SindHosp participa de manifesto pela qualidade do ar

Várias entidades médicas participam da iniciativa

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O impacto da poluição do ar é a principal causa de adoecimento e mortalidade no mundo, somando 7 milhões de mortes ao ano. Só no Brasil, anualmente, são 51 mil óbitos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Diante desse cenário, na manhã de 15 de dezembro, médicos brasileiros, das mais diversas especialidades e áreas de atuação, divulgaram um manifesto em defesa da qualidade do ar, da saúde e da vida dos cidadãos.O SindHosp é uma das entidades participantes.

A reunião virtual foi convocada especialmente para anunciar o teor do documento aos jornalistas e aos brasileiros. A carta protocolada será direcionada à Presidência da República, aos ministérios da Saúde e dos Meio Ambiente.

A medicina e o setor hospitalar pleiteiam que o país adote resoluções mais modernas e eficazes para a redução da emissão de gases poluentes, em especial pela frota de ônibus e caminhões, nos prazos estabelecidos pelo Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve).

“Recentemente, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) veio a público pedir o adiamento do início da Fase P8 do Proconve, prevista para 2023. Como médicos, entendemos a gravidade para a saúde de qualquer flexibilização nas atuais normas de controle de poluentes. Juntos, queremos lançar este manifesto no qual pedimos a manutenção dos prazos para que as montadoras brasileiras fabriquem veículos pesados menos poluentes”, reitera o diretor de Responsabilidade Social da Associação Paulista de Medicina, Jorge Carlos Machado Curi.

Mesmo com a P8 se iniciando em 2023, o Brasil adotaria – já com anos de atraso em relação aos EUA e União Europeia – o Padrão Internacional Euro VI, conjunto de normas para minimizar os poluentes despejados no ar pela frota de ônibus e caminhões.

“Essa nova fase do Proconve irá reduzir em 90% a emissão de material particulado, poluente mais danoso à saúde. Ou seja, tem importância fundamental no combate à poluição do ar, na defesa e na salvaguarda da saúde dos brasileiros. No mundo, essas iniciativas já acontecem há um bom tempo”, explicou a moderadora do webinar-coletiva, Evangelina Vormittag, diretora executiva do Instituto Saúde e Sustentabilidade (ISS), médica e representante da Coalizão Respirar.

Riscos à saúde

Em suas exposições, os médicos apontaram uma série de danos à saúde por conta da poluição do ar. A própria OMS assevera que se trata de fator de risco crítico às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), representando agravante em 43% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica, em 29% dos óbitos por câncer de pulmão, em 25% das mortes por acidentes vasculares cerebrais e em 24% dos óbitos por doenças cardíacas. 

“A poluição ambiental pode produzir distúrbios bioquímicos e funcionais. Produz o famoso estresse oxidativo, tornando o cérebro em desenvolvimento muito suscetível a processo inflamatório, daí o impacto gigantesco sobre as crianças”, pondera o presidente do Departamento de Toxicologia e Saúde Ambiental da Sociedade Brasileira de Pediatria, Carlos Augusto Mello da Silva.

“No campo da reprodução, por exemplo, a contaminação do ar é extremamente danosa. Pesquisas evidenciam claramente o grave comprometimento do potencial de fertilidade. Isso também ocorre com os homens que vivem condições ambientais adversas”, complementa César Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira e diretor Científico da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

Clique aqui e leia o Manifesto.

 

Fonte: APM

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