Sindhosp

Giuliano Agmont

Erros e indenizações no desligamento de colaboradores

O SindEduca, canal de educação do SindHosp, realizou mais uma edição do Workshop da Saúde, exclusivo para associados e parceiros. Com uma hora e meia de duração, o encontro on-line abordou o tema “Desligamentos e justa causa: como evitar erros e indenizações”, apresentado pela advogada Daniela de Andrade Bernardo, coordenadora de Relações Trabalhistas e Sindicais da FESAÚDE, e mediado pela diretora executiva do SindHosp, Larissa Eloi.

O objetivo foi apresentar orientações práticas e jurídicas sobre os procedimentos corretos em desligamentos por justa causa no setor da saúde, destacando os cuidados formais, a documentação necessária e os erros mais comuns que levam à reversão da penalidade na Justiça do Trabalho.

A palestrante Daniela de Andrade Bernado detalhou aspectos técnicos da legislação trabalhista que caracterizam ou não demissões com justa causa. No final, Larissa Eloi abriu o evento para perguntas dos participantes, que puderam esclarecer questões de seus próprios negócios.

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Próximos eventos

Data: 17/JUL
WORKSHOP DA SAÚDE
Gestão Trabalhista na Saúde: Jornadas de Trabalho, Ausências e Banco de Horas Sem Erros
Horário: das 15h às 16h30
Duração: 01h30
Exclusivo para contribuintes e associados

Data: 24/JUL
WORKSHOP DA SAÚDE
Saiba como a Inteligência Artificial pode ajudar na Redução de Glosas
Horário: das 15h às 16h30
Duração: 1h30
Aberto a todos os representados

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‘Somos prestadora de assistência médica, não seguradora financeira’, diz presidente da Amil

A trajetória do presidente da Amil mostra a relação íntima que o empresário José Seripieri Filho tem com a luta por sobrevivência. Acometido por gagueira crônica, começou na área da saúde vendendo planos da Golden Cross porta a porta. Antes disso, para pagar o cursinho, era sacoleiro, vendendo produtos comprados no Paraguai para os demais vestibulandos. “Eu era muito gago, não conseguia vender por telefone. Decidi ir para a rua”, contou Júnior, como é mais conhecido, ao videocast Papo da Saúde, no estúdio montado no estande do SindHops/FESAÚDE durante a Hospitalar 2025. “Bati recorde de vendas dois meses seguidos. Um dia, vi lá a associação de delegados. O primeiro contrato com essa associação, que daria origem à Qualicorp, foi assinado em 1987”. Clique aqui e assista à íntegra da entrevista.

 

 

Durante a entrevista, concedida a Francisco Balestrin, presidente do SindHosp/FESAÚDE, Júnior contou que comprou a Amil do grupo UHG como um “pacote fechado”, sem uma auditoria sequer, nem vistoria. “Dede 2018, demonstrava interesse em comprar Amil. Em 2023, pedi uma reunião e perguntei: ‘Quanto a questão cronológica é imprescindível para vocês?’. ‘Totalmente’, ele respondeu, me dizendo que queria zerar a operação até 31 de dezembro. Peguei as chaves no dia 6 de fevereiro de 2024 sem saber exatamente o que encontraria. Outros interessados no negócio não teriam a agilidade para fazer a oferta que fiz”, contou Serpieri.

 

Sobrevivência e perseverança

 

No bate-papo, Júnior sempre se preocupou em demonstrar dois dos predicados que o tornaram o empresário que é hoje: humildade e perseverança. “Errei mais do que acertei, mas a perseverança foi maior. De tanto cair e levantar, uma hora dá certo. A história da Qualicorp sempre se pautou pelo medo de não sobreviver. Foi nossa motivação também na Amil , de certa forma. O plano era não morrer no primeiro ano e saímos de um caixa negativo em mais de 2,3 bilhões de reais para um caixa positivo em 700 mil reais, e estamos só comendo a escalada da montanha”.

 

 

Para o futuro, Júnior pretende que a Amil seja uma empresa prestadora de assistência médica, não uma seguradora financeira. “Não quero receber prêmio e pagar sinistro. Quero que seja uma empresa de gente para gente, fazendo o que tiver de ser feito, independentemente dos custos, sem fabricar tratamentos para faturar mais”, acrescentou o entrevistado.

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‘O foco agora é em saúde digital e gestão da inovação’, diz Luiz Messina

O videocast Papo da Saúde recebeu o engenheiro eletrônico Luiz Ary Messina, referência nacional em inovação na saúde, que falou sobre os rumos da telessaúde e da telemedicina no Brasil e no mundo. Em entrevista a Francisco Balestrin, presidente da FESAÚDE e do SindHosp, o coordenador nacional da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), iniciativa vinculada à Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), deu mais detalhes sobre a infraestrutura de conectividade e colaboração para instituições de ensino e pesquisa voltada à área da saúde no país. Para assistir à íntegra do bate-papo, clique aqui.

