Seminário SINDHOSP/ Fleury discute o futuro da saúde suplementar

Evento teve ainda um talk-show interativo

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Não é de hoje que se discute a necessidade da revisão de novos modelos assistenciais na saúde. Com o aumento da demanda por procedimentos e o baixo investimento, o setor vive a beira de uma catástrofe. A afirmação foi feita pelo presidente da FEHOESP e do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Jr, durante o 8º Seminário SINDHOSP e Grupo Fleury que aconteceu em 18 de junho em São Paulo.
 
"Vivemos um modelo que beira o colapso e em momento algum vemos ações efetivas com discussões objetivas para mudar. Chega desta briga de gato e rato entre operadoras e prestadores que só prejudica a população. Já é hora de discutir os novos modelos para a saúde suplementar", disse.
 
Carlos Alberto Iwata Marinelli, presidente do Grupo Fleury/SP, destacou a importância do debate, que neste ano teve como tema “Novos modelos para a saúde suplementar”. “Temos aqui grandes nomes da saúde discutindo algo que é uma necessidade: mudança. Nosso contexto econômico é desfavorável e precisamos falar sobre novos modelos”. 
 
Abrindo as apresentações, César Lopes, líder de Saúde e Benefícios em Grupo da Towers Watson, falou sobre a transformação no sistema de saúde americano com o Obamacare, novo programa criado pelo presidente Barack Obama. "No Obamacare, uma empresa com 50 ou mais empregados deve oferecer o benefício de saúde com mínimo de cobertura definido por lei", explica.
 
 "Chama-se play ou pay. Ou se oferta a saúde conforme das leis ou se paga impostos por não ofertar. A reforma americana quer recolher mais dinheiro para cobrir as pessoas de baixa renda que ela trouxe ao sistema. No Brasil o que vemos é um aumento de sinistralidade com revisões do rol, ressarcimentos ao SUS, despesas de aposentados ou demitidos, e liminares. Isso precisa mudar", completou.
 
Para José Cechin, diretor executivo da FenaSaúde, o governo deve manifestar sua responsabilidade sobre a saúde no país. “Como pode a despesa per capita aumentar 132,9% de 2007 a 2014, enquanto o IPCA aumentou 55,2%? Antes de um caos acontecer, certamente o governo tomará atitudes, não é possível. Não é de interesse que a saúde cause um caos econômico. Temos quer perceber a gravidade do momento, quais as perspectivas e agir”.
 
A diretora de Desenvolvimento Setorial da ANS, Martha Oliveira, que participaria do evento, não conseguiu embarcar no aeroporto Santos Dummont, no Rio de Janeiro devido ao mau tempo, mas encaminhou, por meio do Núcleo da ANS em SP, representado por Daniele Pamplona, uma mensagem sobre as ações que a Agência vem aplicando para melhorar o relacionamento entre operadoras e prestadores.
 
“Desculpo-me por não poder estar presente e agradeço a disposição do núcleo de São Paulo em transmitir minha mensagem. A ANS busca mudanças no modelo assistencial e financiamento. Queremos organizar a lógica na prestação de serviços, saindo do discurso para a prática. O TISS agora é uma realidade e pode receber dados nunca antes obtidos pela Agência, o que certamente é um avanço", relatou. 
 
Talk-show
 
Para finalizar os debates, um talk-show com os palestrantes e líderes do setor discutiu medidas que podem ser tomadas a curto, médio e longo prazo, além de sugestões de melhorias na saúde suplementar. Participaram Yussif Ali Mere Jr, José Cechin e Luiz Gastão Rosenfeld, membro da câmara técnica da Abramed. O painel teve moderação de Wilson Shcolnik, gerente de relações institucionais do Grupo Fleury e contou com interação da plateia.
 
A cobertura completa do evento você acompanha na próxima edição do Jornal do SINDHOSP.
 
FOTO: Yuri Pinheiro
 

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