhos, cursos, seminários e congressos para continuarmos sendo os melhores em nossa especialidade”, declarou.

Na sequência da programação, atuando como coordenador da palestra “Novas relações entre as instituições de saúde”, o diretor da FEHOESP e do SINDHOSP, Luiz Fernando Ferrari Neto, ressaltou que toda a cadeia produtiva da saúde tem que se organizar ainda mais para saber onde deseja chegar. “De nossa parte, ao longo dos últimos anos temos atuado com a continuidade do trabalho que vinha sendo feito e propondo mudanças para continuar avançando como, por exemplo, trazer a governança corporativa para nossas entidades, pois somente por meio dela daremos perenidade para as instituições.”

O palestrante José Luiz Bichuetti, sócio-diretor da Bichuetti Consultoria Empresarial, explicou a importância da governança para o setor da saúde, que é extremamente complexo e permanece em evidência por mexer com a vida de  todos os cidadãos. “Adotando comportamento ético, promovendo a integração de dirigentes, além de aderir a aspectos regulatórios e legais é possível obter bons resultados para a saúde, como legitimidade para representar o setor junto a órgãos reguladores e empoderamento para fazer negociações de contratos e outros assuntos financeiros”. 

Foto: Leandro Godoi

Preservação da qualidade é solução para o mercado

O país que mais gasta proporcionalmente em saúde, 17% do produto Interno Bruto (PIB), vem operando e desenvolvendo a maior reforma de seu sistema de atendimento. A solução, de acordo com a representante do departamento de Saúde e Serviços Humanos do governo americano junto à Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, Amy Dubois, é equilibrar equidade com a preservação da qualidade assistencial, tecnologia e equilíbrio econômico do sistema. “O processo de implantação da reforma ACA (Obamacare, como ficou conhecida), vem proporcionando a manutenção científica e tecnológica e superando os desafios. Foi uma revolução que está promovendo o incentivo à qualidade dos serviços ofertados ao paciente.”
 
Além disso, há a questão da segurança do paciente e de informações. Para Harry Greenspun, diretor do Deloitte Center for Health Solutions, “no mundo baseado em valor, a preocupação é com o compartilhamento de dados. Por isso, o foco agora está se deslocando para o valor criado pelos cuidados, que além de baixar custos, melhora resultados, a segurança e o atendimento”.
 
Não só nos Estados Unidos, mas no mundo todo há a preocupação com redução de custos, ofertando melhor serviço e qualidade assistencial. O vice-presidente sênior de Assuntos Externos da Optum, Jay Cohen, aposta na abordagem única à saúde, ao colocar em primeiro lugar as necessidades do paciente, bem como a concentração na entrega dos cuidados primários coordenados e altamente eficazes. “Descartamos o modelo tradicional de taxa de serviço, onde ênfase está no volume, o que resulta em custos fora de controle. Substituímos por um modelo de compartilhamento de riscos entre hospitais, médicos e seguradoras. Juntos, estamos produzindo resultados melhores a os paciente.”
 
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