 

Rede com 140 hospitais

 

Formado pela Universidade de Brasília, com mestrado em Engenharia da Computação na Unicamp e doutorado em Computação Gráfica na Technische Universitaet Darmstadt da Alemanha, onde permaneceu por dez anos como professor assistente, Luiz Messina começou o trabalho que culminaria na formação da RUTE em seu estado natal, o Espírito Santo. “Implantamos em clínicas e hospitais de lá um sistema de gestão hospitalar com foco no faturamento, um módulo preciso, o que nos permitiu conhecer bem as áreas hospitalares, incluindo farmácia, fracionamento de medicamentos, controle de estoque e o então incipiente prontuário eletrônico”, lembrou Messina.

 

 

O sucesso dessa experiência abriu caminho para o surgimento de uma iniciativa mais ambiciosa, criar um projeto de telemedicina no Brasil, ainda nos anos 2000, portanto, há mais de 20 anos. “Assim nasceu a RUTE, hoje uma rede que interliga 140 hospitais universitários e de ensino, onde existem espaços colaborativos voltados aos chamados Grupos de Interesse Especial (SIG, na sigla em inglês)”, revelou Messina, que coordena a RUTE. “Desde então, temos 40 a 50 grupos do tipo SIG todos os anos, com estrutura para discutir diariamente e de forma científica questões voltadas a áreas como Cardiologia, Urologia, Saúde de Criança e Adolescente, Saúde Indígena e assim por diante. Durante a pandemia, rapidamente, criamos um SIG Covid, que realizava sessões semanais com palestrantes do mundo todo”.

 

SUS Digital

 

O entrevistado do Papo da Saúde informou que seu objetivo atual é ampliar a atuação da RNP na área de saúde. “Temos o SUS Digital, com a inauguração do laboratório Inova SUS Digital, e a inteligência artificial. Essa área vai crescer com tantos avanços. Estamos trabalhando para mostrar a importância das aplicações digitais na área da saúde”, acrescentou Luiz Messina. “Depois da pandemia, houve um entendimento de que a prática da assistência remota é importante e vai acontecer cada vez mais. O momento agora é de todas as universidades, todos os institutos de pesquisa, aderirem mais à saúde digital, também na assistência, com enfoque na gestão e, em particular, na gestão da inovação que é um ponto fundamental na área da saúde”.

Luiz Messina também falou da expansão da conectividade da RUTE na América Latina, com a adesão de outros países. Também destacou o trabalho para o crescimento desse conectividade junto a demais países de língua portuguesa. “O Projeto Genoma, que faz parte da rede e-Ciência da RNP, já tem demandado capacidade de transmissão de dados de 100 a 200 gigabytes. Assim como temos um cabo de fibra ótica submarino ligando a África às Américas e anéis integrando redes metropolitanas no Brasil. Há um trabalho integrado para ampliar a conectividade entre instituições de ensino e pesquisa na área da saúde em todos os níveis”, disse Messina.

 

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Os desafios logísticos para manter a temperatura de medicamentos

Manter os medicamentos acondicionados em temperatura correta durante o seu transporte da linha de produção até o leito dos pacientes representa um desafio logístico para o setor da saúde. Em nova edição do WorkCafé, o SindHosp tratou do tema “Cadeia Fria Inteligente na Logística Hospitalar: Protegendo Vidas com Qualidade e Eficiência”.

Durante cerca de duas horas, os convidados apresentaram boas práticas e soluções para o transporte de cadeia fria, armazenamento e manuseio de insumos hospitalares e reagentes sensíveis à temperatura. O debate abordou os desafios e as inovações necessárias para o controle de temperatura de produtos médicos. Clique aqui e assista à íntegra do evento.

 

Fotos: Divulgação / Gerson Areias

 

Na pista do aeroporto

 

O diretor de Relações Institucionais da AGL Cargo, Jackson Campos, abriu o Work Café com a palestra “Cadeia Fria na Logística Hospitalar: Garantindo Competitividade sem perder a Qualidade”. “O principal risco de quebra da cadeia fria acontece no aeroporto, onde a carga fica literalmente na pista depois de ser desembarcada do avião”, explicou Campos. “Dentro do avião, o piloto controla a temperatura dos porões de carga. Antes ou depois do desembarque, para garantir que a carga permaneça acondicionada em temperatura correta, usamos embalagens especiais. Garantir a integridade dos produtos médicos durante todo o trajeto é crucial para a sustentabilidade de todo o ecossistema da saúde”.

