3 de junho de 2015

Inscrições abertas para o 8º Seminário SINDHOSP e Grupo Fleury

Lideranças e gestores do mercado de saúde vão debater novos modelos para a saúde suplementar durante o 8º Seminário SINDHOSP e Grupo Fleury, que vai acontecer em 18 de junho  na sede do Fleury.

O evento é fruto de parceria entre o Grupo Fleury e o SINDHOSP, e tem o apoio institucional da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS); da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed); da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp); da Confederação Nacional da Saúde (CNS); da Federação dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde, Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas e Demais Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de São Paulo (FEHOESP); da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial  (SBPC/ML).

Para se inscrever clique aqui

Confira a programação:

8h30 – Welcome Coffee

9h – Abertura

9h15 – "Benefício  saúde: visão do empregador", por  Cesar Lopes – Líder de Saúde e Benefícios em Grupo – Towers Watson

10h – "Novos Modelos em Saúde Suplementar: visão da FenaSaúde", por José Cechin – Diretor Executivo da FenaSaúde

10h45  – "Novos Modelos em Saúde Suplementar: iniciativas da ANS", por Martha Regina de Oliveira – Diretora de Desenvolvimento Setorial (DIDES) e Presidente Interina da ANS

11h- Talk Show com Yussif  Ali Mere Junior (Presidente FEHOESP/SINDHOSP); Martha Regina de Oliveira (Presidente Interina da ANS); Cesar Lopes (Líder de Saúde e Benefícios em Grupo – Towers Watson); José Cechin (siretor-executivo da FenaSaúde) e Luiz Gastão Rosenfeld (Membro da Camará Técnica da Abramed)

12h30 – Encerramento, seguido por brunch

Mais informações: (11) 3121 1333 ou 3226 9444 (ramal 409 e 411)

Governo investe R$ 500 milhões a menos na saúde no 1º quadrimestre

Cerca de R$ 500 milhões deixaram de ser aplicados em obras e compras de equipamentos pelo governo federal na área da saúde durante o primeiro quadrimestre deste ano. Para o Conselho Federal de Medicina (CFM), a má qualidade da gestão financeira no setor tem postergado melhorias essenciais nas sobrecarregadas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Fatores como o atraso na aprovação do Orçamento Geral da União para 2015 e o ajuste fiscal imposto pela área econômica também contribuíram para a desaceleração nos investimentos.
 
Segundo o presidente do CFM, Carlos Vital, mais uma vez o governo brasileiro demonstra em números o desrespeito à saúde da população. “O CFM tem defendido, incansavelmente, que o cidadão merece respostas pragmáticas e que mudem estruturalmente o SUS. São indispensáveis ações concretas e resolutivas, dentre elas a garantia de financiamento adequado, boa gestão dos investimentos previstos e implementação de uma política de recursos humanos que valorize os profissionais que atuam na ponta. Enquanto esses requisitos não forem consolidados, a imensa maioria dos brasileiros dependentes da rede pública continuará morrendo de causas evitáveis”, lamentou.
 
Especialista
De acordo com a análise do CFM sobre os dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI), enquanto nos primeiros quatro meses do ano passado, o Ministério da Saúde investiu R$ 1,4 bilhão, no mesmo período desse ano apenas R$ 865,7 milhões foram gastos com obras e compras de equipamento. A diferença é de R$ 495,8 bilhões, cerca de 124 milhões por mês ou R$ 4 milhões por dia, e equivale a decréscimo de 36% em relação a 2014.
 
Segundo o economista e secretário-executivo da ONG Contas Abertas, Gil Castello Branco, a queda dos investimentos pode ser explicada por fatores como o atraso na aprovação do orçamento. “O Congresso Nacional aprovou formalmente o Orçamento de 2015 somente em 17 de março e, um mês depois, foi sancionado pela presidente da República. Além disso, houve o ajuste fiscal que delimitou as despesas discricionárias em 1/18 mensais do orçamento anual previsto no projeto da lei orçamentária, que anteriormente era de 1/12. Só o ajuste reduziu tais desembolsos em até 1,9 bilhão mensal na conta global de todos os órgãos federais”, afirmou.
 
