12 de março de 2015

Pacientes terão novo medicamento para hepatite C

Os pacientes com hepatite C terão acesso a um dos tratamentos mais inovadores e eficientes disponíveis no mundo para o combate à doença. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de um novo  medicamento para o tratamento da hepatite C crônica, o simeprevir. Ele se junta ao daclatasvir – aprovado em janeiro deste ano – e o sofosbuvir – ainda em análise na agência – para compor o mais novo e eficiente tratamento contra a doença disponível no mundo.  O Brasil será um dos primeiros países a adotar essa nova tecnologia na rede pública de saúde.
 
Os três produtos tiveram análise priorizada pela Anvisa, pois são de interesse público para as políticas de tratamento da hepatite do Ministério da Saúde. A prioridade é solicitada sempre que o medicamento apresenta interesse estratégico ao Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de tecnologia inovadora que proporciona benefícios aos pacientes. A previsão é que o tratamento completo com todos os medicamentos seja incorporado ainda este ao SUS.
 
Antes de serem disponibilizados aos pacientes, os medicamentos devem ser analisados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec). A comissão garante a proteção do cidadão com relação ao uso e eficácia do medicamento, por meio da comprovação da evidência clínica consolidada e o custo-efetividade dos produtos.
 
As evidências científicas apontam que os novos medicamentos apresentam um percentual maior de cura (cerca de 90%); tempo reduzido de tratamento (passa de um ano, em média, para três meses de tratamento); redução da quantidade de comprimidos , além da vantagem do uso oral. Vale ressaltar que esses medicamentos também podem ser utilizados em pacientes que aguardam ou já realizaram transplante. São produtos de menor toxicidade, com menos efeitos colaterais. A expectativa é que o novo tratamento beneficie 60 mil pessoas nos próximos dois anos.
 
SOBRE A DOENÇA – A hepatite C é causada pelo vírus C (HCV). A transmissão ocorre, dentre outras formas, por meio de transfusão de sangue, compartilhamento de material para preparo e uso de drogas, objetos de higiene pessoal – como lâminas de barbear e depilar -, alicates de unha, além de  outros objetos que furam ou cortam na confecção de tatuagem e colocação de piercings.
 
Estimativas indicam que cerca de 3% da população mundial pode ter sido exposta ao vírus e desenvolvido infecção crônica, o que corresponde a 185 milhões de pessoas. No Brasil, calcula-se que 1,4 a 1,7 milhão de pessoas estejam infectadas pelo vírus, sendo a maior parte na faixa etária dos 45 anos ou mais. Muitos desconhecem o diagnóstico, já que a doença é silenciosa e apresenta  sintomas em fases avançadas.
 
O Brasil é um dos únicos países em desenvolvimento no mundo que oferece diagnóstico, testagem e tratamento universal para as hepatites virais em sistemas públicos e gratuitos de saúde. O país comandou a criação de um Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais (28 de julho) e lidera o movimento global de enfrentamento da doença.

SINDHOSP digital já está disponível para usuários Android e Apple

O modo como encaramos a leitura mudou ao longo dos anos. Atualmente livros e revistas já são trocados por pequenos dispositivos móveis, mais leves e práticos de se carregar, onde o leitor tem a possibilidade de interagir com o conteúdo visto. 
 
Pensando nisso, o jornal do SINDHOSP lançou sua versão digital para tablets, kindles e smartphones. Com 33 anos de história, completados em 2015, o jornal é um dos veículos de maior importância do sindicato que vem se solidificando como líder na saúde e justificando porque é o maior sindicato patronal da área na América Latina. 
 
“Neste ano queremos investir cada vez mais nesta mudança do leitor, acompanhá-lo em suas viagens diárias do trabalho para casa e poder oferecer a ele um conteúdo extra de todas as matérias que publicamos mensalmente”, afirma Yussif Ali Mere Jr, presidente do SINDHOSP e da FEHOESP. 
 
Inicialmente, a nova versão é disponibilizada em cerca de 15 dias após a circulação do jornal trazendo depoimentos em vídeo e áudio, além de imagens das coberturas de eventos, palestras e cursos. 
 
De periodicidade mensal, o Jornal do SINDHOSP é enviado a todos os sócios e contribuintes do Sindicato, totalizando 15.500 exemplares. O público leitor é formado por diretores e administradores de hospitais, clínicas e laboratórios, empresários, profissionais de Recursos Humanos, de Marketing, órgãos de imprensa e autoridades.
 
