São Paulo ganha rede inédita de atendimento médico a distância

Projeto de telemedicina de R$ 3,1 milhões vai ajudar a esclarecer diagnósticos e a monitorar pacientes

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A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo começa a implantar uma rede inédita no país de atendimento médico a distância que irá auxiliar no esclarecimento de diagnósticos e no monitoramento de pacientes que derem entrada em hospitais, prontos-socorros e unidades de pronto-atendimento por todo o Estado.
 
O sistema, operado pela equipe da Cross (Central de Regulação da Oferta de Serviços de Saúde), na capital paulista, servirá como apoio ao processo de regulação de leitos e transferência de pacientes entre unidades de saúde.
 
Com investimento de R$ 3,1 milhões pelo governo do Estado, o serviço auxiliará unidades de saúde que atendem à baixa e média complexidades, geridas pelo Estado, municípios e instituições filantrópicas, a definirem condutas terapêuticas de tratamento e até avaliarem a necessidade ou não de remoção de pacientes para unidades de maior complexidade hospitalar.
 
Em tempo real, equipes médicas da Cross e dos serviços hospitalares discutirão quadros clínicos de pacientes por meio da videoconferência, sistema de comunicação com transmissão de áudio e vídeo via internet.
 
Casos mais complexos ainda poderão ser discutidos com equipes médicas de três hospitais universitários considerados referências nacionais: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e o Hospital São Paulo, ligado à Unifesp e à SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina).
 
Somente após a avaliação dos casos e conclusão dos quadros de saúde é que será definida a necessidade, ou não, da transferência dos pacientes para hospitais de referência.
 
O objetivo do serviço é otimizar a assistência hospitalar e evitar complicações nos quadros clínicos dos pacientes, além de evitar transferências desnecessárias, de pessoas com casos mais simples e que podem ser resolvidos na própria unidade de origem.
 
O projeto-piloto começa a operar na região da Baixada Santista, local que sofre forte variação do fluxo de atendimento hospitalar em virtude do deslocamento de turistas em finais de semana, feriados e temporada de férias.
 
O Hospital de Bertioga é a primeira unidade a participar do sistema de regulação de leitos e pacientes por meio do projeto de telemedicina. Outras 31 unidades hospitalares, localizadas nas nove cidades da baixada santista, integrarão a rede até junho.
 
Para ofertar o serviço, a Cross irá dispor de seis postos de apoio, cada um equipado por um monitor de 21 polegadas Full HD, câmera Full HD 1080p, microfone e caixas acústicas profissionais. Essa mesma estrutura também fará parte das estações móveis de trabalho dentro dos hospitais universitários e unidades integrantes da rede.
 
Além disso, a Cross vai contar também com uma sala de telemedicina, formada por duas telas de 50 polegadas Full HD, câmera Full HD 1080p, microfone e caixas acústicas profissionais.
 
"O uso da telemedicina no processo de regulação é um grande exemplo da importância da tecnologia no serviço público de saúde, ao aproximar importantes centros de referência às reais necessidades dentro da discussão de casos de pacientes", afirma o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David Uip.

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