Inexecução
De acordo com a Lei Orçamentária Anual para 2015, sancionada em abril, o orçamento aprovado para o Ministério da Saúde é de R$ 121 bilhões. Embora seja o maior valor já previsto para a pasta, historicamente pelo menos 10% do orçamento do ministério deixa de ser executado todos os anos. É o que mostrou o CFM ao analisar os valores aprovados e efetivamente pagos entre 2003 e 2014. Dos R$ 80,5 bilhões autorizados neste período, mais de R$ 49 bilhões deixaram de ser aplicados (confira o quadro).
 
Em maio, um novo decreto (8.456/15) presidencial definiu limites para os gastos não-obrigatórios do governo, também chamados de discricionários, nos quais estão inseridos investimentos, emendas parlamentares e transferências para programas sociais. No Ministério da Saúde, o corte chegou a R$ 11,8 bilhões. Trata-se do segundo maior bloqueio na Esplanada: menor apenas que os R$ 17,23 bilhões retirados das Cidades e pouco à frente dos R$ 9,42 bilhões perdidos pela Educação.
 
 
 

71% dos brasileiros têm os serviços públicos de saúde como referência

A maioria dos brasileiros procura pelas unidades públicas quando apresenta algum problema de saúde. Pesquisa do Ministério da Saúde, realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 71,1% da população foram a estabelecimentos públicos de saúde para serem atendidos. Deste total, 47,9% apontaram as Unidades Básicas de Saúde como sua principal porta de entrada aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados também apontam que as políticas públicas cumprem papel fundamental no acesso a medicamentos. Do total de entrevistados, 33,2% conseguiram pelo menos um dos medicamentos no SUS e 21,9%, por meio do Programa Farmácia Popular.
 
Na avaliação do perfil dos usuários da rede pública de saúde, o estudo mostra que os serviços chegam a quem mais precisa. A proporção de indivíduos que mais tiveram acesso a medicamentos nos serviços públicos sobe para 41,4% na população sem instrução ou com fundamental incompleto e para 36,7% entre os de cor parda. O mesmo acontece com o Programa Farmácia Popular, ou seja, quem mais utiliza este serviço são as pessoas de menor escolaridade.
 
De acordo com o ministro, os dados transformados em informações pelo IBGE permitirão ajudar a aperfeiçoar as políticas públicas de saúde. “Com a apropriação qualificada da pesquisa, iremos perseguir um modelo de acesso que resolve o problema do cidadão. Os vários números levantados também demonstram que estamos atendendo objetivamente e de forma igualitária a todos, além de permitir desconstruir a imagem criada no Brasil de que o SUS não atende a população”, destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
 
Depois das Unidades Básicas de Saúde, os serviços públicos mais procurados pela população são os de emergências, como as Unidades de Pronto Atendimento Público ou Emergência de Hospital Público (11,3%), seguidos pelos hospitais e serviços especializados: do total, 10,1% da população vão até um Hospital Público ou Ambulatório quando tem um problema de saúde e 1,8% vão aos Centros de Especialidades e Policlínicas Públicas. Os consultórios e clínicas particulares atraem 20,6% dos brasileiros e 4,9% buscam emergências privadas.
 
Os dados integram o segundo volume da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) feita em 64 mil domicílios em 1.600 municípios de todo o país entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014. O estudo é considerado o mais completo inquérito de saúde do Brasil e traz dados inéditos sobre vários aspectos, entre eles, acidente no trânsito, acesso aos serviços de saúde (atendimento e medicamentos) e violência. A pesquisa serve de base para que o Ministério da Saúde possa traçar suas políticas públicas para os próximos anos.
 
Durante o levantamento, foram coletadas informações sobre toda a família a partir de entrevistas com aproximadamente 205 mil indivíduos em domicílio, escolhidos por meio de sorteio entre os moradores da residência para responder ao questionário. Uma terceira fase da pesquisa trará informações resultadas dos exames de sangue, urina e aferição da pressão arterial dos brasileiros.
 
