Sindhosp

Assessores dos candidatos a prefeito apresentam propostas para a saúde da cidade de São Paulo

Compartilhar artigo

O SindHosp e a Fehoesp promoveram o encontro com assessores de saúde dos candidatos à Prefeitura de São Paulo na sede da Fiesp. Participaram do evento, que teve como anfitriões Francisco Balestrin, presidente do SindHosp/Fehoesp, e Ruy Baumer, diretor titular do ComSaude da Fiesp, contou com a presença de Gonçalo Vecina, assessor de Guilherme Boulos (PSOL); Francisco Cardoso, assessor de Pablo Marçal (PRTB); Luiz Carlos Zamarco, assessor de Ricardo Nunes e atual secretário municipal da Saúde de São Paulo; e Paulo Saldiva, assessor de Tabata Amaral (PSB). Durante o encontro, todos os assessores receberam o “Guia de Ações São Paulo Saudável – Transformando Comunidades, Cuidando de Pessoas”, que tem realização do SindHosp e da Fehoesp, correalização do CBEXS e apoio institucional da Fiesp. A íntegra está disponível no canal oficial do SindHosp no YouTube, clique aqui para assistir.

Saúde sem partido

Ruy Baumer abriu o evento chamando a atenção para as dimensões de São Paulo e classificou a capital paulista como uma “cidade-estado”. Também lembrou a importância da saúde: “Saúde não tem partido, não é só pública, nem só privada, é única e para todos. Prova disso é que temos propostas convergentes, apesar das divergências políticas. O importante é que os gestores públicos tenham consciência de que a demanda por saúde sempre aumenta e que precisam investir em qualidade da gestão, para conseguir oferecer mais e melhor com menos”.

São Paulo saudável

Francisco Balestrin foi o segundo a falar. Lembrou que o “Guia de Ações São Paulo Saudável” é um documento feito a muitas mãos e destacou as quatro agendas prioritárias apresentadas na publicação. “Os futuros secretários da Saúde vão precisar olhar para estes quatro assuntos com atenção especial, e atuar: saúde mental, doenças crônicas, envelhecimento saudável e epidemias”, elencou o presidente do SindHosp / Fehoesp.

Ronda policial para saúde

O assessor de saúde do candidato Pablo Marçal à Prefeitura de São Paulo, o médico Francisco Cardoso, abriu as apresentações. Segundo ele, para melhorar o acesso, uma das medidas mais importantes é investir em educação da saúde. “A população tem de saber o que é o SUS e aprender a participar. Temos um projeto transversal entre saúde e educação, com foco na prevenção. Queremos elevar a cobertura do médico de família de 50% para 80% a 90% da população de São Paulo”, apontou Cardoso. “Temos outras questões importantes também, como o medo da violência: queremos colocar uma ronda similar à que hoje existe nas escolas nos postos e unidades de atendimento de saúde. E tem as calçadas deterioradas, que provocam quedas da população idosa, temos de agir nessa questão”.

Ações coordenadas

O ex-secretário municipal de Saúde, Gonçalo Vecina, assessor do candidato Guilherme Boulos, apontou como principal problema da cidade a desigualdade em termos de expectativa de vida entre os bairros, citando uma diferença de 20 anos considerando uma distância de apenas 70 quilômetros. “Isso é um crime, que precisa ser combatido pelas três esferas de poder”, enfatizou Vecina. “Nosso plano tem 119 itens, mas é matricial, ou seja, pressupõe ações coordenadas, que vão desde o Poupatempo da Saúde, passando por CAPS móveis para atender às populações em situação de rua, incluindo Cracolândias, até o uso de cozinhas comunitárias para combater a fome na cidade”.

Gestão técnica

O médico Luiz Carlos Zamarco, atual secretário municipal da Saúde e assessor do prefeito e candidato Ricardo Nunes, chamou São Paulo de “cidade-país”, e mencionou as diferenças que existem entre a Avenida Paulista, coração financeiro da metrópole, e o bairro de Parelheiros, onda há até tribo indígena. “Temos uma gestão feita por técnicos, que levou a área da saúde a ser uma das mais bem avaliadas da cidade, e vamos dar continuidade a esse trabalho”, destacou Zamarco, que enalteceu a ampliação da infraestrutura de atendimento da capital paulista. “Ampliamos o número de unidades de saúde, eram três UPAs quando Bruno Covas assumiu e queremos chegar a 45 em 2026, cobrindo 13,5 milhões de pessoas. Temos as AMAs 24 horas. Também construímos dezenas de UBS. Eram 451, hoje são 479 e ainda vamos entregar mais 25”.

Senhora obesa de 470 anos

O professor Paulo Saldiva, assessor de saúde da candidata Tabata Amaral, abriu seu discurso chamando São Paulo de “cidade corrosiva”. Ele comparou a capital paulista com uma senhora obesa de 470 anos de idade, com artérias entupidas pelo trânsito, mau odor e febre, que desidrata por causa do calor e apresenta edemas depois das inundações das chuvas e tem “um certo” Alzheimer. “A saúde não cabe mais na saúde. Tudo impacta na saúde, o congestionamento, a arborização, as epidemias, mudança demográficas, violência… A saúde é o ponto integrador de várias questões. Temos de criar uma sociedade protetora de seres humanos e urbanos”, desafiou Saldiva. “E precisamos de criatividade, fazer testes de diabetes no metrô, no ônibus. Temos de transforar a saúde em um instrumento de políticas transversais, como um pente, que tem hastes separadas entre si, mas presas a um mesmo cabo”.

Artigos Relacionados...

Artigos

O silêncio dos partidos sobre a saúde

Propostas contidas nos programas de governo, em sua maioria, são genéricas e, com frequência, inexequíveis As mazelas do sistema de saúde costumam figurar entre as três maiores preocupações dos brasileiros

Curta nossa página

Siga nas mídias sociais

Mais recentes

Receba conteúdo exclusivo

Assine nossa newsletter

Prometemos nunca enviar spam.

error: Conteúdo protegido
Scroll to Top