O terceiro e penúltimo dia da Hospitalar 2015 contou com o Fórum Instituto de Tecnologia de Software (ITS), que teve por tema “O Papel do Empreendedorismo e o Futuro da Saúde no Brasil”. A abertura ficou por conta de Luiz Fernando Lima Reis, superintendente de pesquisa do Hospital Sírio-Libanês. Ele contou sobre uma experiência recente que o Hospital realizou, que é o Centro de Inovação do Colaborador. “Em menos de 60 dias os funcionários já sugeriram 96 ideias, e quatro já foram aprovadas”, comemora. Reis explica que a iniciativa está numa plataforma gamificada na intranet do hospital.
Em seguida teve vez a mesa interativa “Diálogo entre os Palestrantes sobre o papel do empreendedorismo e a contribuição das Startups e Pequenas e Médias Empresas”. Antônio Carlos Endrigo, diretor de Tecnologia da Informação da Associação Paulista de Medicina, falou sobre sua experiência como sócio-fundador da Dativa, empresa pioneira na transmissão eletrônica de dados de saúde.
Endrigo chamou a atenção para a dificuldade de conseguir investimentos no Brasil, já que a cultura aqui é apostar em empresas com pouca possibilidade de risco. “No exterior vemos projetos sem receita, mas que fazem sentido e os investidores apostam. O WhatsApp, por exemplo, não tinha um plano de negócios no início, ninguém sabia como ele daria retorno”, afirmou. O empresário Índio Brasileiro lembrou que “capital de risco não é capital de desperdício”, e que no Brasil “é muito difícil um fundo investir em uma empresa com menos de três ou quatro anos”.
Eliezer Machado Dias, da ColOff Industrial, empresa que criou revestimento de assento sanitário criado especialmente para coleta de fezes, afirmou que “fundos [de investimento] no Brasil querem baixo risco e alto retorno”.
Em seguida começaram as apresentações de soluções inovadoras aplicadas ao setor de saúde. Bruno Aragão Rocha, da 3Dux, falou sobre a solução de aplicar tecnologia de impressão 3D na medicina. “A gente extrai informações de exames radiológicos e transforma isso numa peça real, para o médico planejar a cirurgia”, explicou. Rocha apresentou um case no qual um médico recebeu uma réplica de um fêmur com má-formação e pode simular a cirurgia antes de realizá-la. O empresário afirmou que os próximos passos da empresa é focar no design de próteses e materiais implantáveis personalizados.
Luiz Gustavo Kiatake, da E-Val Tecnologia, explicou sobre sua solução para análise de dados focando na saúde preventiva. Ele afirmou que em uma operadora de saúde obteve redução de 52% no custo de uso do sistema de saúde para pessoas acima de 70 anos na linha de cuidados de cardiológicos. “A intenção é evitar que o beneficiário seja internado”.
Alexandre Jacobi, da E-Med, apresentou o Sistema de Gestão de Clínicas Médicas, uma solução com foco na mobilidade que fica 100% na nuvem. “Um website com agendamento de consultas pode aumentar em até 50% o numero de pacientes do consultório”, afirmou. Já Marcos Trinca, diretor de tecnologia da MedRecords, também falou sobre seu sistema, e destacou as seguintes características: permite customização da tela; chat entre médico e secretária; dados criptografados; assinatura digital com eCPF; aplicativo para os pacientes; e confirmação de consultas automatizada e gratuita.
Renato Dezidério, da Synapsystem, apesentou sua solução que tem foco na saúde do hospital, que visa diminuir a quantidade de glosas, que já é utilizado pelo Hospital Albert Einstein.
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