Expansão do Saúde da Família
Os números também demonstram expansão na cobertura da estratégia Saúde da Família. Ao todo, 112,5 milhões de brasileiros, equivalente a 56,2% da população, estão cadastrados neste programa. Se compararmos com os resultados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios/IBGE), realizada em 2008, a iniciativa atingia 96,5 milhões de pessoas. Comparando os dois estudos, em cinco anos, cerca de 16 milhões de pessoas passaram a ser atendidas pelo Saúde da Família.
Os dados da PNS mostram ainda que o serviço tem chegado principalmente às pessoas de menor escolaridade. Já no recorte por região, é o Nordeste (64,7%) quem mais conta com domicílios cadastrados no Saúde da Família e o Sul (56,2%) também registra índice acima da média nacional.
 
Essa expansão do Saúde da Família também é observada nos números do Ministério da Saúde. Entre 2010 e 2014, houve um crescimento de 19,8% do total de equipes, passando de 31.660 para 37.944 no período. Os investimentos federais na atenção básica mais que dobraram – crescimento de 106% nos últimos quatro anos, chegando a R$ 20 bilhões em 2014. Esta é uma área de atenção prioritária para o governo, uma vez que consegue resolver até 80% dos problemas de saúde sem necessidade de encaminhamento do paciente para um hospital ou unidade especializada, tornando a assistência em toda a rede mais eficiente.
 
Avaliação do atendimento
Dos 30,7 milhões de pessoas que procuraram algum atendimento de saúde nas duas últimas semanas anteriores à pesquisa, 97% conseguiram atendimento e 95,3% foram atendidos na primeira vez em que procuraram.  Apenas 3% não conseguiram atendimento, 38,8% alegaram não ter médico atendendo, 32,7% não conseguiram vaga ou pegar senha.
 
Os dados mostram que 65,7% se internaram em hospitais por 24 horas ou mais nos doze meses anteriores à pesquisa e a última internação foi através do Sistema Único de Saúde. Desse total, 82,6% avaliaram o atendimento recebido no SUS como bom ou muito bom. O perfil de internação compõe-se majoritariamente por jovens de 0 a 17 anos de idade (75,2%) e pessoas de baixa escolaridade – 80,6% sem instrução ou com fundamental incompleto. Do total de entrevistados, 80,4% tiveram atendimento de urgência no domicílio, através do Sistema Único de Saúde, e a avaliação do atendimento foi boa ou muito boa.
 

50% dos brasileiros não usa cinto de segurança no banco de trás

Muitos brasileiros ainda não têm o hábito de usar o cinto de segurança no banco de trás. Pesquisa do Ministério da Saúde, realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que apenas 50,2% da população afirmam sempre usar o cinto quando estão no banco traseiro de carro, van ou táxi. Os entrevistados mostram mais consciência quando está no banco da frente, em que 79,4% das pessoas com 18 anos ou mais dizem sempre usar o item de segurança. Contudo, o cinto na parte traseira do veículo reduz mais o risco de morte, pois, em uma colisão, impede que o corpo dos passageiros seja projetado para frente, atingindo o motorista e o carona.
 
O uso do cinto de segurança no banco de trás é ainda menor na zona rural, onde 44,8% disseram ter o hábito de colocar o cinto. Entre as regiões, Norte e Nordeste registram os índices mais preocupantes, 36,7% e 39,5%, respectivamente, enquanto os moradores da região Sul demonstraram ter mais consciência da importância deste item de segurança. Lá, 65,1% das pessoas com 18 anos ou mais disseram sempre usar cinto no banco de trás. O cenário nas regiões se repete quando o assunto é utilizar o cinto no banco da frente: Norte e Nordeste apresentaram os menores índices (67,2% e 66%) e Sudeste e Sul os maiores (86,5% e 86,2%).
 
“Estudos mostram que o cinto de segurança no banco da frente reduz em 45% o risco de morte, e no banco de trás, em 75%. Isso demonstra que estamos falando de um importante instrumento para as ações de fiscalização de saúde. Temos que investir em ações educativas para mudar esse quadro”, destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Os dados citados pelo ministro são do Estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet). Em 2013, um levantamento da Rede Sarah apontou que 80% dos passageiros do banco da frente deixariam de morrer se os cintos do banco de trás fossem usados com regularidade.
 
