17 de maio de 2017

Na prática, é preciso um acordo claro para o bem da empresa

Alinhamento entre sócios e tarefas estabelecidas de forma clara são caminhos indicados para manter sucesso na gestão de clínicas. Mas no dia a dia dos estabelecimentos, como isso funciona? Durante o talk show do 12º Congresso Brasileiro de Gestão de Clínicas, realizado nesta quarta-feira (17) em São Paulo, este e outros tema foram discutidos.

Na opinião de Assad Frangieh, diretor da Brasilmedicina, modelos de trabalho são necessários para um bom funcionamento das empresas. "Eu enxergo empresas como pessoas e, da mesma forma que na medicina, em que precisamos entender como é o corpo da pessoa; qual é a patologia que ela tem para fazermos o diagnóstico e formularmos hipóteses com ajuda de exames laboratoriais e, finalmente, para propormos o tratamento, nas organizações também é necessário saber quais são e como funcionam as unidades, sedes e filiais; conhecer os processos que dão certo e os que funcionam errado; analisar os indicadores e, por fim, propor soluções para os problemas encontrados", ensina ele.

Ele dá um exemplo: em uma situação em que os recursos arrecadados não são bem distribuídos, é necessário intervir com auxílio de levantamentos e estatísticas para chegar a um acordo positivo não só para os sócios, mas para a "saúde" da empresa. "Em uma situação em que os recursos eram mal distribuídos, decidiu-se por um caixa único para remunerar os sócios. As desavenças continuaram, mas a empresa passou a operar no azul e cresceu consideravelmente, tanto que foi vendida com
sucesso."

 

Por Eleni Trindade

Fotos: Dule Oliveira

Holanda freia crescimento dos custos, mas mantem qualidade

A Holanda, embora seja um país pequeno, é a 20ª economia do mundo e é o número um em cuidados de saúde na Europa pelo sexto ano consecutivo. Hoje, eles gastam 12% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em saúde. Mas, segundo seu vice-ministro, Bas Van Den Dungen, se nada tivesse sido feito, a qualidade custaria caro, tornando a saúde insustentável.

Bas veio ao Brasil para participar do CISS – Congresso Internacional de Serviços em Saúde, evento principal da Hospitalar 2017. Segundo ele, a virada veio em 2006, quando o governo percebeu que o crescimento dos gastos chegaria a 30% do PIB até 2040. “Foi quando Iniciamos uma reforma bem rigorosa do sistema, baseada em parcerias público-privadas, em que o governo trabalha de maneira próxima”. 

No acordo, ficou decidido que o crescimento com os gastos em saúde alcançariam 1,5% em 2014 e 1% entre 2015 e 2017. “O crescimento dos gastos está sustentável no momento”, afirmou Bas. Para se ter ideia dos resultados, após a implantação do programa de segurança do paciente, em 2008, a mortalidade por eventos adversos caiu 50%, e 95% de todas as cirurgias realizam check list.

Duas empresas convidadas apresentaram seus cases, que têm ajudado a transformar a saúde na Holanda. Uma delas foi Gertje Van Roessel, diretora internacional da Buurtzorg, considerada um agente de mudanças na prestação de serviços de enfermagem em domicílio, responsável pelo atendimento de 60% do mercado naquele país.

Segundo Gertje, a iniciativa nasceu com quatro enfermeiros, em 2007. Hoje possui mais de 10 mil, distribuídos em 850 equipes espalhadas pelo país. O segredo, segundo sua diretora, é a descentralização da gestão, num modelo inovador que não possui gerentes e muito pouca burocracia. “As equipes são independentes, atendem uma vizinhança de até 10 mil pessoas e muitos dos profissionais moram a comunidade, conhecem suas necessidades, suas redes informais e seus recursos”. 

A Buurtzorg atende a 70 mil pacientes na Holanda, em cuidados paliativos, demência, doenças crônicas, pacientes que receberam alta hospitalar mas que necessitam de cuidados etc. O custo é baixo e funciona graças a um software específico. “Tínhamos muitos programas, mas nenhum adequado. Construímos o programa junto com os profissionais, e hoje todos eles têm um ipad e imputam as informações em tempo real”, contou a diretora. Sem contar que por contar com uma estrutura administrativa enxuta, eles conseguem investir mais recursos em cuidados. O Buurtzorg gasta 8% de sua receita com pessoal, enquanto empresas de saúde tradicionais gastam 25%.

