11 de agosto de 2014

Instituto do Câncer do Estado de SP inaugura unidade em Osasco

O Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) inaugurou uma unidade ambulatorial no município de Osasco, na Grande São Paulo –a primeira fora da capital paulista.
 
A ideia é que os pacientes da região não precisem mais se deslocar até São Paulo para se submeter a procedimentos como quimioterapia e radioterapia e a consultas com médicos e outros profissionais da saúde.
 
A região, conhecida como rota dos Bandeirantes, abrange sete municípios e responde por 10% dos 36 mil pacientes em tratamento no Icesp.
 
Segundo Paulo Hoff, diretor do Icesp, os pacientes que serão atendidos em Osasco precisam ser encaminhados pela rede de saúde (hospitais, secretarias da Saúde). "Não é pronto-socorro, não é porta aberta", explica.
 
Os atendimentos de maior complexidade (cirurgias oncológicas ou emergências) continuarão sendo feitos no Icesp de São Paulo.
 
O projeto de implantação do serviço em Osasco foi dividido em etapas. A partir desta segunda-feira, haverá a migração de pacientes ambulatoriais e das primeiras consultas médicas, de enfermagem e de serviço social.
 
Ainda neste ano, serão implantados serviços nas áreas de nutrição, psicologia, odontologia e cuidados paliativos.
 
Até dezembro, a previsão é de 1.900 atendimentos mensais, entre consultas médicas e multiprofissionais, sessões de químio e radioterapia.
 
Para 2015, está previsto o aumento das equipes e de atendimentos, com a instalação de mais um equipamento de radioterapia.
 
O investimento total da Secretaria de Estado da Saúde é de R$ 16,5 milhões.
 
Segundo Hoff, a proposta do Icesp é capacitar outras unidades para que façam o atendimento seguindo os protocolos do instituto.
 
O fortalecimento da rede oncológica do Estado é outro desafio para evitar que os pacientes continuem se deslocando para obter atendimento. Hoje, cerca 40% dos doentes atendidos no Icesp são de fora da cidade de São Paulo. 

SINDHOSP realiza palestras de saúde mental

O departamento de saúde mental do SINDHOSP realiza, em 13 de agosto, a partir das 14h, uma tarde de palestras com o tema "Desafios e oportunidades na Saúde Suplementar no âmbito da Saúde Mental”. O objetivo é debater a ação dos planos de saúde no setor.

Veja a programação do evento:

 

“A Saúde Mental na Saúde Suplementar”

Palestrante: Luciano Araújo (advogado com atuação em Direito do Consumidor – ANS)

"Saúde mental e operadoras de saúde, uma nova relação"

Palestrante: Rosita Pontes de Araújo (sócia-diretora do Sistema Núcleo de Saúde Mental) 

 

Para informações de inscrição, entre em contato com o departamento de eventos do SINDHOSP através do email eventos@sindhosp.com.br

 

SERVIÇO:

 

"Desafios e oportunidades na Saúde Suplementar no âmbito da Saúde Mental"

Data: 13 de agosto de 2014 – (Quarta-feira)

Horário: 14h às 15h30

Local: Rua 24 de maio, 208 – 13º andar

Público Alvo: Comercial, administrador, médico responsável

 

Medicamento derivado da maconha pode ser autorizado em setembro

Por conta do apelo público, o CFM (Conselho Federal de Medicina) inscreveu em sua pauta de setembro próximo a votação de uma resolução que pode tornar possível a prescrição do canabidiol, medicamento produzido a partir da planta da maconha. É o que garantiu ao R7 o conselheiro Emmanuel Fortes, dizendo que “será um prazer votar”, especialmente se for para trabalhar em conjunto com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
 
A discussão sobre a reclassificação dos produtos à base do canabidiol — atualmente listados como substâncias proscritas em uma portaria de 1998 — também está na agenda da Anvisa, e já para este mês de agosto. O clima é de suspense, especialmente porque o debate já foi adiado inúmeras vezes recentemente. Afinal, por envolver uma substância derivada da maconha, o tema gera polêmica.
 