 

 

O evento apresentou diversas soluções tecnológicas para o controle térmico. Embalagens ativas, com controle e monitoramento de temperatura, e passivas, com proteção física, incluindo aquelas refrigeradas com hidrogênio líquido, representam soluções essenciais no transporte de medicamentos, uma vez que a regulamentação exige controle de temperatura para todos os produtos farmacêuticos acabados. “Hoje em dia, além dos fabricantes, os provedores de logísticas têm corresponsabilidade pela integridade dos medicamentos”, explicou Jackson Campos, da AGL Cargo, chamando a atenção para a importância da certificação de boas práticas de distribuição (GDP, na sigla em inglês) e de sistemas de gestão de qualidade com rastreamento em tempo real.

 

Câmara fria própria

 

Na segunda etapa do WorkCafé, os convidados participaram da roda de conversa “Logística Internacional de Cadeia Fria – O Equilíbrio entre Economia e Segurança do Paciente”. Integraram a mesa, que teve moderação de Larissa Eloi, diretora-executiva do SindHosp, Gustavo Taboas, CPO-VP e diretor-executivo de Compras, Suprimentos e Logística Corporativo do Hospital Albert Einstein; Pedro Hanzava, CFO da Spectrun Bio; e Jackson Campos, diretor de Relações Institucionais da AGL Cargo.

“A cadeia fria faz parte do que chamamos de ‘coração invisível’ da saúde, que é todo o processo que está por trás do funcionamento de hospitais, laboratórios e clínicas. A cadeia de suprimentos reforça o cuidado que existe com o paciente, daí a existência de relações movidas pela confiança”, abriu o debate Larissa Eloi, do SindHosp.

 

 

Gustavo Taboas lembrou que o hospital Albert Einsten gerencia diversas unidades, próprias e públicas, em todo o Brasil. “O abastecimento desta rede é complexo, pois inclui processos logísticos com materiais que exigem controle de temperatura, como vacinas, imunobiológicos e medicamentos. A tratativa da temperatura é crítica”, destacou o executivo. “Temos um centro logístico com câmara fria onde armazenamentos tudo antes de distribuir para nossas unidades. Investimos também em rastreabilidade e monitoramento da temperatura de embalagens, podendo rastrear e segregar itens em caso de necessidade. Parece caro, mas as perdas podem custar bem mais. Além disso, com nosso centro, conseguimos regular estoques, algo imprescindível em momentos de crise de abastecimento”.

 

Prazo de validade

 

Pedro Hanzava, da Spectrun Bio, destacou que houve um aumento de 15% do custo de transporte aéreo internacional. “Para atenuar o repasse desses custos, precisamos alinhar a compra e a revenda dos produtos, aproveitando melhor os contêineres”, explicou Hanzava. “Uma questão sensível passa pelo prazo de validade dos produtos, considerando situações fora do nosso controle, como uma inspeção extraordinária da Anvisa, por exemplo. Para isso, temos uma câmara fria e mantemos ‘gorduras’ em estoque, atendendo clientes que estão rodando produtos ou apresentam demandas de última hora”.

 

 

No debate, os participantes reforçaram a relevância da parceria com especialistas em logística. Segundo eles, essa colaboração assegura a entrega eficiente e segura de suprimentos médicos sensíveis, sobretudo medicamentos oncológicos de alto custo e materiais biológicos. Pontuaram, ainda, que cadeias frias robustas são pilares estratégicos de uma saúde global, uma vez que a cadeia de suprimentos garante a integridade dos produtos. Além disso, enfatizaram o impacto da tecnologia na otimização dos processos, concordando que a inovação tecnológica é vital para superar os desafios logísticos.

 

 

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Nova lei institui Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental

A lei que institui a Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental entra em vigor neste próximo mês de agosto com impacto nas redes pública e privada de saúde. O objetivo da nova legislação é garantir tratamento humano a mulheres e famílias que enfrentam a perda de um filho durante a gestação, no parto ou logo após o nascimento. Leia aqui a íntegra da nova lei.

Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a legislação também altera a Lei dos Registros Públicos para dispor sobre o registro de crianças nascidas mortas. A política prevê que os serviços de saúde e assistência social ofereçam suporte digno e equitativo. Isso inclui o acesso integral a serviços públicos e a descentralização das ações em todo o país.

A responsabilidade pela implementação é da União, estados e municípios, além do Distrito Federal. Eles devem capacitar profissionais, reorientar atendimentos, priorizar ações em planos de saúde e fomentar pesquisas.

