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Comércio exterior de medicamentos sofre queda de 14,2%

Soma das importações com as exportações chegou a R$ 7 bi em 2015

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Apesar da valorização do dólar, as exportações de medicamentos sofreram uma queda expressiva de 17% em 2015, passando de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,1 bilhão. As importações diminuíram 13,7%, chegando a R$ 5,9 bilhões. Juntas, exportações e importações formam a corrente de comércio do setor, que registraram uma queda de 14,2% no ano passado.
 
Embora o déficit da balança comercial tenha reduzido, isso não tem sido interpretado pelo mercado de forma positiva. “Ele não diminuiu porque estamos exportando mais. Aconteceu justamente o contrário, estamos exportando menos, mas como as importações também caíram, a diferença negativa da balança comercial diminuiu”, explica Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa).
 
O desaquecimento de algumas economias mundo afora pode justificar o enfraquecimento das exportações, apesar do câmbio favorável. “As mudanças no câmbio não favoreceram a exportação de medicamentos, seja pela dificuldade de portfólio do País, seja pela precariedade vivida por importantes mercados como Argentina e Venezuela”, afirma Britto. Já as importações continuam muito acima das exportações porque 86% dos princípios ativos, a matéria-prima dos medicamentos, são trazidos do exterior. 
 
Uma solução de médio e longo prazo para reverter o déficit da balança comercial seriam os investimentos em pesquisa e desenvolvimento. “A inovação é o caminho para o mercado externo, mas para isso precisamos de um ambiente favorável à pesquisa clínica”, afirma Britto. 
 
A aproximação entre universidade e indústria, bem como uma indústria mais disposta a assumir riscos com inovação e pesquisa são passos fundamentais para aumentar o interesse do mercado internacional no setor farmacêutico brasileiro. Contudo, o país enfrenta hoje muita morosidade para aprovação de pesquisas clínicas, o que dificulta o avanço do setor no país.
 
Em 2016, a pressão do dólar valorizado pode continuar aumentando os custos de produção e impactar o varejo nacional, com possível redução dos descontos oferecidos.
 

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