Para o alemão Tobias Zobel, diretor do Instituto Central de Engenharia Biomédica (ZiMT) e professor da FAU, de Nurenberg, em comparação com a Alemanha, onde também há uma certa burocracia, o Brasil está num nível muito pior, o que atrapalha a implantação de novas ideias. “O financiamento público na Alemanha também tem burocracia, mas o Brasil ganha. Às vezes uma ideia é morta já na semente só por conta da burocracia”.
O palestrante participou do painel A inovação e a tecnologia na saúde na Alemanha, realizado durante o Congresso Internacional de Serviços de Saúde, evento oficial da Hospitalar Feira e Fórum.
No entanto, Tobias reconhece que há, por aqui, muitas oportunidades. E que o país o surpreendeu, quando veio pela primeira vez, há três anos. “Começamos há três anos analisando o jeito de fazer pesquisa no Brasil. Confesso que viemos com uma ideia um pouco inocente, achando que chegaríamos aqui para receber em troca apenas um mercado potencial. Mas me foi provado o contrário. Obviamente falta ainda muito na parte educacional, por outro lado existem estruturas que estão no mesmo nível que estamos”, afirmou.