O governo federal autorizou, no dia 4 de setembro (4), a criação de 39 novos cursos de medicina, 14 deles em municípios de do Estado de São Paulo – Cubatão, Jaú, Mauá, Osasco, Limeira, Guarujá, Guarulhos, Araçatuba, Araras, Bauru, Piracicaba, Rio Claro, São Bernardo do Campo e São José dos Campos. São cidades com 70 mil habitantes ou mais e não têm curso superior para graduação de médicos. A iniciativa faz parte da estratégia do programa Mais Médicos de expansão da formação no país.
Segundo o Ministério da Saúde, as oportunidades de formação em medicina que serão criadas fazem parte de ações estruturantes. Na seleção das 39 cidades, o Ministério da Educação (MEC) levou em conta a necessidade do curso, a estrutura da rede de saúde para realização das atividades práticas e a capacidade para abertura de residência médica. Os municípios selecionados estão em regiões metropolitanas e no interior, nenhum deles é capital. Outras sete cidades com o mesmo perfil terão prazo de seis meses para fazerem as adequações recomendadas na rede pública de saúde para habilitação dos novos cursos. É o caso de Pindamonhangaba e Indaiatuba, em São Paulo.
Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o programa Mais Médicos efetivamente está garantindo mais acesso, qualidade e mais humanização no atendimento. Segundo ele, a pesquisa feita com a população confirma que aqueles que usam o programa, na periferia de grandes cidades, no interior do país, na Floresta Amazônica, no sertão nordestino, estão muito satisfeitos com o médico.
“O Mais Médicos prevê que o Brasil passe a ter mais cursos de medicina. O nosso objetivo é ofertar cursos de qualidade, para isso precisamos de planejamento e é o que estamos fazendo com esse edital para novos cursos. Estamos invertendo o processo que era feito antes. Agora, primeiro definimos quais as regiões devem receber para que a estrutura seja preparada para receber o ensino de qualidade”, afirmou o ministro da Educação, Henrique Paim, em nota.
Atualmente, o Brasil conta com 21.674 vagas autorizadas para cursos de medicina. Deste total, 11.269 estão no interior e 10.045 em capitais. Essa distribuição já é resultado do processo de interiorização do ensino superior adotado pelo governo federal. Até 2012, predominava a oferta de vagas nas capitais, que tinham 8.911, enquanto no interior havia 8.772 vagas disponíveis.