A pré-inauguração do mais novo think tank brasileiro da saúde reuniu as equipes de colaboradores da SindHosp e da FESAÚDE. Com um projeto arquitetônico desenvolvido para acomodar múltiplos atores, a ARCA já navega em busca de soluções reais para o setor a partir do encontro de multivisões. “Trata-se de um novo espaço para transformar a saúde, com foco bem definido”, resumiu Larissa Eloi, diretora-geral da ARCA. “Conectamos ideias, instituições e experiências para gerar mudanças concretas”.
Francisco Balestrin, presidente do SindHosp e da FESAÚDE, dirige o Conselho Estratégico de Implantação da ARCA. Ele abriu o evento. “A ARCA atua como um think tank, ou seja, um tanque de ideias, a partir de uma tríade estratégica: Políticas Públicas, Inovação e Acesso”, destacou Balestrin. “O sistema da saúde precisa de uma articulação multissetorial para enfrentar desafios complexos, como deterioração da saúde mental da população, a escalada das doenças crônicas e o risco de novas epidemias. E a solução não está em agir sozinho”, acrescentou Larissa Eloi.
A inauguração oficial do espaço ARCA acontecerá em agosto, com participação da secretária Ana Estela Haddad. Entre os principais diferenciais da ARCA estão a inteligência setorial e a curadoria de tendências. No evento de pré-lançamento, os responsáveis por cada uma das áreas estratégicas também apresentaram suas propostas.
Áreas estratégicas
Inaldo Leitão, head de Políticas Públicas, detalhou a amplitude do termo e a missão da Arca nesse campo. “Política pública seria tudo aquilo que um governo escolhe fazer ou deixar de fazer, influenciando no coletivo por ação ou omissão”, explicou Leitão. Ele destacou que o SUS é a maior política pública do Brasil e disse que a Arca buscará “influenciar algumas políticas públicas ou até criar políticas públicas por meio de projetos de lei”.
Eduardo Giacomazzi, head de Inovação, explicou que inovação é vista como um motor de mudança, transcendendo a mera tecnologia. “Inovação envolve transformar o tecido social”, lembrou Giacomazzi. “Gosto da analogia do ‘efeito tipping point’, quando uma pequena energia pode gerar uma transformação significativa. E não podemos perder de vista que somos pessoas transformando vidas, ou seja, temos de considerar o poder da colaboração humana na geração de impacto”.
Carla Behr, head de Acesso, emprestou uma definição da Organização Mundial da Saúde para falar de sua área, enfatizando a importância tanto dos desfechos como da equidade. “Não é o caso de prover a mesma coisa para todos, mas, sim, prover o que cada indivíduo necessita”, reconheceu Beher, que está à frente de um projeto disruptivo da ARCA, o Sinais, desenvolvido em parceria com a AstraZeneca. “O projeto utiliza inteligência artificial para a detecção precoce do câncer de pulmão, analisando exames de imagem, como radiografias e tomografias”.
FAÇA PARTE DA ARCA
A ARCA é um núcleo de projetos do Instituto de Ensino e Pesquisa na Saúde (IESPAS), criado por SindHosp e FESAÚDE. Para participar e saber mais, clique aqui.