O presidente da FEHOESP e do SINDHOSP iniciou seu discurso na abertura da Feira Hospitalar, na manhã da terça-feira 19, lembrando 1902, ano que Rodrigues Alves se elegeu presidente do Brasil. Na época, o Rio de Janeiro, que era capital do País, estava sofrendo com uma epidemia de peste bubônica. Alves consultou especialistas europeus sobre quem poderia capitanear a implantação do Instituto Soroterápico, que indicaram o nome de Oswaldo Cruz – hoje, o médico dá nome ao instituto.
“Alves deu diretrizes severas ao ministro, bem como autonomia para ele agir. Dois anos depois houve a Revolta da Vacina, mesmo assim o ministro da saúde não caiu. E hoje temos um sistema de vacinação que é exemplo para o mundo inteiro. É esse tipo de política que precisamos na saúde”, afirmou o líder setorial.
Yussif completou sua fala afirmando que o atual governo apresenta uma “série de programas que soam mais com propaganda que com legítima preocupação” com os problemas brasileiros. “É Mais Médicos, Mais Especialidades, Brasil Sem Miséria, Minha Casa Minha Vida… Agora o governo lançou o Pátria Educadora. O que mudou? Nada. É só um novo nome, mas não há um novo plano”, criticou.
“Recentemente, tivemos a sabatina do [ministro indicado ao Superior Tribunal Federal] Luiz Edson Fachin… O ministro se autointitula progressista. O que é ser progressista? Tivemos nos últimos quatro anos equipe progressista, com o [ex-ministro da Fazenda e do Planejamento] Guido Mantega. Aumentaram a inflação, o desemprego e a pobreza da população”, afirmou o presidente do SINDHOSP e da FEHOESP. “Desejo a todo o Brasil, nas próximas décadas, mais Sérgio Moro e menos João Santana.”
O médico ressaltou a necessidade de continuar lutando: “Nós sabemos que temos aqui uma feira com toda a tecnologia e continuamos o desafio, que é levar essa tecnologia para a população toda”.
FOTO: Leandro Godoi