Sindhosp

21 de outubro de 2015

Instituições ainda podem solicitar bolsas de residência médica

Instituições que ofertam residência médica e tenham interesse em expandir suas vagas ainda podem solicitar financiamento de bolsas. Foi prorrogado até sexta-feira (23) o prazo para envio de propostas para ampliação de vagas de residência, com prioridade na especialidade de Medicina Geral de Família e Comunidade (MGFC). Até o momento, foram solicitadas 1.060 vagas desta especialidade para o Ministério da Saúde e 1.570 para o Ministério da Educação (MEC), um total de 2.630, 88% do total de 3 mil bolsas disponibilizadas pelo edital deste ano.
 
Para o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Hêider Pinto, o resultado supera as expectativas do Governo Federal. “Nossa prioridade é expandir vagas em Medicina de Família e Comunidade para que a população possa contar com um atendimento de qualidade realizado por um médico preparado para resolver 80% dos casos que chegarem na unidade básica de saúde. A quantidade de vagas solicitadas mostra que as universidades e os gestores municipais assumiram o desafio de dar mais qualidade à atenção básica”, declara o secretário.
 
As instituições interessadas em enviar propostas devem se inscrever pelo Sigresidências. A procura das instituições em abrir vagas na especialidade de MGFC cresceu significativamente neste edital de 2015. A quantidade de bolsas solicitadas este ano (2.630) é 72% maior que o total concedido pelos ministérios da Saúde e Educação até hoje para a especialidade (1.526).
 
As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste tiveram prioridade nas bolsas para corrigir o déficit histórico de profissionais nessas regiões. A medida integra o Mais Médicos, voltado para a expansão e melhoria da formação médica no país. O Programa prevê a criação de 12,4 mil novas vagas de residência médica, além de 11,5 mil vagas de graduação em medicina até 2017. Destas, já foram autorizadas 7.742 vagas de residência, e 5.306 vagas de graduação (1.690 em universidades públicas e 3.616 em instituições privadas).
 
Preceptoria
Outra medida de fortalecimento da especialidade de MGFC é a oferta de curso de especialização em preceptoria ministrado de forma concomitante à residência na área. Os médicos que ingressarem na especialidade entre 2016 e 2018 poderão participar do curso, com duração de dois anos e ministrado semipresencialmente por instituições de ensino de referência, e receberão bolsa mensal no valor de R$ 2.500, custeada pelo Ministério da Saúde – além da que já fazem jus como residentes. O objetivo da medida é garantir a formação de preceptores para atender à expansão das vagas de residência prevista pelo Programa Mais Médicos.
 
A ação faz parte do Plano Nacional de Formação de Preceptores para Programas de Residência na modalidade MGFC, e a expectativa do Governo Federal é formar mais 10 mil preceptores até 2018, chegando a 14,2 mil profissionais. Com essa ação, será garantido, no mínimo, um preceptor para cada três residentes, um dos requisitos exigidos para abrir novas vagas de especialização.
 
O Plano Nacional de Formação de Preceptores para MGFC também abrange os médicos que já são preceptores em residências na área, e vai ofertar atividades de aperfeiçoamento a esses profissionais.
 
Multiprofissional
O Ministério da Saúde também custeia bolsas de residência para outras profissões da saúde, como enfermagem, odontologia, fisioterapia, entre outras. Para o ano que vem, serão financiadas 500 bolsas de residência em saúde, e as instituições interessadas puderam enviar proposta até 15 de outubro. Como as solicitações de bolsas ultrapassaram o quantitativo máximo de 500, a escolha das propostas será feita conforme as especialidades prioritárias, e o resultado será divulgado nas próximas semanas.
 
Pelo edital, o Ministério da Saúde reservou 75% das bolsas para áreas prioritárias para o SUS: Atenção Básica/Saúde da Família, Atenção ao Câncer (infantil, adulto e cuidados paliativos), Enfermagem Obstétrica, Física Médica, Neonatologia e Saúde Mental. As 25% bolsas restantes serão concedidas nas especialidades de Atenção Clínica Especializada (enfoque em cardiologia e nefrologia), Cirurgia e traumatologia Bucomaxilofacial, Hematologia (infantil, adulto e cuidados paliativos), Intensivismo, Reabilitação e Urgência/trauma.
 
Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde ofertou 586 novas bolsas de residência multiprofissional, como resultado de edital lançado no segundo semestre de 2014. As novas vagas representaram uma ampliação de 20% em relação ao ano anterior nas bolsas disponíveis para os profissionais ingressantes na especialização. No total, 5.505 bolsas de residência em saúde estão sendo custeadas pelo Ministério da Saúde, sendo 3.461 bolsas para o primeiro ano e 2.044 para o segundo ano de residência.
 
