5 de maio de 2014

Firmada convenção com Sindicato dos Empregados de SP

O SINDHOSP e o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de São Paulo (SindSaudesp) firmaram, em 30 de abril, convenção coletiva de trabalho, data-base em 1º/5, com vigência de 1º de maio de 2014 a 30 de abril de 2015,  para as cláusulas econômica, e até 30 de abril de 2016 para as cláusula sociais. 
 
Os trabalhadores receberão 6% de reajuste salarial a incidir sobre os salários de agosto de 2013, sendo 50% a partir de 1º maio e a diferença em 1º de agosto deste ano.
 
 
Clique aqui e veja a íntegra da convenção.
 

Três em cada quatro brasileiros se automedicam

A automedicação é um dos maus (e perigosos) hábitos praticados no Brasil. Três a cada quatro brasileiros tomam remédio sem orientação médica e 32% costumam aumentar a dose por conta própria. Os dados são da pesquisa do ICTQ (Instituto de Pós-Graduação para Farmacêuticos) e foram divulgados no jornal Folha de S. Paulo.
 
De acordo com a publicação, o estudo foi feito em 12 capitais do País com 1.480 pessoas de 16 anos ou mais que consomem remédios. A prática da automedicação é um hábito comum não apenas no Brasil. Pesquisa realizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que 10% da população mundial se automedica pelo menos uma vez ao ano.
 
Para Milton Gorzoni, professor adjunto de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, “isso ocorre mesmo em países que qualquer medicamento só é vendido com a receita médica”.
 
— Algum parente ou amigo pode dar o que restou de um remédio que consumiu. Há também quem compre em outros países onde são liberados, ou adquire no comércio ilegal, fato que pode ser muito perigoso à saúde.
 
Nos últimos cinco anos, o Brasil registrou quase 60 mil internações por intoxicação medicamentosa, segundo o Ministério da Saúde. Os riscos que o paciente corre ao se automedicar são inúmeros, com destaque para o mascaramento do quadro clínico e o consequente diagnóstico equivocado ou tardio. Em ambos os casos, há retardo no tratamento correto, o que pode desencadear uma série de complicações.
 
Outros problemas são interação medicamentosa, alergias, dosagem e administração inadequadas — tanto em quantidades baixas, que podem promover a resistência bacteriana, por exemplo, quanto em superdosagem, que acarreta efeitos colaterais.
 
Os idosos são os mais vulneráveis aos perigos da automedicação, por conta da alta quantidade de remédios que já usam normalmente, facilitando a interação medicamentosa, e do estado debilitado do organismo, alerta Anthony Wong, coordenador do Centro de Assistência Toxicológica do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas.
 
 — A ingestão de um comprimido com alta dose de AAS por alguém que toma remédio para se recuperar de uma cirurgia cardíaca pode causar uma úlcera gástrica, que não coagula por causa do medicamento. Isso é bastante comum em idosos que têm dores nas articulações.
 
Segundo ele, também é frequente o uso de antigripal associado a spray para o nariz. Os dois remédios são vasoconstritores e, em uma pessoa de idade, que apresenta deficiência de fluxo sanguíneo no cérebro, pode desencadear AVC (acidente vascular cerebral).
 
Remedinho para dor de cabeça
 
Entre os casos de automedicação, a dor de cabeça é a campeã. Por outro lado, a ingestão de analgésicos é o exemplo mais citado quando se fala de problemas. Os relatos envolvem desde o mascaramento de sintomas até o aparecimento de úlceras e hemorragias. A cefaleia pode ser consequência de tensão, jejum, hipoglicemia, hipertensão, aneurisma cerebral, início de meningite ou uma tendência a enxaqueca, entre várias outras, explica Paulo Pêgo Fernandes, diretor da APM (Associação Paulista de Medicina).
 
— São inúmeras doenças diferentes com tratamentos ainda mais diversos. Assim como a febre, a dor serve como um aviso. Ao tomar o remédio sem ter o diagnóstico correto, pode-se perder um tempo precioso, por vezes fatal.
 
