26 de outubro de 2016

Os entraves para investimentos estrangeiros

O setor da saúde, em geral, é atrativo sim para os investidores. É o que afirmam os especialistas que participaram dos debates do Conecta Saúde, primeira edição de evento anual do IEPAS, realizado no dia 25 de outubro, no centro da capital paulista.
 
Segundo André Staffa Filho, diretor da Logika Consultores Associados, há dois tipos de investidores: os estratégicos, que atuam na evolução estratégica do negócio, e os private equity, são os investidores “que compram por dez e querem vender por vinte, trinta, quarenta num prazo entre cinco a sete anos”. 
 
Na saúde, os interesses prioritários têm sido os planos de saúde, os hospitais gerais e os serviços de medicina diagnóstica. Staffa aposta ainda em interesses que crescerão, como em hospitais de longa permanência e os serviços de home care. 
 
Staffa ainda garantiu que dinheiro hoje não é problema para qualquer grupo de investimento. A questão é o negócio ser atrativo.
 
Para Luiz Delgado, da empresa de gestão de investimentos KKR do Brasil, há um nível de informalidade ainda muito persistente na área da saúde, “muito porque o setor não tem tradição de receber o investidor”. Na área contábil, a transparência é fundamental, assim como outros fatores, como uma boa diversidade de fontes pagadoras, vantagem competitiva e perspectiva de crescimento, mesmo que orgânico.
 
Quando um investidor se interesse por uma companhia, uma diligência é iniciada, que pode levar muitos meses. “E quanto mais insegurança o investidor tiver sobre as informações, menos a empresa vai valer”, afirmou Delgado. 
 
 
 
 
Fonte: Da Redação
 

Conecta Saúde debate a perspectiva econômica do setor

O Instituto de Ensino e Pesquisa na Área da Saúde (IEPAS), entidade mantida pela FEHOESP e pelo SINDHOSP, realizou no 25 de outubro, a primeira edição do fórum Conecta Saúde. O objetivo do evento é reunir os altos executivos do segmento para debater os caminhos do setor. Neste primeiro ano, o enfoque é a economia da saúde, do ponto de vista dos gastos e também dosn investimentos – inclusive os estrangeiros.

O presidente da FEHOESP, Yussif Ali Mere Jr, abriu o evento afirmando que o Conecta Saúde é a grande aposta das entidades em formalizar uma agenda anual da saúde. "Esperamos que esta seja o primeiro de muitos", disse.

Conectando-se ao cenário político, Yussif ainda lembrou o esforço do governo federal em conter gastos. "A PEC 241 é uma necessidade, e o que o governo fala hoje é música para os nossos ouvidos", afirmou.

Marcos Bosi Ferraz, um dos palestrantes do primeiro painel, corroborou: "a PEC 241 é um remédio amargo, uma quimioterapia e apenas o início do tratamento". Bosi é professor adjunto da disciplina de Economia e Gestão em Saúde do departamento de Medicina da Unifesp. Ainda segundo ele, a saúde no Brasil possui muitos esqueletos. "Quantos esqueletos de hospitais já não vimos subir, sendo que o gestor não pensou no recheio destes hospitais nos próximos 10, 15 anos?".

Para Ermínio Nucci, diretor de Gestão de Projetos de Investimentos da Investe SP, a PEC 241 estabelece um novo paradigma para a gestão pública, porque força os gestores a terem 

 

 

Fonte: Da Redação

 

Panorama político e econômico encerra o Conecta Saúde

O jornalista Augusto Nunes encerrou o fórum Conecta Saúde em palestra magna sobre o panorama político do Brasil. Em sua apresentação, o colunista da Revista Veja e apresentador do programa Roda Vida, da TV Cultura, traçou um panorama histórico da política brasileira, citando vice-presidentes, como Delfim Moeira e Itamar Franco, que, a exemplo de Michel Temer, precisaram assumir o Brasil em um momento de gravidade. 
 
Nunes deu destaque, ainda, para a importância que a Operação Lava Jato tem e terá para os rumos do país nos próximos anos. "As manifestações de 2013 levaram à Lava Jato, operação que está sendo responsável pelo Brasil de hoje, em constante mutação", destacou. "Nenhum partido se identifica mais com a realidade brasileira. Isso ficou claro com o apoio da população ao trabalho da Polícia Federal e com a transformação de um juiz em um herói, quando, na verdade ele está apenas cumpridndo seu papael", afirmou, fazendo referência ao juiz Sérgio Moro.   
 
Para ele, a crise que o Brasil vive não tem a ver com o que acontece no exterior e os caminhos para solucioná-la precisam ser encontrados internamente. "A população está descobrindo uma coisa que vocês empresários já sabem há muito tempo: o governo não é uma atividade lucrativa e que quem ganha e perde são vocês que, de fato, empreendem e criam empregos". 

GRHosp completa 22 anos com celebração

O Grupo de Recursos Humanos do SINDHOSP (GRHosp) completou em outubro 22 anos, e na reunião mensal da comissão, realizada no último dia 18, no auditório do Sindicato, em sua sede, em São Paulo, o consultor de Gestão Empresarial e coordenador do grupo, Nelson Alvarez, fez uma reflexão sobre as mais de duas décadas de atuação.
 
Ele relembrou o convite do então presidente do SINDHOSP, Dante Montagnana, em 1994, para a criação da Comissão de RH com objetivo de esclarecer os profissionais da área da saúde sobre legislações, negociação, mostrando a importância do departamento para o bom desenvolvimento dos colaboradores das empresas de saúde. “Ao longo desses anos, contribuímos para a criação da Comissão de Negociação; do Comitê de Segurança e Saúde Ocupacional (CSSO), formado por engenheiros e médicos do Trabalho; e incentivamos para que o Grupo Informal de Salário dos Hospitais (Gisah) deixasse de ser somente um grupo de pesquisa. Enfim, demos e colhemos bons frutos.” 
 
Alvarez também falou sobre os desafios da Comissão nesses 22 anos. “Atuar no segmento que congrega instituições muito diferentes, seja na gestão, ou no tratamento tributário, tem desafiado os profissionais das empresas de saúde. Além disso, algumas concessões governamentais têm feito com que as companhias fiquem em desigualdade de condições na busca pela melhoria da qualidade e produtividade.”
 
Mas, apesar dos percalços, o balanço da atuação do GRHosp é positivo, segundo o coordenador. “Pudemos contribuir para que colegas e gestores tivessem acesso a nova tecnologias, ferramentas de desenvolvimento de pessoas e melhoria das condições de trabalho.” 
 
O cenário atual do país, com algumas concentrações econômicas no setor da saúde, na visão de Alvarez, trouxe grandes avanços na gestão de pessoas e na forma como o RH das empresas devem atuar junto aos principais atores do segmento (médicos, pacientes e funcionários). “Não só o RH, mas todas as áreas das instituições devem trabalhar com foco nos clientes e buscar equalizar valores e anseios. A área de Recursos Humanos tem grande espaço para crescer e se posicionar, positivamente, deixando de ser somente um gestor de folha de pagamento e seus reflexos. A interação com todos estes atores, torna o departamento muito relevante e que pode ajudar nos momentos de ruptura e de forte recessão.”
 
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