 
Como baixar no seu dispositivo Android:
 
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SUS oferta vacina contra HPV para meninas de 9 a 11 anos

Chegou a vez de as meninas de 9 a 11 anos tomarem a vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), usada na prevenção do câncer do colo do útero. A expectativa do Ministério da Saúde é a de vacinar 4,94 milhões de meninas em 2015. Junto com o grupo de adolescentes de 11 a 13 anos vacinadas no ano passado, essa pode ser a primeira geração praticamente livre do risco de morrer do câncer do colo do útero. A meta é vacinar, em parceria com as secretarias estaduais e municipais da saúde, 80% do público-alvo.
 
A novidade para este ano é a inclusão de 33,5 mil mulheres de 9 a 26 anos que vivem com HIV. Mais suscetível a complicações decorrentes do HPV, esse público tem probabilidade cinco vezes maior de desenvolver câncer no colo do útero do que a população em geral. A inclusão do grupo como prioritário para a prevenção segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI) do Programa Nacional de Imunizações (PNI),  em conformidade com o Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais.
 
“A vacina é extremamente segura, uma proteção para a vida. Além de proteger a menina, os estudos mostram que a comunidade também fica protegida. Por isso, devemos alertar os pais e responsáveis sobre a importância da vacina. A parceria com as escolas é fundamental nesse esforço do Ministério da Saúde. Precisamos contar com a colaboração dos pais e das escolas para conseguir alcançar a nossa meta e começar a escrever uma outra história no nosso país de enfrentamento à essa doença, que é o terceiro tipo de câncer que mais mata as mulheres no Brasil”, reforçou o ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante o evento de lançamento da campanha, em Belo Horizonte.
 
A vacina está disponível desde o início de março nas 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo país. Para este ano, o Ministério da Saúde recomenda aos estados e municípios que façam parcerias com as escolas públicas e privadas, repetindo a estratégia adotada na primeira dose da vacina, quando 100% do público estimado, de 4,95 milhões de meninas de 11 a 13, foi vacinado. Já a segunda dose, que teve o foco a administração apenas nos postos de saúde, alcançou 2,9 milhões de meninas, atingindo 58,7% do público-alvo.
 
“Com a introdução da vacina, podemos reduzir drasticamente os casos de câncer do colo do útero e a taxa de mortalidade. Com isso, poderemos ter a primeira geração de mulheres livre da doença. Para isso é importante que as meninas completem o esquema vacinal, tomando as três doses da vacina, conforme o calendário preconizado pelo Ministério da Saúde”, alertou Chioro.
 
ESQUEMA VACINAL – Para receber a dose, basta apresentar o cartão de vacinação e o documento de identificação. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. A segunda deve ser tomada seis meses depois, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. A partir de 2016, serão vacinadas as meninas de 9 anos. 
 
As meninas de 11 a 13 anos que só tomaram a primeira dose no ano passado também podem aproveitar a oportunidade de se prevenir e procurar um posto de saúde ou falar com a coordenação da escola para dar prosseguimento ao esquema vacinal. Isso também vale para as meninas que tomaram a primeira dose aos 13 anos e já completaram 14. É importante ressaltar que a proteção só é garantida com a aplicação das três doses.
 
Para as mulheres que vivem com HIV, o esquema vacinal também conta com três doses, mas com intervalos diferentes. A segunda e a terceira doses serão aplicadas dois e seis meses após a primeira. Nesse caso, elas precisarão apresentar a prescrição médica.
 
Desde março de 2014, o SUS oferece a vacina quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia em quem segue corretamente o esquema vacinal. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero em todo mundo e os subtipos 6 e 11 por 90% das verrugas anogenitais.
 
A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, é utilizada como estratégia de saúde pública em mais de 50 países, por meio de programas nacionais de imunização. Estimativas indicam que, até 2013, foram distribuídas cerca de 175 milhões de doses da vacina em todo o mundo. A sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
 
Para a produção da vacina contra o HPV, o Ministério da Saúde firmou Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Butantan e o Merck. Serão investidos R$ 1,1 bilhão na compra de 36 milhões de doses da vacina durante cinco anos – período necessário para a total transferência de tecnologia ao laboratório brasileiro. Para 2015, a previsão do Ministério da Saúde é de adquirir 11 milhões de doses.
 
CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – O câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, atrás apenas do de mama e de brônquios e pulmões. O número de mortes por câncer do colo do útero no país aumentou 28,6% em 10 anos, passando de 4.091 óbitos, em 2002, para 5.264, em 2012, de acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, publicação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
 
Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. No entanto, a imunização não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.
 
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para

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