De acordo com Gorzoni, o paciente deve sempre informar ao médico quais foram os sintomas e os remédios ingeridos e, inclusive, se faz uso de medicações contínuas.
 
— Esta é a regra número um. Na dúvida, para não correr o risco de esquecer os nomes, leve as embalagens. Até mesmo de vitaminas, fitoterápicos e homeopatias. Não contar a verdade pode causar problemas como reações adversas, dependendo do que será receitado, além de mascarar ou revelar um sintoma que não existe.
 
O especialista acrescenta que os médicos, além de orientar o que o paciente precisa fazer, também devem reforçar o questionamento de eventuais dúvidas.
 
— A receita é um procedimento tão sério quanto uma cirurgia. A prescrição deve estar com letra legível e sem abreviações.

Número de transplantes de órgãos no país cresceu 18% nos últimos 3 anos

O número de transplantes de órgãos sólidos no Brasil aumentou 18% entre 2010 e 2013. Segundo o Ministério da Saúde, os procedimentos considerados de alta complexidade, como os transplantes de pulmão (100%) e coração (60%), tiveram as maiores elevações no período.
 
"O aumento do transplante mais complexo significa uma melhora no sistema de transplante, porque esses são os transplantes com maior carência, por exemplo transplante de pulmão, coração. As pessoas que não recebem [o órgão] morrem, não têm opção", avaliou o coordenador do Sistema Nacional de Transplantes, Héder Murari Borba.
 
Embora os procedimentos considerados mais complexos não sejam os de maior número, eles exigem melhores serviços e equipes, desde a organização da captação de órgãos até a cirurgia e o acompanhamento da recuperação dos pacientes. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem a maior rede pública de transplantes do mundo. O rim é o órgão mais transplantado e mais aguardado na fila de pessoas que precisam de um transplante.
 
"Os Estados Unidos fazem mais transplantes que o Brasil, mas lá o transplante é privado. Uma parte é subvencionada pelo Estado, e os imunossupressores, medicamento que a pessoa recebe depois do transplante, têm que ser comprados", contou Borba.
 
Entre 2010 e 2013, com o aumento do número de transplantes, a fila dos que aguardam um órgão diminuiu 56,8% nos últimos três anos. Santa Catarina e o Distrito Federal são os locais com maior relação de doadores por milhão de habitante, passando dos 30. Em 2010, 59.728 pessoas estavam na lista nacional de espera e, em 2013, o número passou para 38.074.
 
O transplante de córnea é o que mais apresenta redução na lista de espera. Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, o Paraná, o Rio Grande do Sul e São Paulo zeraram a fila por essa cirurgia em 2013. A lista de transplante é considerada zerada quando o número de pacientes que precisam do procedimento está dentro ou abaixo da capacidade média mensal de atendimento do estado.
 
O total de pessoas que doaram órgãos passou de 1.896, em 2010, para 2.562, em 2013, uma alta de 35,1%. Apesar do aumento, dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) indicam que, no Brasil, 47% das famílias que podiam doar órgãos de um parente que teve morte cerebral se recusaram a autorizar o procedimento. A entidade ressalta que no país só quem pode tomar essa decisão é a família do doador, mesmo que a pessoa tenha manifestado o desejo por escrito.
 
Segundo Borba, a resistência à doação está ligada à falta de esclarecimento da população. "[Nas campanhas] queremos esclarecer que é um procedimento seguro, que a pessoa não vai ter sua morte acelerada. coisas que ainda persistem na mentalidade da população, mas que vêm melhorando gradativamente e muito intensamente nestes últimos anos."
 
O coordenador ressalta que muita gente não doa porque teve seu parente mal atendido no setor de urgência. "Se o atendimento for ruim na hora que o paciente precisa ser atendido, como a família vai ser abordada para que doe os órgãos do ente que faleceu?" 

Quase 10% da população afirma que é fumante passiva nos locais de trabalho

A lei de ambientes livres de fumo pode sair da gaveta, depois de mais de dois anos de espera. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que a regulamentação da norma deverá ser feita este ano, mas não citou prazos. Sancionada em 2011, a regra prevê a proibição do fumo em locais coletivos fechados (privados ou públicos), incluindo os fumódromos.
 