 

 

(Por Aline Moura)

Investimento em pessoas gera resultados eficazes

Cuidar das suas equipes e dar atenção ao que elas fazem é uma atribuição de gestões de pessoas e essa atividade tem forte impacto no resultado financeiro final das clínicas. Essa discussão veio à tona durante o módulo "Formar equipes é mais do que juntar pessoas" do 12º Congresso Brasileiro de Gestão de Clínicas, realizado pelo IEPAS em São Paulo nesta quarta-feira (17).

Sob coordenação de Marizilda Angioni, gerente de Gestão de Pessoas da FEHOESP, e de Angelina Francisco, gerente administrativa da Crya Medicina Diagnóstica, os debatedores mostraram a importância do planejamento estratégico e da comunicação na gestão de pessoas. "Entender o cenário onde se está inserido e definir onde deseja chegar são os primeiros passos para fortalecer a gestão. Se a companhia não pode estabelecer uma política competitiva de remuneração, por exemplo, ela pode se planejar para oferecer bons treinamentos e melhorar o clima organizacional, envolvendo a alta gestão. O resultado, invariavelmente, é um bom resultado financeiro e maior envolvimento das funcionários com as causas da empresa", ressaltou Ricardo Fedrizzi, gestor de pessoas da Santa Casa de Misericórdia de Piracicaba.

Muitos são os desafios das empresas de saúde no cuidado com seu capital humano: da seleção de pessoas, passando pela integração de novos colaboradores e os cuidados para formar bons profissionais e retê-los. "Como gestores, os desafios são constantes, pois embora tenham formação técnica, os líderes também precisam transitar entre outros saberes e estudar gestão e tudo o mais que for necessário. Além de fundamental para a administração dos talentos, é uma exigência de mercado", afirma Rubia Spindola, gerente executiva de recursos humanos do Grupo Hermes Pardini.

Esses desafios podem se impor a qualquer momento, mas são mais visíveis quando há mudanças nas empresas. Ao introduzir mudanças na direção da Clínica Megamed, os gestores da empresa logo perceberam a apreensão dos funcionários. "Agimos para minimizar problemas revendo a missão, a visão e os valores da empresa, revisamos processos e tratamos os recursos humanos como investimento. Para isso, não diminuímos o número de pessoas, mas contratamos profissionais de acordo com as políticas definidas e sentimos as mudanças tanto entre os clientes internos, quanto nos internos", afirma Vânia Cardoso, diretora geral da empresa. "Ao pensar nas pessoas, obtivemos resultados no nosso faturamento", concluiu ela.

 

Por Eleni Trindade
Foto: Dule Oliveira

 

O empoderamento do paciente muda a saúde no Canadá

Abrindo o CISS – Congresso Internacional de Serviços de Saúde 2017, realizado durante a Hospitalar, em São Paulo, as canadenses Marie-Pascale Pomey e Leslee J. Thompson deram um recado aos brasileiros: “É preciso ouvir a voz dos pacientes”.

Segundo Marie, que é conselheira do Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Serviços Sociais do Governo de Quebec (Montreal), mesmo com muitos esforços, os dados sobre eventos adversos na área da saúde têm se mantido estáveis por lá. E isso não é bom, adverte. “Quer dizer que não houve diminuição”.

Relatório de 2016 mostrou que 1 a cada 18 pacientes hospitalizados sofreu algum evento adverso naquele país, ao passar por um cuidado hospitalar. Embora seja um índice considerado baixo em relação as outras províncias do país, Marie explica que existem problemas na informações. “Quebec é o único no qual as organizações são obrigadas a fornecer informações sobre seus eventos adversos. Porém ainda há falhas nesses dados”.

O engajamento para melhorar os índices tem sido na transformação do paciente e família como o centro da equipe de tratamento. “Os pacientes estão numa posição única, mas o  desequilíbrio de poder ainda existe”. Em pesquisa, constatou-se que os pacientes se queixam que as informações sobre seu estado de saúde são geralmente muito técnicas, e que eles possuem receio de fazer perguntas. A criação de aplicativos que permitam que os pacientes possam relatar suas experiências e queixas sem ter de verbalizar tem sido uma solução empregada por lá.

Outra experiência, inovadora, é ter pacientes como educadores e como consultores na parceria do cuidado. “Hoje temos 220 pacientes como educadores e 90 pacientes como consultores. Isso muda, aos poucos, a realidade”, ressaltou.

