Como melhorar a gestão na saúde pública e privada a ponto de criar mode-los ideais de trabalho e melhorias no atendimento ao paciente? Este foi o objetivo do Qualihosp – Seminário Internacional de Qualidade em Serviços e Sistemas de Saúde – 2014, que aconteceu em 14 de abril no auditório Itaú da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Realizado pela FGV EAESP GV Saúde, o evento teve duas mesas de debate, uma conferência e um talk show deba-tendo o tema. A opinião era a mesma entre todos os participantes: a saúde vive hoje um caos em sua gestão e está cada vez mais difícil encontrar pro-fissionais qualificados para gerir o setor.
O ponto chave discutido pelos palestrantes foi a falta de avanços da área, que segue ainda regras e padrões do século XX e vem condensando regras e procedimentos.
Os convidados internacionais do evento, Felix Hector Rígoli, gerente da Área de Sistemas de Saúde e Coordenador da Unidade Técnica de Recursos Hu-manos da OPAS/OMS, e José Luís Castanheira dos Santos, professor de saúde pública pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Lis-boa, elogiaram o Sistema Único de Saúde (SUS), afirmando que o modelo criado é um do melhores do mundo, no entanto, com as gestões falhas, poucos são os pontos positivos a serem comentados.
“O mais importante da criação do SUS no Brasil é essa universalização, vista em pouquíssimos países do mundo, com o objetivo de sanar a necessidade coletiva do povo quanto as serviços prestados. Porém, não vemos as coisas funcionando corretamente. Reclamam de investimentos, de falta de profissionais, mas o que está sendo feito para colocar o modelo do papel em prática?”, questionou Rígoli. Castanheira complementou: “O Brasil precisa se organizar e aceitar a ideia de que a resposta à sociedade também deve ser universal e chegar a todos, independente de quem sejam e de aonde estejam. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) prega que o mundo deve ter cobertura de saúde, então temos de ser cada vez mais universais”.
Fechando o dia, o talk show “Hospital do Século XXI” debateu as tecnologias recentes, avanços e problemas na gestão hospitalar que se estendem ao longo dos anos. Um coquetel para networking foi realizado após o fim do evento.
A cobertura completa do evento você confere na próxima edição do Jornal do SINDHOSP.