Caso venha a ser aprovada sua reclassificação no Brasil, o canabidiol passará à categoria dos medicamentos vendidos com receita controlada. Hoje, para que um paciente consiga importar o remédio, é preciso apresentar uma solicitação formal à Anvisa, além de uma prescrição e o laudo médico — daí cabe à agência decidir se ele entrará ou não no País.
 
Até hoje, já foram formalizados, no total, 35 pedidos de importação em caráter excepcional, dos quais 18 receberam autorização. Ainda na fila, aguardando o sinal verde da agência, estão 16 pacientes — sendo 12 crianças — que, representados pelo Ministério Público Federal da Paraíba, entraram com ação civil pública contra a União e a própria Anvisa no último dia 31, e ainda não obtiveram liberação.  
 
Fortes, do CFM, enumera alguns dos motivos que ainda travam a reclassificação do canabidiol no Brasil.
 
— Embora já tenhamos visto situações dramáticas sendo resolvidas, com evidências promissoras, há uma série de nuances técnicas que precisam ser esclarecidas. Como, por exemplo, as doses mínima e máxima, dose tóxica, efeitos adversos, interações medicamentosas, quais as patologias que respondem, quais não respondem. Precisamos saber com precisão o que é eficiente.
 
O psiquiatra José Alexandre de Souza Crippa, professor do Departamento de Neuropsiquiatria da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto, faz parte de um grupo de estudos que investiga o canabidiol desde a década de 70.
 
Segundo ele, os principais benefícios do medicamento estão relacionados à epilepsia, doença caracterizada por ataques epiléticos e que, de acordo com dados da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), atinge 70 milhões de pessoas no mundo. Mas, conforme salientou em entrevista ao R7, as pesquisas conduzidas pelos médicos dão pistas de que o remédio também pode ajudar a amenizar sintomas de outros males.  
 
— Em estudos preliminares, o medicamento demonstrou eficácia não só para epilepsia, mas também para mal de Parkinson e ansiedade. São estudos iniciais. Para registro como remédio, os estudos precisam ser muito mais amplos. O CFM está muito sensível aos apelos que tem recebido da população e está sendo perfeito neste ponto, ao trabalhar para proteger a população.
 
Em países como Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Reino Unido, Holanda, França, Espanha, Itália, Suíça, Israel e Austrália, o uso do medicamento é liberado com receita médica ou laudo que justifique a prescrição. 
 
Entre as vantagens compreendidas com uma reclassificação do medicamento, de acordo com Crippa, estão a facilidade de importação, manuseio e a possibilidade de se fazer pesquisas com uma substância que não seja proibida.
 
Para ele, o ponto crucial do debate é o uso compassivo do canabidiol, quando o paciente apresenta alguma doença que não responde a qualquer um dos tratamentos já disponíveis no mercado.
 
— É o caso das epilepsias que não respondem a nada. Em situações como esta, tem que ser dada a chance de o médico, e só ele, avaliar se o caso é refratário e poder prescrever o medicamento. Mas isso apenas depois de se fazerem os exames necessários, ver a função hepática do paciente, se haverá interação farmacológica com as outras drogas etc. Isso é fundamental.
 
Crippa faz questão de frisar que, embora o canabidiol seja uma substância presente na planta da maconha, o debate, em momento algum, trata da legalização da droga.
 
— Chegam a nossos ouvidos histórias de pessoas que estão fazendo extratos de maconha, e isso é absurdo. Sou contra a legalização da maconha. A maioria da população não sabe dos problemas que ela pode causar. Quando fumada na adolescência, por exemplo, pode aumentar o desenvolvimento de esquizofrenia na vida adulta, e, quando usada de maneira crônica nesta fase da vida, pode levar até ao atrofiamento da estrutura do cérebro. Há pessoas que usam o debate do canabidiol para defender o uso da maconha, e isto é errado.
 