Para Leslee J. Thompson, presidente e CEO da HealthCare Standards Organization and Accreditation Canada (HSO), também do Canadá, o poder da conexão humana vai mudar a qualidade de assistência. O HSO tem implantado programas que incluem os pacientes como pesquisadores.

Leslee lembrou que a HSO está no Brasil por meio do IQG, auxiliando mais de 100 organizações. E que os processos de acreditação estão sendo revistos, para incluir definitivamente o paciente nas decisões sobre seu próprio cuidado.

 

(Por Aline Moura)

Foto: Junior De Vecchi

Yussif Ali Mere Jr concede entrevista à TV Brasil

O presidente da FEHOESP e do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Jr, concedeu, em 17 de maio, uma entrevista para a TV Brasil sobre o documento elaborado pela Federação, que visa garantir um marco legal que trate previamente do direito alienável sobre os cuidados e tratamentos que o paciente quer ou não receber no momento em que estiver seriamente doente, incapacitado de expressar sua vontade de forma livre e autônoma.

Na conversa, Yussif explicou que a morte é inevitável, mas defendeu a liberdade de escolha do paciente. "No caso de tratamento invasivos, pacientes com tumores graves que acometem vários órgãos, podem optar por não ir à uma UTI nem ter um respirador artificial que prolongue sua vida. Queremos garantir que não aja um subtratamento agressivo quando a doença não permite mais a cura.  A vantagem para o paciente é ter um cuidado paliativo, retornando ao convívio de seus familiares, estar na sua casa e não sofrer dores.

O documento também será entregue ainda este mês a representantes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, e da Comissão de Seguridade Social e Família das duas casas.

 

 

Por Rebeca Salgado
Foto: Andres Costa
 

Alinhamento entre sócios é indispensável para os negócios

O 12º Congresso Brasileiro de Gestão em Clínicas de Serviços de Saúde deste ano começou os trabalhos com uma questão fundamental dentro do macro tema "Porque na prática a teoria é outra": o alinhamento entre sócios ou gestores é fundamental para melhorar o ambiente de trabalho nas empresas em geral, mas, especialmente, nos estabelecimentos de saúde. De acordo com Fabio Kayano, diretor executivo da Alergo Dermatologia Integrada, a cultura organizacional depende desse alinhamento. "Por meio de experiências em hospitais e gestão de clínicas em  que atuo e outras que já presenciei, qualquer situação mal resolvida acarreta resultados ruins para as organizações".

Longe de parecer apenas intrigas sem importância, esses comportamentos podem fechar empresas. "Ninguém faz nada sozinho. Se não houver sucessor e o dono quiser manter o poder político em uma eventual transição, pode se frustrar. É necessário compartilhar trabalho, investimentos e resultados. É fundamental decidir de forma plena quais são as atribuições de cada sócio com regras claras", destacou Rogério Aleixo Pereira, advogado do Aleixo Pereira Advogados.

Em empresas com gestão familiar, esse cuidado deve ser redobrado. "Nos casos em que há herdeiros, eles se tornam sócios indiretos quando há o falecimento do pai que era sócio. Dessa forma, as empresas devem também estabelecer previamente em contrato qual papel dos herdeiros para que ressentimentos – sobre os quais a empresa não tem controle – não venham a interferir nos negócios", afirmou Roberto Gonzalez, diretor da Bússola Governança Consuloria e Treinamento.

São detalhes que impactam nos resultados finais das clínicas, conforme explica Eduardo Regonha, diretor da XHL Consultoria em Saúde. "É bastante comum, principalmente em locais fora das grandes cidades, os empresários chegaram ao ponto de quererem diminuir o ritmo de trabalho e nos perguntarem o que fazer. Nesse momento, aconselhamos a parar e pensar com calma se é mais interessante agregar novos sócios ou contratar profissionais. Mas tudo deve ser feito com cautela para evitar impacto negativos."  

 

Por Eleni Trindade
Fotos: Dule Oliveira

 

Waleska Santos faz a abertura do CISS 2017

A fundadora e presidente da Feira Hospitalar, Waleska Santos, fez, em 17 de maio, a abertura dos Congressos Internacionais de Serviços de Saúde (CISS) 2017, congresso oficial do evento. O presidente da FEHOESP e do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Jr, participou da mesa solene.

Neste ano, o CISS tem como tema central a "Segurança do Paciente: a nova fronteira de qualidade dos sistemas e dos serviços de saúde", abordando como atender ao desafio do envelhecimento global com tecnologias inovadoras e quais os melhores modelos de cuidado e de reabilitação.