Para ser implementada, no entanto, é preciso que o governo defina o que é ambiente fechado – há dúvidas, por exemplo, sobre a classificação que deve ser dada para varandas ou outros pontos com cobertura parcial – e quais as punições previstas para o caso de descumprimento da norma.
 
Pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde mostra que 9,8% da população entrevistada afirma ser fumante passiva nos locais de trabalho. Um número considerado pelo governo como bastante significativo. "A redução dessas taxas, no entanto, não dependem exclusivamente da regulamentação", argumentou Chioro. Ele afirmou que a própria fiscalização do empregador e a implementação de regras que estão vigentes, por si só, já poderiam ter um impacto significativo nesses números.
 
O fumo passivo é causa importante de risco para ocorrência de doenças relacionadas ao tabagismo, como câncer de pulmão e problemas cardíacos. Os dados da pesquisa mostram que 11,3% da população brasileira é fumante. Em 2006, o porcentual era de 15,7%. A queda é atribuída pelo governo a medidas como a proibição da propaganda, as imagens de advertência nos maços, medidas que foram implementadas na década passada.

São Paulo ganha rede inédita de atendimento médico a distância

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo começa a implantar uma rede inédita no país de atendimento médico a distância que irá auxiliar no esclarecimento de diagnósticos e no monitoramento de pacientes que derem entrada em hospitais, prontos-socorros e unidades de pronto-atendimento por todo o Estado.
 
O sistema, operado pela equipe da Cross (Central de Regulação da Oferta de Serviços de Saúde), na capital paulista, servirá como apoio ao processo de regulação de leitos e transferência de pacientes entre unidades de saúde.
 
Com investimento de R$ 3,1 milhões pelo governo do Estado, o serviço auxiliará unidades de saúde que atendem à baixa e média complexidades, geridas pelo Estado, municípios e instituições filantrópicas, a definirem condutas terapêuticas de tratamento e até avaliarem a necessidade ou não de remoção de pacientes para unidades de maior complexidade hospitalar.
 
Em tempo real, equipes médicas da Cross e dos serviços hospitalares discutirão quadros clínicos de pacientes por meio da videoconferência, sistema de comunicação com transmissão de áudio e vídeo via internet.
 
Casos mais complexos ainda poderão ser discutidos com equipes médicas de três hospitais universitários considerados referências nacionais: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e o Hospital São Paulo, ligado à Unifesp e à SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina).
 
Somente após a avaliação dos casos e conclusão dos quadros de saúde é que será definida a necessidade, ou não, da transferência dos pacientes para hospitais de referência.
 
O objetivo do serviço é otimizar a assistência hospitalar e evitar complicações nos quadros clínicos dos pacientes, além de evitar transferências desnecessárias, de pessoas com casos mais simples e que podem ser resolvidos na própria unidade de origem.
 
O projeto-piloto começa a operar na região da Baixada Santista, local que sofre forte variação do fluxo de atendimento hospitalar em virtude do deslocamento de turistas em finais de semana, feriados e temporada de férias.
 
O Hospital de Bertioga é a primeira unidade a participar do sistema de regulação de leitos e pacientes por meio do projeto de telemedicina. Outras 31 unidades hospitalares, localizadas nas nove cidades da baixada santista, integrarão a rede até junho.
 
Para ofertar o serviço, a Cross irá dispor de seis postos de apoio, cada um equipado por um monitor de 21 polegadas Full HD, câmera Full HD 1080p, microfone e caixas acústicas profissionais. Essa mesma estrutura também fará parte das estações móveis de trabalho dentro dos hospitais universitários e unidades integrantes da rede.
 
Além disso, a Cross vai contar também com uma sala de telemedicina, formada por duas telas de 50 polegadas Full HD, câmera Full HD 1080p, microfone e caixas acústicas profissionais.
 