Um resultado positivo nas votações do CFM e Anvisa também colocaria um ponto-final, por exemplo, em casos de famílias que, ao esbarrar na burocracia atual, acabam apelando para a importação ilegal da medicação.
 
São, geralmente, situações em que há um doente no qual já foram testados diversos tipos de tratamento, sem que se obtivesse uma melhora considerável do quadro. Crippa, inclusive, explica que a ideia é que o canabidiol não seja nunca a primeira opção de medicamento, como acontece, por exemplo, no exterior.
 
— As pessoas me perguntam sempre o que eu faria se meu filho tivesse epilepsia. Quem pode julgar um pai que faz o melhor pelo filho? Não duvido que muitos de nós fizéssemos a mesma coisa, contrabandeando a substância. Mas posso garantir que, caso meu filho precisasse, eu primeiro testaria a medicação já disponível, e só depois partiria para o canabidiol.

ANS promete reduzir cesarianas na rede privada

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) se comprometeu a apresentar, em 60 dias, um documento com propostas concretas para regular e fiscalizar a saúde suplementar, com o objetivo de diminuir a quantidade de cesarianas realizadas na rede privada de saúde no Brasil.
 
A promessa foi feita durante audiência na Justiça Federal em São Paulo, realizada nos dias 6 e 7 de agosto, para tratar de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal (MPF) sobre o assunto.
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Esse é o primeiro avanço desde o início da tramitação do processo, há quatro anos. “A audiência foi muito produtiva porque o Poder Judiciário teve a oportunidade de ouvir e discutir a questão com diversos segmentos da sociedade. Ressaltou-se, em várias oportunidades, que mulheres e crianças estão morrendo em razão dos índices absurdos de cesarianas no setor privado”, destacou a procuradora da República Ana Carolina Previtalli Nascimento.
 
Para a procuradora da República Luciana da Costa Pinto, o compromisso assumido pela ANS de apresentar propostas foi uma importante conquista. “Esperamos que, em breve, o próprio órgão regulador, ou em sua falta o Poder Judiciário, possam atender os anseios da sociedade em garantir que, na decisão sobre o tipo de parto, sejam privilegiadas a saúde e a integridade física das parturientes e neonatos, e não apenas a conveniência dos profissionais envolvidos”, afirmou.
 
O MPF ajuizou a ação em 2010 ao constatar que o número de cesáreas em clínicas e hospitais privados no Brasil é muito maior do que na rede pública.
 
Mais de 80% dos nascimentos foram por cesárea
De acordo com os Indicadores e Dados Básicos (IBD) 2012, do Datasus,  a porcentagem de partos mediante ato cirúrgico no país alcançou 53,88%. Em estabelecimentos credenciados por planos de saúde, segmento pelo qual a ANS é responsável, esse número é superior a 80%.
 
Alguns hospitais chegam a registrar índices acima de 90%. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o patamar aceitável de cesarianas é de 15% do total de nascimentos.
 
Diversos estudos já comprovaram os riscos envolvidos com a realização de cesáreas, a começar pela maior chance de morte materna e fetal. Ainda que bem-sucedida, a cirurgia pode trazer inúmeras consequências para o desenvolvimento da criança e aumenta a probabilidade de complicações para a mãe, como hemorragias e necessidade de retirada do útero (histerectomia).
 
Durante a audiência, a professora da Faculdade de Saúde Pública da USP Carmen Simone Grilo Diniz ressaltou que atualmente já se sabe da maior incidência de doenças crônicas em crianças e adultos relacionadas às cesarianas, entre elas diabetes, distúrbios respiratórios graves e obesidade. Porém, segundo a professora, essas informações não são expostas às gestantes quando são orientadas sobre as opções de parto.
 
