Ações do SINDHOSP freiam aumento do PIS/Cofins

Proposta do governo elevava a alíquota do setor saúde de 3,65% para 9,25%

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Preocupado com um aumento de carga tributária para as empresas de saúde frente à proposta do governo de alterar o PIS/Cofins, o SINDHOSP mobilizou a FEHOESP (entidade de segundo grau de representação) e, juntos, promoveram ampla mobilização no Congresso Nacional no ano passado. Visitas à Câmara dos Deputados e Senado Federal, além da participação em movimentos como o “Contra Mais Impostos”, foram fundamentais para que o aumento do PIS/Cofins não ocorresse.

“A proposta aumentaria o custo das empresas no cumprimento das obrigações acessórias, a lucratividade cairia e poderia haver desemprego no setor. É importante frisar que, apesar da crise econômica, o setor de saúde foi o único que manteve o ritmo de contratações”, lembra o presidente do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Jr. Cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), contratado pelo SINDHOSP, mostravam que empresas prestadoras de serviços, como as de saúde, teriam sua tributação elevada em 5 pontos percentuais e que elas responderiam pelo pagamento de aproximadamente R$ 50 bilhões a mais em impostos. “Agimos rapidamente para conter essa proposta. Tivemos êxito até o momento, mas estamos atentos à reforma tributária que será apresentada pelo governo Bolsonaro. A saúde não pode arcar com mais impostos”, defende o presidente do SINDHOSP.

O fato

Em maio de 2018, o Ministério da Fazenda noticiou que enviaria ao Congresso Nacional uma proposta de simplificação do PIS/Cofins. A maioria das empresas do setor de saúde paga 3,65% de alíquota do PIS/Cofins, no regime chamado cumulativo. Pela proposta do governo, a saúde – assim como a maioria das empresas do setor de serviços – migraria para uma alíquota maior, de 9,25%, no regime não cumulativo. Nesta modalidade, haveria um sistema de compensação de créditos de imposto já pago em insumos e matérias primas. No entanto, como na saúde a principal despesa é a mão de obra, essa compensação praticamente não existiria. “São ações como essa, contra o aumento de impostos, que mostram a importância de fazer parte de um sindicato forte e atuante”, afirma Yussif Ali Mere Jr.

 

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