"O uso da telemedicina no processo de regulação é um grande exemplo da importância da tecnologia no serviço público de saúde, ao aproximar importantes centros de referência às reais necessidades dentro da discussão de casos de pacientes", afirma o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David Uip.

Saúde libera R$ 1,4 milhão para inquérito sobre violência e acidentes

Portaria do Ministério da Saúde já publicada no Diário Oficial da União autoriza repasse financeiro no valor de R$ 1,4 milhão para a realização do Inquérito de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA Inquérito 2014). Ao todo, 39 municípios, incluindo todas as capitais e o Distrito Federal, serão contemplados.
 
De acordo com o texto, o recurso será repassado, em parcela única, do Fundo Nacional de Saúde ao fundo do Distrito Federal e aos fundos municipais de saúde, para a realização do inquérito nos serviços sentinelas de urgência e emergência definidos em articulação com as secretarias estaduais e municipais de Saúde.
 
O Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva) foi implantado em 2006 com o objetivo de coletar dados e gerar informações para subsidiar políticas em saúde pública direcionadas a esses agravos, buscando preveni-los.
 
Dados do Ministério da Saúde indicam que lesões decorrentes de acidentes (referentes ao trânsito, a envenenamento, afogamento, quedas, queimaduras e outros) e violências (relacionadas a agressões, homicídios, suicídios ou tentativas, abusos físicos, sexuais, psicológicos, negligências e outras) representam a terceira causa de morte entre crianças até 9 anos, passando a ocupar a primeira posição na população de adultos jovens (de 10 a 39 anos).

Workshop discute padrão Loinc para laboratórios brasileiros

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), em parceria com o SINDHOSP, FEHOESP, o Instituto HL7 Brasil e a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), promoveu o workshop Loinc Brasil – “Uma Grande Conquista” , no último dia 30 de abril, no Hotel Hilton, na capital paulista. O evento marcou o lançamento da versão final em português do Loinc, um padrão internacional de terminologia (nome e códigos) para procedimentos de diagnóstico laboratorial, de imagem médica e de observações clínicas, totalizando 70 mil termos.
 
A realizado do projeto foi um trabalho voluntário e colaborativo realizado durante sete anos, por diversos grupos de trabalho de várias instituições públicas – Ministério da Saúde, Datasus, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo – e privadas (Dasa, Fleury, Hospital Albert Einstein), sociedades, associações, além de pesquisadores individuais. 
 
De acordo com o presidente do Instituto HL7, Marivan Santiago Abrahão,  que apresentou o projeto, a fim de estimular a interoperabilidade do Loinc-BR com os padrões nacionais – Terminologia Unificada  da Saúde Suplementar (TUSS), Sistema Único de Saúde (SUS) e tabela da Associação Médica Brasileira (AMB),  foi desenvolvido um sistema de mapeamento e referenciamento, o chamado Sistema Loinc-BR, que permite de forma ágil a obtenção do relacionamento dos termos afins, incluindo as sinonímias.  
 
Adicionalmente, este sistema permitirá a manutenção, a atualização e a evolução da terminologia em língua portuguesa para mantê-lo perene e ativo.
 
Para Luiz Fernando Ferrari Neto, diretor do SINDHOSP e da FEHOESP, “este vocabulário padrão pode ser um novo expoente a ser utilizado pelos associados das entidades, pois é de fundamental importância que todos falem a mesma língua dentro do setor saúde”.
 
Também estiverem presentes ao workshop as presidentes da Abramed, Cláudia Cohen, e da SPBC/ML, Paula Fernandes Távora; o 1º secretário-geral do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), Antonio Carlos Matteoni; o coordenador da Câmara Técnica da Abramed, Luis Gastão Rosenfeld; o coordenador de Gestão de Projeto do Ministério da Saúde/Datasus, Moacyr Perche; a gerente de Padronização e Interoperabilidade da diretoria de Desenvolvimento Setorial da ANS, Marizélia Leão Moreira; e os diretores do SINDHOSP e da FEHOESP José Carlos Barbério e Marcelo Gratão.
 
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