5 de setembro de 2014

Regional Santos recebe gerente de Operações da FEHOESP

A situação da saúde na região da baixada santista foi tema de encontro entre o coordenador da regional Santos do SINDHOSP, Alex Tavares, e o gerente de operações regionais da FEHOESP, Erik von Eye. A visita, que ocorreu em 4 de setembro, debateu a gestão hospitalar, os novos segmentos da saúde e também a judicialização do setor, além da visita ao Hospital São Lucas e da clínica Medicina Hiperbárica de Santos, associados ao sindicato.
 
Foram firmadas também as datas dos próximos cursos com realização do Instituto de Ensino e Pesquisa na Área da Saúde (IEPAS). O primeiro acontece já neste mês abordando “Competências Comportamentais”. No mês de outubro, acontece o curso “10 passos para um faturamento eficaz” e em novembro, na programação, “Faça seu cliente curtir seu atendimento”. 
 
Neste segundo semestre todas as regionais do SINDHOSP e sindicatos afiliados da FEHOESP receberão a visita de von Eye para o alinhamento de diretrizes e ações em prol do setor.
 

Projeto Bússola inicia novo módulo

Vista como uma das grandes preocupações dos hospitais e clínicas de saúde, a atenção ao paciente/ cliente foi pauta do módulo 5 do Projeto Bússola, que acontece entre os dias 5 e 6 de setembro no auditório do SINDHOSP e nas dependências do Hotel Bourbon. O novo módulo faz parte da etapa 3 do projeto, que debate a capacitação e o desenvolvimento das gestões. 

Com a participação de dez clínicas, as avaliadoras da ONA, Audrey Ripple e Thaiana Santiago, apresentam um programa interativo e participativo, buscando a divisão de problemas e possíveis soluções entre os presentes. O Bússola é fruto de uma parceria inédita entre o SINDHOSP, a FEHOESP e a Organização Nacional de Acreditação (ONA), com realização do Instituto de Ensino e Pesquisa na Área da Saúde (IEPAS), que tem como objetivo auxiliar as clínicas médicas no processo de certificação de qualidade. 

Está prevista, até novembro deste ano, a realização de mais dois módulos desta fase: o apoio técnico, diagnóstico e terapêutico, em outubro, e o abastecimento e apoio logístico, finalizando 2014.

Instituto FHC inicia ciclo de debates sobre o SUS

O modelo de financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), no Brasil, penaliza os estados e municípios e compromete, cada vez menos, o orçamento federal. Este foi o tom do primeiro seminário realizado pelo Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC), em 28 de agosto, sobre os desafios à gestão da saúde no Brasil. O próximo será em 16 de setembro, com novos palestrantes. 
 
O presidente da Fehoesp e do Sindhosp, Yussif Ali Mere Jr, esteve na plateia, entre os convidados.
 
Para o economista do Banco Mundial, André Médici, o Brasil é um dos países que menos gasta com saúde no mundo. Em contrapartida, as famílias destinam uma fatia importante de suas rendas para gastos com remédios, médicos e exames. “Os gastos privados com saúde, no Brasil, são comparáveis aos dos Estados Unidos e Europa. Mas nos gastos públicos são os menores do mundo. No total não chegamos a 8% do PIB”, afirmou. 
 
Segundo o Índice Bloomberg de Eficiência em Saúde, destacado por Médici, o Brasil ocupa o último lugar de uma lista de 48 países, em que se compara expectativa de vida ao nascer, gasto anual da saúde no PIB e gasto per capita em saúde. “O Brasil está na zona de ineficiência”, definiu.
 
Um dos problemas para esta ineficiência é, sem dúvida, o financiamento. Não apenas pela quantidade de recursos, mas também pela maneira como eles são administrados. “Temos um sistema fragmentado. Seria necessária maior integração para evitar desperdícios, duplicação e descoordenação. Temos um sistema não hierarquizado. Deveríamos ter atenção primária como ponto de entrada. Hoje uma pessoa tem uma dor de cabeça, vai para o hospital e tem acesso ao atendimento”, exemplificou. 
 
Segundo Médici, a escolha do governo em vincular o repasse dos recursos da Saúde com o crescimento do PIB é perigosa. “Podemos ter diminuição de recursos, uma vez que o PIB pode ter uma variação negativa este ano”. 
 
Para o também economista José Roberto Afonso, a percepção popular de que algo está errado é correta. Segundo ele, o brasileiro desaprova a saúde e os impostos. “O governo federal tem sua arrecadação crescendo cada vez mais, mas o seu gasto em saúde é cada vez menor. Precisamos discutir os gastos atrelados à receita. E analisa-los: a maioria do crescimento dos gastos públicos, nos últimos anos, tem sido com transferência de renda. No Bolsa Família ninguém mexe, não tem vinculação e virou prioridade política. E o governo federal virou pagador de benefícios, ao invés de ser provedor de serviços”, disse. 
 
Januário Montone. que foi secretário de saúde de São Paulo, mostrou preocupação com os gastos crescentes dos municípios com a saúde. “Hoje eles gastam em média 22%. Desse jeito, vão começar a devolver a gestão plena, e os estados não estão preparados para esta inversão”. 
 
O próximo encontro será em 16 de setembro de 2014 (quinta-feira), das 16h30 às 19h, também na Fundação iFHC – Rua Formosa, nº 367, 6º andar, Centro – São Paulo/SP. Os palestrantes convidados para esta segunda rodada são Gonzalo Vecina Neto, superintendente do Hospital Sírio Libanês, e Paulo Modesto, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Público.
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