 
 

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Com a crise, medicamentos devem ficar mais caros

Os medicamentos genéricos apresentaram alta de 10,7% nas vendas em volume no terceiro trimestre de 2015. Foram comercializadas 254,3 milhões de unidades de medicamentos contra 229,6 milhões em igual período do ano passado. Os dados são de levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, a PróGenéricos, com base nos indicadores do IMS Health, instituto especializado que audita o varejo farmacêutico no Brasil e no mundo. 
 
“Esperávamos alcançar um crescimento médio de 15% ao longo do ano em unidades, mas compreendemos que o cenário é bastante difícil na economia, com o poder de compra das famílias penalizado por conta da inflação. Diante dessa realidade, os números têm correspondido às nossas expectativas”, afirma Telma Salles, presidente executiva da PróGenéricos.
 
A participação de mercado dos genéricos no varejo atingiu a marca histórica de 29,6%. No terceiro trimestre do ano passado, era de 27,8, enquanto que no terceiro trimestre de 2013 registrou 27,6%, ficando praticamente estagnado. “Isso demonstra que os genéricos continuam tendo habilidade de conquistar novos consumidores em cenários de crise, por serem produtos mais baratos e confiáveis”, afirma Salles.
 
Já em valores, as vendas do segmento cresceram 21%, movimentando entre julho e setembro R$5,2 bilhões contra R$4,3 bilhões no terceiro trimestre de 2014. O percentual de crescimento foi pouco inferior ao registrado no terceiro trimestre de 2014, comparado ao de 2013, que foi de 22%.
 
“Apesar de positivo e de estar na contramão do restante da economia que vem se deteriorando de forma significativa nos últimos meses por conta da crise, o resultado sofre impacto direto por conta da alta do dólar e o aumento substancial dos custos de produção, incluindo importação de insumos, energia, distribuição, entre outros”, analisa Salles. 
 
Diante deste cenário, segundo a executiva, as indústrias já se preparam para equilibrar as contas em 2016. Entre as principais medidas, revisão das políticas de descontos nos pontos de venda e a adequação da capacidade produtiva. “Se o crescimento não acontece dentro do esperado, se há redução na rentabilidade aliada à possibilidade de reduções na renda e no doer de compra das famílias, não há outra saída”, explica.
 
O resultado das vendas do mercado total de medicamentos no terceiro trimestre registrou alta de 6,2% em unidades, com a comercialização de 872,6 milhões de medicamentos, contra 821,2 milhões no ano passado. 
 
Ao excluir os genéricos do resultado total do varejo farmacêutico, porém, o crescimento em unidades cai para 4,5%. No terceiro trimestre de 2014, o desempenho a indústria em unidades, não contabilizando as vendas de genéricos foi de  6,2% em relação ao ano anterior. Já em relação ao terceiro trimestre de 2013 versus o mesmo período de 2013, o crescimento do varejo foi de 11%.
 
“Isso mostra que os genéricos seguem sendo fundamentais para os maiores players do varejo e que em tempos de crise, o mercado passa a depender mais dos genéricos”, conclui Salles.
 
Em valores, o mercado total registrou vendas de R$19,7 bilhões entre julho e setembro, enquanto que no mesmo período de 2014 foram contabilizados R$17,3 bilhões, crescimento de 13,7%.
 

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Em artigo, Yussif Ali Mere Jr fala sobre panorama atual da saúde no Brasil

O jornal Folha de S. Paulo publicou, em sua edição online de 21 de outubro, o artigo do presidente da FEHOESP e do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Jr, sobre a situação atual da saúde no país. 

Leia na íntegra:

A irresponsabilidade pesa no bolso e é prejudicial à Saúde
 
A saúde é apontada pela população como um dos principais problemas do país há anos. Precisamos melhorar a infraestrutura da área e, para isso, os recursos previstos no orçamento precisam ser realmente investidos.
 
Estudo recente do CFM (Conselho Federal de Medicina) mostra que, de 2001 a 2013, o governo federal destinou R$ 80,5 bilhões, mas somente R$ 33 bi foram investidos, ou seja, para cada R$ 10 previstos para melhoria da infraestrutura, apenas R$ 4 foram aplicados. A carência de leitos no país já é latente. Entre 2007 e 2012, 16 mil leitos privados foram fechados no país.
 
