Vai ser muito difícil automatizar o cuidado ao paciente de UTI

Segundo Guilherme Schettino, do Albert Einstein

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Durante o painel “Automação da informação no cuidado de pacientes graves”, no dia 21 de maio, durante o CISS 2015, o gerente médico de Pacientes Graves do Hospital Albert Einstein, Guilherme Schettino, enfatizou: “vai ser muito difícil automatizar o cuidado do paciente numa UTI.”

Segundo ele, cuidar de pacientes graves ainda envolve muito o trabalho humano à beira do leito. “Um leito de uma unidade de terapia intensiva conta com equipamentos altamente tecnológicos, mas todos dependentes de operações manuais”, disse.

Ao relatar o caso de uma paciente com miocardite severa que precisou de suporte circulatório externo, Schettino afirmou que, a cada dia, 18 profissionais entravam no quarto  e mantinham contato direto com a mulher no pós-operatório. “Uma série de parâmetros precisavam ser vigiados e cada profissional precisava dar conta de 200 variáveis”, relatou.

Embora à beira do leito a automação ainda esteja longe da realidade, a gestão dos dados já conta com ferramenta importante: o prontuário eletrônico. Levantamento feito no Albert Einstein revelou que um médico que atua com pacientes graves chega a ter de lidar com mais de dois mil dados ao final de um dia de plantão.  “Nosso cérebro é capaz de lidar com muitos dados complexos, mas por um período curto de tempo”, afirmou Schettino. Neste caso, o prontuário eletrônico é um avanço e contribuiu para a segurança do paciente, para as decisões clínicas e facilita a prescrição de medicamentos. “Para prescrever um medicamento a um paciente de UTI, são levados em conta de 30 a 35 itens. Impossível não fazer interação não automatizada”.

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