Com o intuito de elucidar as entidades de saúde e auxiliar na comunicação interna e externa, o SindHosp convidou dois experts do mercado para um encontro virtual e gratuito, direcionado aos profissionais e gestores da saúde. A saber: Flávio Schmidt, consultor em Relações-públicas, Governamentais e Gestão de Riscos, e José Carlos Mattos, jornalista e consultor especializado em Comunicação Corporativa.
O Webinar Comunicação & Saúde: Estratégias de Sucesso para os Prestadores de Serviços aconteceu em 13 de setembro e contou com mais de 100 inscritos. As discussões foram fundamentadas em situações reais e corriqueiras nos hospitais, clínicas e maioria das empresas da saúde, explanadas em dois painéis:
- A necessidade de uma estratégia de comunicação para os prestadores de serviço de saúde;
- Como anda a comunicação da sua empresa após a pandemia?
Continue a leitura e saiba quais foram os pontos-chave apresentados pelos profissionais.
A necessidade de uma estratégia de comunicação para os prestadores de serviço de saúde
Comunicação é, por definição, o ato de emitir e receber mensagens, entretanto, a comunicação corporativa vai além, está relacionada à mensagem institucional da marca, dentro e fora da empresa, e envolve vários tipos de públicos; a exemplo de mercado, clientes, parceiros de clientes, investidores, analistas, etc.
Neste painel, José Carlos Mattos esclareceu que essa comunicação está presente em todas as empresas e tem caráter transversal, isso significa que seja qual for o segmento, a comunicação corporativa sempre será importante para o mercado que deseja avanço e relacionamento com os clientes.
Afinal, estamos vivendo uma era em que as relações são ferramentas indispensáveis para efetivação de vendas de produtos e serviços, especialmente os de assistência à saúde.
Antes de vender, a empresa precisa conquistar o respeito e a credibilidade da sociedade, e “é a comunicação estratégica que exerce esse papel”.
Sendo assim, fica claro o seu potencial decisivo para o sucesso das finanças de um negócio, visto que é um comportamento comum que os consumidores comprem ou contratem serviços das empresas que melhor apresentam seus conceitos, mesmo que custe mais caro.
Entretanto, os benefícios de se comunicar bem ultrapassa esse campo, uma boa comunicação pode proporcionar muito mais aos negócios, como a facilidade em realizar parcerias, atrair e reter talentos. Mas para isso, o mundo solicita mais que ser bom, é preciso parecer bom.
No caso das empresas de saúde, espera-se que a comunicação transmita confiabilidade, compromisso e segurança aos pacientes. Tão logo, é preciso que contem suas histórias, valores, visões e os métodos que fundamentam suas ações, nos diversos canais digitais com produção de conteúdo estratégica, estudo de público e endomarketing; cuidando para que os envolvidos com a empresa estejam alinhados aos conceitos.
O jornalista enfatiza ainda a importância de que membros da diretoria estejam mais próximos do setor de comunicação, tendo livre acesso e contato frequente com essa esfera para que a mensagem transmitida seja a mais fidedigna possível.
Isso vai assegurar a eficácia de cada ponto de contato e evitar discrepâncias ou distorção da mensagem a ser transmitida. Um cuidado valioso e que não deve ser menosprezado, afinal, “basta um descuido, equívoco ou erro para que o trabalho de reputação construído por décadas se perca em segundos, reduzindo a nada a credibilidade da instituição”.
Como anda a comunicação da sua empresa pós-pandemia?
Este foi o segundo e último painel do webinar, no qual se discutiu a importância de as empresas considerarem as mudanças de comportamento e modo de pensar da sociedade, após passar pela maior crise sanitária dos últimos 100 anos, a pandemia de Covid-19, e inovar na comunicação corporativa; além de estarem preparadas para os próximos desafios.
Fase para os gestores se dedicarem às estratégias tanto para a comunicação institucional quanto para a gestão de riscos, pois é imprescindível que ambas estejam associadas para evitar problemas. Isso engloba visão estratégica, análise dos públicos e a criação de planos de ação.
Segundo Flávio, as empresas que se limitam às estratégias de imprensa e de redes sociais, as quais não deixam de ser peças fundamentais, podem ter problemas de relacionamento. “Esse novo momento solicita um aprofundamento voltado para os públicos de modo individual e personalizado, a fim de construir uma unidade de percepção de qualidade, relevância e conceito”.
3 passos para elaborar um plano de comunicação eficaz
O consultor elenca três ações para criar um relacionamento mais aprofundado com as pessoas e se comunicar de modo eficaz, são eles:
- análise do contexto e estudo de perfil de públicos;
- posicionamento e mensagem estratégica;
- planos de comunicação.
Para entender melhor como colocar em prática cada um dos passos, assista ao webinar, já disponível no YouTube do SindHosp:
Gestão de riscos: uma gestão estratégica
Quanto a gestão de crises, Flávio salienta: “a melhor estratégia de gestão de crise é a gestão de riscos”. E a primeira coisa a fazer para gerir esses riscos é conhecê-los, quando se conhece os riscos, é possível agir para reduzi-los ou mesmo eliminá-los, disse.
Schmidt destaca ainda que a gestão de riscos é parte inseparável do processo de planejamento da comunicação de instituições de saúde, devido à função social e propósitos dessas empresas, com atividades tão fundamentais para a sociedade.
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