"É sempre uma grata satisfação abrir os congressos e seminários que acontecem durante a Hospitalar, cerca de 60 eventos. Mas o CISS é um congresso especial, ele nasceu junto com a feira, ainda sob o nome Congresso Latino-americano de Serviços de Saúde", lembra Waleska. "Ao longo desses 24 anos aprendemos, evoluímos e foi a cerca de 5 anos que decidimos mudar o nome do congresso para que ele fizesse jus aos debates promovidos".

Waleska ressaltou também a importância da Feira para o setor e o desafio de se promover anualmente o CISS. "Há 24 anos São Paulo se torna, no primeiro semestre do ano, a capital global da saúde. Em 24 anos nos desafiamos sempre para subir o nível dos debates. Em 2017 temos como países convidados Canadá, Taiwan, Argentina e Holanda e eu digo que as personalidades convidadas tem como concorrentes uma plateia seleta de inteligências setoriais não só do Brasil, mas da mundo todo também".
 

 

Por Rebeca Salgado

 

Tem início o 12º Congresso de Gestão em Clínicas de Serviços de Saúde

Com a discussão "Por que na prática a teoria é outra?" teve início, na manhã de 17 de maio, o 12º Congresso de Gestão em Clínicas de Serviços de Saúde. A abertura foi feita pelo presidente do IEPAS, José Carlos Barbério.

Saudando os presentes e comentando o tema, Barbério elogiou a comissão científica e provocou: "Um assunto como esse sugere que nem sempre aquilo que pensamos é possível de se praticar em nossas empresas, uma vez que a vida é feita de imprevisibilidades. O fato é que o imprevisível não valida a necessidade de planejamento por parte dos gestores".

Segundo ele, "a experiência começa de maneira indireta na teoria e se consagra na prática". Complementou dizendo que "a teoria é apenas uma semente e a prática é o fruto. A construção do conhecimento não se dá nem sem uma, nem sem outra".

O Congresso dura o dia todo e ainda aborda temas como relacionamento entre sócios, gestores e clientes.

 

Por Rebeca Salgado

Foto: Dule Oliveira

SINDHOSP firma CCT com Sindicato dos Empregados da Saúde de SP

circular SINDHOSP DJ nº 043-A/17

Informamos que foi firmada a Convenção Coletiva de Trabalho entre o SINDHOSP e o SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE SÃO PAULO, data-base 1º de maio, com vigência de 1º de maio de 2017 a 30 de abril de 2018, para as cláusulas econômicas e de 1º de maio de 2017 a 30 de abril de 2019 para a s cláusulas sociais, destacando-se:

CLÁUSULA 1ª – REAJUSTE SALARIAL

A partir de 1º de maio de 2017, fica estabelecido o reajuste salarial total de 4% (quatro por cento), a incidir sobre os salários de novembro de 2016 para pagamento da seguinte forma:

  1. A partir de 1º de maio de 2017, concessão de 2% (dois por cento), a incidir sobre os salários de novembro/2016, devidamente corrigidos pela norma coletiva anterior;

  2. A partir de 1º setembro de 2017, concessão do percentual de 4% (quatro por cento), a incidir sobre os salários de novembro/2016, devidamente corrigidos pela norma coletiva anterior.

  3. Aos empregados demitidos antes do pagamento da segunda (2ª) parcela do reajuste previsto nesta cláusula, será aplicado, no último mês de trabalho, o percentual de reajuste integral a que tiver direito considerando a data de sua admissão, utilizando-se o valor corrigido para o cálculo das verbas rescisórias.

CLÁUSULA 2ª- ADMITIDOS APÓS DATA-BASE

Aos admitidos após a data-base, será aplicado o reajuste salarial proporcional ao número de meses efetivamente trabalhados

MÊS

MAIO 2%

SETEMBRO 4%

JUNHO/2016

1,83%

3,67%

JULHO/2016

1,66%

3,33%

AGOSTO/2016

1,50%

3,00%

SETEMBRO/2016

1,33%

2,65%

OUTUBRO/2016

1,16%

2,31%

NOVEMBRO/2016

1,00%

2,00%

DEZEMBRO/2016

0,83%

1,67%

JANEIRO/2017

0,67%

1,33%

FEVEREIRO/2017

0,50%

1,00%

MARÇO/2017

0,33%

0,67%

ABRIL/2017

0,17%

0,33%

PARÁGRAFO ÚNICO: O disposto na alínea “c” da Cláusula 1ª aplica-se, igualmente, ao reajuste proporcional, observados os índices previstos nesta cláusula.