Público e privado 
Um dos fatores que explicam a maior ocorrência de cesarianas no sistema privado é o modelo de atendimento e remuneração. O médico escolhido pela gestante geralmente é o responsável por todo o acompanhamento desde o início da gravidez. Ou seja, forma-se um vínculo entre a mulher e o profissional até o momento do parto. Com isso, em casos de nascimento natural, muitos ginecologistas consideram inconveniente a atenção que precisam dar às mulheres nos estágios finais da gestação, pois devem estar disponíveis para o início do trabalho de parto a qualquer instante, com possibilidade de o ato durar 12 horas ou até mais.
 
Por outro lado, ao indicarem a cesariana, os profissionais podem agendar o procedimento de acordo com sua disponibilidade. Além disso, a cirurgia é mais rápida, e por isso mais rentável: os médicos conseguem realizar diversas intervenções em um mesmo dia, recebendo do plano de saúde, por cada parto, o equivalente a um único parto normal que fariam.
 
No sistema público, ao contrário, os profissionais de obstetrícia trabalham em regime de plantão, e as gestantes são atendidas pelas equipes que estão cumprindo horário quando se inicia o trabalho de parto. Portanto, se não houver riscos que demandem a cesárea, a mulher pode dar à luz naturalmente, pois a imprevisibilidade e o tempo de que necessita não são “contratempos” para o corpo clínico que vai acompanhá-la.
 
Normas
Desde 1998 o Ministério da Saúde expediu diversas normas regulamentadoras que possibilitaram a redução do número de cesarianas no âmbito do SUS. Já a ANS limitou-se a ações de esclarecimento e conscientização sobre os riscos da realização indiscriminada do procedimento, sem resultados concretos que levassem à diminuição da quantidade de cirurgias na rede particular.
 
Para reverter esse cenário no setor privado, o MPF pede na ação que a ANS seja obrigada a expedir regulamentações que induzam à realização de partos normais em atendimentos vinculados a operadoras de planos de saúde. Uma das exigências a serem impostas aos planos é o fornecimento aos clientes dos percentuais de cesarianas e nascimentos normais efetuados por médicos e hospitais credenciados, para que as mulheres tenham acesso à informação e possam optar por serviços médicos que possibilitam efetivamente o nascimento natural.
 
Outras obrigações são o estabelecimento da remuneração de honorários médicos significativamente superior para partos normais em relação às cesarianas, o cadastro em unidades privadas de saúde de enfermeiros obstétricos e obstetrizes para acompanhar os partos, a criação de indicadores e notas de qualificação sobre a redução do número de cesáreas e adoção de práticas humanizadoras do nascimento.
 
 
 

Fleury vai expandir marca de alto padrão

Após passar três anos focado na aquisição de laboratórios menores e no crescimento orgânico de todo o grupo, o Fleury se voltará para a expansão da marca de alto padrão, que leva o mesmo nome da companhia. 
 
No ano que vem, serão lançados cerca de 7 mil m² em novas instalações, com portfólio maior de serviços e em regiões onde já atuam. O aporte será de aproximadamente R$ 70 milhões. 
 
Uma delas, na avenida República do Líbano, concentrará serviços para a mulher. Nas zonas sul e leste, onde o Fleury tem pontos em shopping centers, serão abertas clínicas mais completas. 
 
Os investimentos fazem parte de um ciclo iniciado neste ano que envolve cerca de R$ 100 milhões em aportes na marca Fleury. 
 
O grupo acredita que o segmento de alto padrão ainda tem espaço para crescer, pois há um nicho de clientes que opta por clínicas intermediárias por serem mais próximas de casa. 
 
A companhia também vem buscando o equilíbrio das margens. "Reestruturamos despesas e já vimos algumas melhoras", diz Vivien Rosso, presidente do grupo. 
 
. 12 mil  são os empregos diretos gerados pelo grupo no país 
 
R$ 278 milhões foi o Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (Ebitda) –  indicador financeiro que representa quanto uma empresa gera de recursos por suas atividades operacionais, sem contar impostos e outros efeitos financeiros – da companhia no ano passado 
 
8  são as capitais em que a empresa está presente 
 
50%  é a participação da marca Fleury no faturamento   
 
 
 
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