Este ano, o orçamento do setor representa 37% dos investimentos do governo. Em 2016 cairá para 35%. São R$ 3,8 bilhões a menos. Para que programas prioritários do Ministério da Saúde não sejam afetados, o governo pretende direcionar recursos das emendas parlamentares para os atendimentos de média e alta complexidade. Com isso, afirma que não há corte, esquecendo-se que os valores do SUS estão defasados há mais de uma década e que tal política levou muitos hospitais e santas casas à insolvência.
 
Momentos de crise trazem oportunidades. E a nação precisa aproveitar a ocasião para rediscutir o modelo do seu sistema de saúde. Os setores público e privado podem implantar uma rede de cuidados que torne o sistema mais eficiente e aumente a qualidade dos serviços.
 
A palavra-chave para isso é cooperação. Hoje, 25% dos cidadãos possuem planos de saúde, mas 56% do total dos gastos no setor no país estão na esfera privada. Além disso, 64% dos leitos hospitalares são geridos por instituições privadas, e metade deles atende SUS.
 
Os números atestam a importância da iniciativa privada na área. Por isso, ela precisa ser chamada para discutir e planejar as políticas nacionais de saúde. É premente desburocratizar e simplificar as parcerias público-privadas (PPP), inclusive permitindo a participação de empresas com fins lucrativos. Implantar políticas de Estado na Saúde, contra as atuais políticas de governo, para garantir a continuidade das ações.
 
O Brasil tem a maior carga tributária da América Latina e uma das maiores do mundo. Aproxima-se dos 40% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2000 esse percentual era de 30%. Segundo estudo da Organização para Cooperação Econômica (OCDE) divulgado recentemente, de 2010 a 2013 a arrecadação no Brasil cresceu 2,5% em relação ao PIB, enquanto a América Latina registrou crescimento de 1,5% e os países desenvolvidos de 1,3%.
 
O crescimento da receita, porém, não foi suficiente para cobrir o aumento dos gastos públicos. Só com pessoal, incluindo funcionários públicos federais da ativa e inativos, o governo gastava R$ 79 bilhões em 2003. Em 2013 esse gasto saltou para R$ 222 bi. Os dados são do Ministério do Planejamento.
 
Paralelamente, os juros da dívida pública praticamente dobraram nos últimos dois anos, passaram de R$ 250 bi para R$ 450 bi. Fechamos 2014 no vermelho, em R$ 32,5 bi. A dívida já é de 65% do PIB.
 
O diagnóstico dos problemas já foi feito. Infelizmente, o governo vem empurrando essas discussões com a barriga, temendo a adoção de medidas impopulares. Essa falta de vontade política de consertar o que é necessário é típica de governos populistas.
 
A atual crise é o retrato desses desmandos. Como resultado, podemos retroceder aos anos 80 do século passado, a chamada "década perdida", com estagnação econômica, retração industrial e aumento do déficit público.
 
YUSSIF ALI MERE JR., 56, é médico e presidente da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP), com MBA em Economia da Saúde

 

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Regional de São José do Rio Preto realiza curso

No último dia 9 de outubro, a Regional de São José do Rio Preto do SINDHOSP, ofereceu um curso para cerca de 20 profissionais, sendo eles gestores, negociadores, profissionais envolvidos direta ou indiretamente com o Recurso de Glosas,  com o objetivo de apresentar os novos modelos de implantação do recurso de glosas para melhorar a negociação com as operadoras de planos de saúde e assim ter aumento de receitas e mudanças no modelo de remuneração.

A palestrante responsável foi a médica Pina Pellegrini, que possui um embasamento em relação aos planos de saúde.

Os temas abordados foram “perfil atual do setor de recurso de glosas”; “reestruturação do recurso de glosas”;  “como negociar com as operadoras de planos de saúde por melhores resultados”; entre outros.

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Sorocaba promove curso sobre Gestão de Glosas

Com cerca de 20 profissionais, ligados as áreas de administração, credenciamentos de serviços médicos hospitalares, análise de contas médicas e auditoria e de recurso de glosas, entre outras, a Regional de Sorocaba do SINDHOSP promoveu um curso sobre Gestão de Glosas.

O objetivo foi de atualizar e trocar experiências sobre gestão, para obter-se um bom resultado nas negociações a partir do conhecimento dos contratos de prestação de serviços, tendo um bom entrosamento entre as áreas comercial e credenciamento, e também de mostrar as distorções que ocorrem com a falta de negociação.

O curso foi ministrado pela médica administradora hospitalar, Pina Pellegrini, e os temas abordados foram “gestão e qualificação para os melhores resultados nas instituições de saúde”; “conhecendo os setores envolvidos com a receita da empresa”; entre outros.

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