A inteligência artificial se tornou mais acessível e promete ampliar o leque de soluções para quem precisa administrar um hospital, um laboratório e uma clínica médica. Durante o Papo da Saúde Especial Hospitalar, o diretor de Operações do SindHosp, Daniel Machado, conversou com o engenheiro mecatrônico Marcelo Otoni, sócio-fundador e CEO da Invisual Tecnologia, e o médico obstetra Francisco Neri, CMIO do Grupo Santa Joana, maior grupo de maternidades do país, e falou sobre este tema: “Não é Sobre o Futuro. É Agora: IA que Gera Receita, Reduz Glosas e Cuida de Gente”.
Para o médico Francisco Neri, a IA é um instrumento de sumarização e entendimento dos dados, o que permite uma exploração rápida e precisa dos seus dados. “Dentro do ciclo de receita existe um volume de dados muito grande”, atestou o CMIO do Grupo Santa Joana.
Já o sócio fundador da Invisual acredita que a IA vem se revelando uma solução sem precedentes. “A ideia é que a IA seja um facilitador, apoiando o profissional de saúde na melhor tomada de decisão. É como se fosse uma pré-auditoria, cruzando os dados médicos, de enfermagem, com materiais, medicamentos e todo o resto”, disse Marcelo Otoni. “É como um funcionário 24/7 olhando item a item de todas as contas, olhando as evoluções, olhando o processo todo para ver se está correto… e te dando informação pronta. Um ganho enorme. Além de reduzir o trabalho, ameniza os erros”.
O médico Francisco Neria destacou que a atividade clínica, muitas vezes, é tratada de forma dissociada da atividade financeira. “Nós estamos em um momento em que conseguimos mais facilmente ligar as contas, como tudo começou e como tudo terminou, no grau de detalhe que a gente precisa para fazer a diferença. Então esse poder de sumarização da IA é sensacional, vai mudar tudo mesmo”.