Em encontro, lideranças discutem o futuro da saúde no Brasil

1º Fórum de Líderes do Setor Saúde foi realizado pelo Einstein, em SP

Compartilhar artigo

Pesquisas apontaram a saúde como a principal preocupação do brasileiro. Por um lado, os players da saúde afirmam que faltam recursos e que existe a real necessidade de reajuste dos valores pagos por procedimentos; por outro, há o Governo, que rebate a acusação dizendo que há má gestão para administrar os investimentos. Reunindo os principais líderes do setor, o Hospital Israelita Albert Einstein realizou, em 15 e 16 de agosto, o 1º Fórum de Líderes do Setor Saúde, com objetivo de debater as propostas para a saúde no Brasil. O evento, que também contou com a presença da grande imprensa, abordou temas como a judicialização, os desafios da saúde pública e suplementar, perspectivas globais, exemplos internacionais e o papel das agências reguladoras. O presidente do SINDHOSP e da FEHOESP, Yussif Ali Mere Jr, esteve presente no debate junto com o diretor das entidades, Luiz Fernando Ferrari Neto.
 
Durante a abertura do evento, Claudio Lottenberg, presidente do Einstein, ressaltou a importância de debates e troca de ideias entre os líderes, além de explorar experiências que deram certo em um processo de mudança. “Devemos guardar uma frase para este início de Fórum: a saúde não é um problema e sim uma solução. Nosso objetivo no momento é aproveitar a oportunidade de discutir a preocupação dos impactos populacionais, pensar na evolução da expectativa de vida e trabalhar na prevenção. O envelhecimento populacional e a longevidade infinita agora está em pauta e a incorporação tecnológica merece destaque. Importante também é discutirmos os bons resultados, o aprimoramento da qualidade na assistência, conciliando as visões sociais”.
 
Destaque internacional do primeiro dia de evento, o líder de políticas públicas e gestão da Universidade de Manchester, na Inglaterra, Kip Webb, afirmou que o sistema deve oferecer uma saúde além das necessidades do paciente. “O paciente nisso tudo tem um papel bastante passivo. O ideal para o Governo é Investir mais em prevenção, diagnóstico precoce, evitando a doença Importante também é a educação de que a saúde também é responsabilidade de cada um. Um exemplo: se evitamos tomar chuva, podemos evitar uma gripe, logo, também estou fazendo a minha parte para que a doença não venha. É essa a educação que o brasileiro poderia ter e que auxiliaria os hospitais a evitar contingente e gastos desnecessários”.
 
José Cechin, diretor executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), acredita que o setor não pode ser tão otimista. “Não compartilho de otimismo na saúde neste momento. A realidade é que o cenário que temos não irá mudar em menos de algumas décadas. E isso, ainda por cima, se começarmos a mudança já, a partir de hoje. Para aproveitar melhor os investimentos, deveríamos aumentar a carga tributária, algo que a sociedade não aceita mais”, explicou. “Todos os aumentos da ANS são reclamados por estarem fora da inflação. São coisas diferentes: despesa de variação médica é uma coisa e inflação é outra. O Brasil não é único País a ter variações médicas mais altas do que a inflação geral do País. A despesa per capita com saúde na população humana sempre será mais alta do que a inflação por consumo geral.Despesas também variam por incorporação de tecnologia, substituição de itens de preços baixos por preços altos. Tecnologia é a solução, mas também é custo, principalmente quando ele chega como inovação, antes de iniciar o seu processo de declínio”.
 
O segundo dia do Fórum contou com a presença de Francisco Balestrin, presidente da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp); John McDonough, diretor da Harvard School of Public Health Leadership; Steve Brooks, líder de políticas públicas e gestão na Universidade de Manchester, Inglaterra; Reed Tuckson, presidente da American Telemedicine Association; e Ravi Ramamurti, diretor do Center for Emerging Markets da Northeastern University.
 
Mesa de Debates
 
Nos dois dias de evento foram realizadas mesas de debate entre os palestrantes, moderadas por jornalistas da área da saúde. Foram eles Claudia Collucci, repórter e colunista da Folha de S. Paulo; André Lahóz, diretor de redação da Revista Exame; Beth Koike, repórter do Valor Econômico; Cristiane Segatto, repórter especial e colunista da Revista Época; e Guilherme Batimarchi, editor-chefe da Revista Healthers. 
 

Artigos Relacionados...

Convencoes Coletivas

Firmada CCT com o sindicato dos médicos de Taubaté

Informe SindHosp Jurídico nº 116-A/2024FIRMADA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO COM SINDICATO DOSMÉDICOS DE TAUBATÉ, VIGÊNCIA DE 1º DE SETEMBRO DE 2024 A 31 DEAGOSTO DE 2025.Informamos que o SindHosp firmou

Curta nossa página

Siga nas mídias sociais

Mais recentes

Receba conteúdo exclusivo

Assine nossa newsletter

Prometemos nunca enviar spam.

error: Conteúdo protegido
Scroll to Top