Rede privada de saúde tem mais equipamentos que países desenvolvidos

Estudo mostra que 5 Estados têm infraestrutura superior ao recomendado

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Os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, com maior Produto Interno Bruto (PIB) do país, estão entre aqueles com maior oferta nacional de equipamentos privados de diagnóstico em saúde, disponibilizando, em muitos casos, indicador de infraestrutura superior ao verificado em países como Alemanha, Austrália, Canadá e Reino Unido.
 
A constatação está no estudo “PIB estadual e Saúde: riqueza regional relacionada à disponibilidade de equipamentos e serviços de saúde para o setor de saúde suplementar”, produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), divulgado no último dia 8 de abril. .
 
O documento do IESS demonstra que, a cada 100 mil habitantes, a saúde suplementar desses cinco estados dispõe de mamógrafos, tomógrafos computadorizados, aparelhos de ressonância magnética e ultrassom superiores à recomendação do Ministério da Saúde. Juntos, eles detinham 65,2% do PIB nacional em 2011 e 72,6% do total de beneficiários de planos de saúde.
 
Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS, ressalta que em muitos estados os equipamentos privados também são utilizados para o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, com base em dados do Datasus, ele destaca que o setor privado é hoje detentor de mais de 62% dos equipamentos de saúde de alta complexidade do país e 84% dos procedimentos de alta complexidade são realizados nas redes privadas.
 
Com base na pesquisa, Carneiro observa que “o Brasil registra um nível de desigualdade muito grande na oferta de infraestrutura de saúde. E que os índices dos equipamentos disponíveis pela saúde suplementar nos estados de maior PIB chegam a superar aos de países desenvolvidos e com sistema de saúde universal”.
 
“Seria bom que se analisasse se o número de equipamentos privados acima do necessário para o bom atendimento da população que os utiliza não está exagerado e até onerando demais a cadeia da saúde, o que pode comprometer a sustentabilidade do setor”, complementa o superintendente.
 
Ao citar dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo lembra que a população que utiliza equipamentos privados de saúde é composta em 90% por beneficiários de planos de saúde (aproximadamente 25% da população). Com exceção dos equipamentos de mamografia, destaca o estudo, os demais cresceram em ritmo superior ao número de beneficiários em todos os estados, que são os principais usuários de equipamentos privados de saúde. O estudo completo está disponível em www.iess.org.br.
 

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