CLÁUSULA 5ª – SALÁRIO NORMATIVO

A partir de 1° de maio de 2017, o piso salarial da categoria corresponderá a R$ 1.175,20 (um mil e cento e setenta e cinco reais e vinte centavos), para empresas com mais de 20 empregados.

PARÁGRAFO 1º: Os estabelecimentos de saúde de ILPI’s (Instituições de Longa Permanência) excluídas as Casas de Repouso, observarão os seguintes pisos salariais (salário de ingresso):

  • Apoio………………………………………………….. R$ 1.094,50

  • Administração……………………………………….R$ 1.094,50

  • Cuidador ………………………………………………R$ 1.146,08

  • Demais funções……………………………………. R$ 1.146,08

PARÁGRAFO 2º: Os estabelecimentos de saúde com até 20 empregados observarão os seguintes pisos salariais (salário de ingresso):

  • Administração……………………………………….R$ 1.094,50

  • Apoio……………………………………………………R$ 1.094,50

  • Demais funções……………………………………..R$ 1.146,08

PARÁGRAFO 3º: Para a aplicação dos pisos salariais acima especificados, considera-se:
  • Atribuições de Apoio: limpeza, copa, lavanderia e mensageiro.

  • Atribuições de administração: recepção e auxiliar administrativo com ensino médio.

PARÁGRAFO 4º: Sobre o piso salarial (salário de ingresso) não haverá incidência dos percentuais previstos na cláusula 1ª – Reajuste Salarial retro aludida.

PARÁGRAFO 5º: Na hipótese do piso salarial estadual ser fixado em montante superior a algum dos valores ora estabelecidos, serão esses corrigidos automaticamente, passando a vigorar com o novo valor do piso estadual, tão logo esse seja publicado em Diário Oficial.

CLÁUSULA 39 – CESTA BÁSICA

Concessão pelos empregadores aos empregados que não tiverem 3 (três) ou mais faltas injustificadas durante o mês, de uma cesta básica mensal, ou vale cesta ou ticket cesta, sem caráter salarial, conforme deferido nos autos do Processo de Dissídio Coletivo n° 33/91-A e 146/91-A, que será entregue até o dia 15 do mês subsequente ao de referência, devendo o empregado retirá-la na empresa, ou onde esta indicar, no prazo de 20 (vinte) dias.

A cesta básica a que se refere esta cláusula conterá a seguinte composição:

10 kilos de arroz

03 kilos de feijão

03 latas de óleo de soja

1/2 kilo de café torrado e moído

05 kilos de açúcar

1/2 kilo de farinha de mandioca

01 kilo de macarrão

01 kilo de farinha de trigo

02 latas de 140 grs. de extrato de tomate

01 kilo de sal refinado

1/2 kilo de milharina

01 pacote de 200 grs. de biscoito doce

01 pacote de 200 grs. de biscoito salgado

02 latas de leite em pó de 400 grs.

 

Para as empresas com mais de 20 (vinte) empregados, a partir de 1º de maio de 2017, o vale cesta ou ticket cesta será fornecido no valor de R$130,00 (cento e trinta reais).

Para as empresas com até 20 (vinte) empregados, a partir de 1º de maio de 2017, o vale-cesta ou ticket-cesta será fornecido no valor de R$118,56 (cento e dezoito reais e cinquenta e seis centavos).

PARÁGRAFO ÚNICO: O benefício da cesta básica será mantido mesmo quando do afastamento do trabalhador por atestado médico, auxílio doença e auxílio acidentário pelo prazo de 3 (três) meses.

CLÁUSULA 55 – FERIADO PARA A CATEGORIA

Será considerado feriado para a categoria o dia 12 de maio, data em que se comemora o "Dia do Empregado em Estabelecimento de Serviços de Saúde", na base territorial abrangida pelo Suscitante, resguardada a prestação de serviços, conforme escala prévia elaborada pela Administração da empresa, salvaguardando ao empregado que prestar serviço nesse dia o direito de compensação, ou de receber as horas trabalhadas como extras. As empresas que não concederem o feriado no dia 12 de maio, deverão fazê-lo até 31.12.2017.

O FERIADO DA CATEGORIA PODERÁ SER COMPENSADO ATÉ 31/12/2017.

