Anvisa orienta serviços de saúde sobre fungo resistente

Casos suspeitos estão sendo acompanhados e a Agência mantém o compromisso de comunicar outras medidas necessárias

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Casos suspeitos estão sendo acompanhados e a Agência mantém o compromisso de comunicar outras medidas necessárias

Desde março de 2017, o Brasil possui um documento com orientações de como os serviços de saúde (hospitais, clínicas, laboratórios, entre outros) devem proceder para prevenir e controlar a disseminação fungo Candida auris, que é capaz de resistir aos principais medicamentos antifúngicos. É que, no referido mês, a Anvisa publicou um comunicado de risco sobre o tema, em razão de relatos de surtos de Candida auris, em países da América Latina.   

Além disso, a Anvisa está alerta e monitora os casos suspeitos desse fungo no Brasil e acompanha os casos suspeitos, com o compromisso de comunicar, caso ocorra a identificação desse fungo no país, e orientar os serviços de saúde quanto ao manejo de um surto. Desde 2017, a Anvisa recebe notificações de casos suspeitos de Candida auris, mas, até o momento, nenhum caso foi confirmando no Brasil.  

Recomendações

Apesar de o mecanismo de transmissão desse fungo, dentro do ambiente de saúde, ainda não ser conhecido, evidências iniciais sugerem que a disseminação se dá por contato com superfícies ou equipamentos contaminados de quartos de doentes colonizados ou infectados. Por isso, as principais medidas de prevenção e controle envolvem ações como: enfatizar a importância da higienização das mãos para todos os profissionais de saúde, visitantes e acompanhantes,  a disponibilização continua de insumos para a correta higienização das mãos e de luvas e aventais para o manejo do paciente e suas secreções,  a correta paramentação para lidar com o ambiente em torno do paciente colonizado ou infectado, entre outros.

Rede laboratorial

Outro avanço importante que o comunicado de risco da Anvisa apresentou foi a criação da rede laboratorial para identificação de Candida auris. O documento orientou os laboratórios de microbiologia quanto aos métodos de detecção desse fungo, já que a identificação do mesmo requer métodos laboratoriais específicos, uma vez que Candida auris pode ser facilmente confundida com outras leveduras, tais como Candida haemulonii e Saccharomyces cerevisiae.  

Os laboratórios parceiros que compõem a rede são: o Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) do Distrito Federal, o laboratório do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/FMUSP) e o Laboratório Especial de Micologia (LEMI) da Escola Paulista de Medicina. Conforme o fluxo de envio das amostras, todos os laboratórios centrais de saúde pública do país também atuam na parceria fazendo a triagem dos microrganismos isolados com características suspeitas de serem Candida auris e encaminham para os laboratórios da rede.

Acompanhamento  

O alerta define, ainda, um fluxo de comunicação, no qual os laboratórios de microbiologia dos serviços de saúde devem informar os resultados suspeitos do referido fungo para as comissões de controle de infecção (CCIHs) do serviço de origem da amostra biológica. As CCIHs, por sua vez, devem notificar os casos suspeitos à Anvisa. Os resultados também são acompanhados pelas coordenações estaduais de controle de infecção e pelos laboratórios de saúde pública dos estados.

Todas as recomendações da Anvisa sobre o tema estão disponíveis no Comunicado de risco nº 01/2017 – GVIMS/GGTEs/Anvisa em razão dos relatos de surtos de Candida auris

 

 

Fonte: Anvisa

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