SindHosp entrega ‘Guia de Ações São Paulo Saudável’ ao prefeito Ricardo Nunes

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O SindHosp deu início à série “Diálogos da Saúde” com os pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo. O primeiro a participar foi o atual prefeito, Ricardo Nunes, que é filiado ao partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Na oportunidade, o presidente da Fehoesp e do SindHosp, Francisco Balestrin, entregou a Ricardo Nunes o “Guia de Ações São Paulo Saudável”, uma publicação idealizada com intuito de contribuir para a construção de uma agenda inovadora e positiva, que leve a uma melhor organização e gestão do sistema de saúde municipal de São Paulo e que atenda às necessidades da população paulistana. A íntegra do evento pode ser assistida aqui, no canal oficial do SindHosp no YouTube.

O “Guia de Ações São Paulo Saudável” tem realização da Fehoesp e do SindHosp, correalização do Colégio Brasileiro de Executivos em Saúde (CBEXS) e apoio institucional da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). No documento, as equipes dos candidatos a prefeito vão encontrar informações valiosas para a montagem de planos de governo, incluindo agendas prioritárias, estrutura de ação e principais desafios com respectivas soluções. Para saber mais sobre essa iniciativa, clique aqui.  

Saúde financeira

Vereador por dois mandatos consecutivos, Ricardo Nunes foi eleito vice-prefeito em 2020 pela coalizão PSDB-MDB-DEM. Com a morte de Bruno Covas menos de seis meses depois de tomar posse, assumiu a Prefeitura de São Paulo. Na Câmara Municipal se notabilizou pela atuação na Comissão de Finanças e o acompanhamento das contas da cidade, como se viu ao falar de suas prioridades no “Diálogos da Saúde”.

“Não existe cuidar da saúde sem cuidar da saúde financeira da Prefeitura”, enfatizou Ricardo Nunes. “Tínhamos um orçamento de 10 bilhões de reais em 2016 e subimos para 24 bilhões de reais neste ano de 2024. Ainda falta muito, porque a saúde custa caro. Mas, insisto, o gestor tem de trabalhar com a perspectiva de que precisa de recursos para cuidar da saúde, senão não cuida”.  

Acompanhado do seu secretário de Saúde, Luís Carlos Zamarco, o prefeito e pré-candidato Ricardo Nunes destacou alguns dos feitos e desafios de sua gestão. “Temos cerca de 10 mil agentes de saúde da família, que cobrem cerca de 48% do território municipal. Nossa meta é chegar a 75%. Na cidade, temos 30 unidades de pronto atendimento, as UPA, e vamos inaugurar mais cinco”, informou o convidado do “Diálogos da Saúde”. “Reduzimos o número de óbitos por hipertensão e a gravidez de mulheres com menos de 14 anos de idade. Criamos centros importantes na cidade, de exames da mulher, de atendimento para trans (transgêneros), de tratamento em oncologia, batizado Bruno Covas… Temos também 70 contratos firmados com a iniciativa privada para garantir leitos e exames à população, como a hemodiálise”.

Reforma Tributária

O anfitrião do Diálogos da Saúde, Francisco Balestrin, abriu o evento para perguntas e os convidados puderam saber mais do pré-candidato Ricardo Nunes. Questionado sobre a Reforma Tributária, ele foi enfático: “A situação é preocupante, e digo isso também como empresário. Não há mais o que fazer, vieram com um rolo compressor. Cidades como São Paulo vão perder arrecadação e seus gestores terão de trabalhar muito nos próximos 10 anos para lidar com isso. Como vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos, lutei contra a proposta”.

Durante a rodada de perguntas, Ricardo Nunes ainda falou das parcerias público-privadas para a instalação de minilaboratórios nas UPA, agilizando o atendimento, e do programa de segurança alimentar com cerca de 2,6 milhões de refeições, cozinha-escola e cardápio planejado, além das creches em tempo integral, como parte fundamental do programa Mais Mulheres. “Faz bem para a saúde das mães terem onde deixar os filhos para poder trabalhar”, destacou Nunes. Por fim, o prefeito disse que acredita na digitalização do sistema de saúde. “Temos de investir cada vez mais no prontuário eletrônico”.

Cracolândia

Ricardo Nunes faz questão de mencionar sua origem. “Vim da periferia e tenho orgulho de ser simples… Estou aqui para fazer uma transformação social”, disse. Perguntado sobre a Cracolândia, reconheceu a complexidade do desafio diante do tempo em que o problema existe. “Reduzimos a população de dependentes na rua, prendemos centenas de traficantes e estamos tratando muita gente, mas há um número muito grande de pessoas que estão nessa vida há mais de cinco, dez anos, e isso dificulta muito o nosso trabalho. Por isso temos de persistir, só assim os resultados virão, e isso ainda vai demorar, não se resolve em seis meses”, ponderou.

Os próximos convidados do “Diálogos da Saúde” do SindHosp serão os pré-candidatos José Luiz Datena e Pablo Marçal, que também vão receber um exemplar do “Guia de Ações São Paulo Saudável”. Não perca.

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