ATENÇÃO PARA A CLÁUSULA 52 QUE TRATA DE CONTRIBUIÇÃO A SER DESCONTADA DO EMPREGADO

A TAXA NEGOCIAL NÃO MAIS SERÁ COBRADA

CLÁUSULA 52 – CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL

Desconto de 4% (quatro por cento) sobre a remuneração dos empregados, para repasse ao Sindicato Suscitante à título de Contribuição Assistencial. Tal contribuição encontra respaldo no Acórdão prolatado nos autos do Recurso Extraordinário 189.960-SP, cuja ementa é do seguinte teor: “ A Turma entendeu que é legítima a cobrança de contribuição Assistencial imposta aos empregados indistintamente em favor do sindicato, prevista em convenção coletiva de trabalho, estando os não sindicalizados compelidos a satisfazer a mencionada contribuição”.

O recolhimento dar-se-á através de boletos de cobrança bancária que serão enviados para as empresas, para o pagamento da seguinte forma: a) 2% (dois por cento) referente a primeira parcela com desconto no mês de junho/2017, para pagamento até 31/07/2017 e, b) 2% (dois por cento) referente a segunda parcela com desconto no mês de outubro/2017, para pagamento até 30/11/2017, devendo, tal pagamento, ser efetuado até a data dos respectivos vencimentos, em qualquer Agência da  Caixa Econômica Federal, em nome do Sindicato. Após essa data, haverá incidência da multa prevista na presente norma coletiva.

Eventual oposição do trabalhador deve ser manifestada diretamente ao Sindicato Suscitante, no prazo de dez (10) dias a contar da assinatura da presente convenção coletiva de trabalho.

 

CLÁUSULA 61 – VIGÊNCIA

A presente Convenção Coletiva de Trabalho terá vigência de 1 (um) ano, com início em 1º de maio de 2017 e término em 30 de abril de 2018, para as cláusulas de cunho econômico e de 2 (dois) anos, ou seja, de 1º de maio de 2017 a 30 de abril de 2019, para as cláusulas sociais.

A íntegra da Convenção Coletiva de Trabalho encontra-se à disposição dos interessados no site do SINDHOSP, www.fehoesp360.org.br/sindicato/sindhosp, ícone jurídico/convenções coletivas.

 

São Paulo, 16 de maio de 2017

Yussif Ali Mere Junior

Presidente

 

Base Territorial: Avilândia, Anhuma, Apiaí, Barra do Turvo, Barra do Chapéu, Bom Jesus dos Perdões, Bom Sucesso do Itararé, Borá, Caieiras, Campos Novos Paulista, Capão Bonito, Chavantes, Claraval, Cruzália, Ferraz de Vasconcelos, Florínea, Franco da Rocha, Guapiara, Iepê, Iporanga, Itaberaba, Itaoca, Itapirapua, João Ramalho, Lupércio, Lutécia, Maracaí, Nazaré Paulista, Nova Campina, Ocauçú, Oscar Bressane, Pedra Bela, Pirapora do Bom Jesus, Platina, Poá, Ribeira, São Paulo, São Pedro do Turvo, Ribeirão Branco, Ribeirão Grande, Taubaté, Timburi, Ubirajara

 

 

Relação com os pacientes é fundamental para performance

A relação médico-paciente vem sendo resgatada ao longo dos anos. É por meio dela que hospitais e clínicas podem obter aprendizados para sua gestão e seus processos produtivos. E tudo começa na preparação dos colaboradores para receber todos os públicos que acessam os estabelecimentos.

"Engajar colaboradores é fundamental. Toda a equipe, dos gestores à linha de frente, precisam entender que só existimos porque existem pacientes", afirmou Kelly Rodrigues, sócia-diretora da Patient Centricity Consulting durante o módulo "Você no lugar do seu cliente", realizado no 12º Congresso Brasileiro de Gestão em Clínicas de Serviços de Saúde do IEPAS na Feira Hospitalar.

Maria Alice Rocha, superintendente de pessoas do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, corrobora essa visão. Para ela, toda a energia empregada com determinação em torno do paciente dá trabalho, mas funciona. "Investindo na cultura do hospital, que deve vir de dentro para fora, é possível estar preparado para atender os mais diversos tipos de públicos. Uma das ferramentas que auxilia muito na construção desse processo é a jornada do paciente, porque ela nos permite ver os problemas com a visão de quem realmente usa os serviços", ressaltou.

Daniela Camarinha, sócia-diretora da You Care Gestão-Marketing Saúde, e Marcio Ciamponi, diretor da MC Consultoria em Saúde, atuaram como coordenadores do debate.

 

 

Por Eleni Trindade

Foto: Leandro Godoi

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