O segundo volume da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) foi feito em 64 mil domicílios em 1.600 municípios de todo o país entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014. O estudo é considerado o mais completo inquérito de saúde do Brasil e traz dados inéditos sobre vários aspectos, entre eles, acidente no trânsito, acesso aos serviços de saúde (atendimento e medicamentos) e violência. A pesquisa serve de base para que o Ministério da Saúde possa traçar suas políticas públicas para os próximos anos.
 
Durante o levantamento, foram coletadas informações sobre toda a família a partir de entrevistas com cerca de 205 mil indivíduos em domicílio, escolhidos por meio de sorteio entre os moradores da residência para responder ao questionário. Uma terceira fase da pesquisa trará informações resultadas dos exames de sangue, urina e aferição da pressão arterial dos brasileiros.
 
Uso de capacetes
Também preocupa o percentual de pessoas que vivem na área rural que deixam de usar o capacete quando estão como passageiros em motocicletas. Do total de entrevistados, 80,1% afirmaram usar capacete mesmo quando não estão dirigindo, mas esse índice cai para 59% se consideramos somente os moradores da área rural.
A pesquisa revelou ainda que 4,4 milhões (3,1%) de brasileiros sofreram acidente de trânsito com lesões corporais nos últimos 12 meses anteriores à pesquisa. O número é maior entre os homens 4,5% e 1,8% mulheres. Do total de pessoas que sofreram acidentes, 47,2% deixaram de realizar atividades habituais, 7,7% tiveram que ser internadas 15,2% tiveram sequelas ou incapacidades.
 
No Brasil, 42,2 mil pessoas morreram por conta de acidentes de trânsito em 2013, sendo 12.040 envolvendo motocicletas. Foram registrados no ano passado, mais de 127 mil internações por conta desses acidentes, o que representa um gasto de R$ 183,1 milhões para o SUS. Os acidentes por moto responderam por 83,4 mil internações.
 
O Ministério da Saúde está propondo uma série de ações intersetoriais para a promoção de uma política específica de prevenção aos acidentes de trânsito, principalmente moto. Entre as propostas que estão em estudo, destaca-se o uso de equipamentos, a melhor capacitação para habilitação e ações na área de fiscalização. Essa discussão será levada para o 2º Road Safety, Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito, que será realizado no Brasil em novembro com o objetivo de repactuar metas e traçar novas estratégias do governo e da sociedade para garantir a segurança da população e salvar milhões de vidas.
 
Volência
Ao abordar a questão da violência, 3,1% da população afirmaram terem sofrido alguma violência ou agressão de pessoa desconhecida nos últimos 12 meses anteriores. Homens sofrem mais agressão por pessoas desconhecidas (3,7%) e as mulheres são as maiores vítimas de agressão por pessoas conhecidas (3,1%).
 
Do total de pessoas que sofreram violência, 20,9% tiveram alguma lesão corporal devido à violência ou agressão por pessoas desconhecidas, sendo mais da metade homens (28,6%) e 11,4%, mulheres. Um grupo um pouco menor (17,9%) diz ter recebido algum tipo de assistência de saúde. As mulheres foram as que mais buscaram assistência, 20,8%, enquanto esse índice entre os homens foi de 12,3%.
 
Uma ação importante voltada à violência contra a mulher foi anunciada este ano pelo governo federal. Portaria assinada pelo Ministério da Saúde, da Justiça e pela Secretaria de Políticas para as Mulheres estabelece novas diretrizes para a integração do atendimento às vítimas de violência sexual pelos profissionais de segurança públicas e de saúde do SUS.
 
O objetivo é implementar em âmbito nacional o registro de informações e a coleta de vestígios durante o atendimento às vítimas nos em hospitais, tornando a assistência mais humanizada e reduzindo a exposição da pessoa que sofreu violência. O registro de informações e coleta de vestígios no momento do atendimento em saúde também contribui para o combate à impunidade, com a realização de exames nas primeiras horas após a violência.
 
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