Para hospitais e profissionais de saúde, a lei significa a necessidade de adaptar protocolos e investir na capacitação das equipes. O foco é um atendimento mais sensível e adequado às necessidades emocionais de quem vive o luto. A expectativa é que a medida proporcione um apoio mais estruturado e humano em momentos de fragilidade extrema para as famílias.

 

Principais objetivos e diretrizes

 

  • Garantia de tratamento humano: Foco na sensibilidade e respeito às necessidades das famílias em um momento de extrema fragilidade.
  • Acesso integral e equitativo: Assegurar que os serviços de saúde e políticas públicas sejam acessíveis a todos, sem distinção.
  • Oferta de serviços públicos: Disponibilização de suporte e recursos para auxiliar no processo de luto.
  • Descentralização das ações: Promover a distribuição dos serviços em diferentes níveis da federação para maior abrangência e eficácia.

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Diretora da Dasa, Cláudia Cohn é a nova conselheira do SindHosp

Com sólida trajetória na área da saúde, Cláudia Cohn, diretora-executiva da Dasa, é a nova conselheira do SindHosp. O presidente do Conselho de Administração do Sindicato, Francisco Balestrin, destaca a forte atuação de Cláudia Cohn no segmento de medicina diagnóstica. “Ela traz uma visão estratégica e inovadora que enriquecerá os debates da nossa entidade”, acrescentou Balestrin. “A Claudia chega para somar com energia e ideias novas”.

Com ampla experiência em relações institucionais na área da saude, Cláudia Cohn é conselheira também do Colégio Brasileiro de Executivos em Saúde (CBEXS) e vice-presidente do Instituto Coalizão Saúde (ICOS).

Eleita uma das mais admiradas líderes da saúde no Brasil por três vezes, a nova conselheira do SindHosp pela Dasa acumula a gestão de operações diagnósticas de laboratórios em mais de 150 hospitais no território nacional.

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Nem CLT, nem PJ: na gestão compartilhada, os médicos são sócios

O SindHosp sediou mais uma edição do seu já tradicional WorkCafé. Realizado em parceria com o Grupo DOC, o evento tratou do tema “Gestão Médica Compartilhada”.  O conselheiro do SindHosp Antonio Carlos Endrigo abriu a apresentação. “Absorver a grande quantidade de médicos que se formam todos os anos é um grande desafio”, pontuou. Ainda na abertura, José Henrique Floriano, sócio-fundador do Grupo DOC, falou dos desafios pós-pandemia na área da saúde e da importância de se investir em acreditação: “Temos de equilibrar bom atendimento com eficiência. Temos um modelo de gestão médica compartilhada que trabalha com dados e tecnologia, mudando processos internos. Estamos em vias de obter uma acreditação internacional”. Para assistir à integra do WorkCafé, clique aqui.

 

 

Engajamento médico

 

Em uma segunda etapa do WorkCafé, o geriatra Virgílio da Rocha Olsen, superintendente médico do Grupo DOC, ministrou a palestra “Políticas de Valorização Médica: Como Engajar o Corpo Clínico e Fortalecer seu Papel Estratégico”. Ele destacou o que chamou de “revolução da longevidade”, que vem mudando os ciclos de vida das pessoas, sem pontos de intersecção claros. “Hoje muitas pessoas decidem refazer a vida aos 50 anos de idade. Além disso, o turnover das empresas beira os 50%, é preciso estratégia para reter talentos”, destacou. “O desafio do engajamento está posto. Boa parte das pessoas não quer estar onde está, muitas vezes procurando emprego”.

 

 

Durante a palestra, Virgílio Olsen lembrou que a questão do engajamento também envolve os médicos. “Sim, eles sofrem burnout, e muitos pensam em largar a medicina”, enfatizou o executivo. “O que as lideranças de hospitais nem sempre consideram é que existe uma relação entre engajamento médico e mortalidade. Quanto mais engajamento, menos turnover e menos mortalidade”. Segundo ele, um médico se engaja por motivos que passam por propósito, interesse próprio, reputação e tradição.

“Os médicos estudam demais para se contentarem em ser preenchedores de escala”, acrescentou Virgílio Olsen. “Os hospitais precisam de equipes fortes e coesas para ter melhores resultados, se possível, buscando uma medicina baseada em valor, com melhores desfechos e experiência do paciente, sem desperdícios”.

 

Sócio, não empregado disfarçado

 

Após a palestra, o WorkCafé contou com a roda de conversa “Gestão Médica compartilhada – O diferencial estratégico para impulsionar a performance hospitalar”. Moderada por Larissa Eloi, CEO do SindHosp/FESAÚDE-SP, o bate-papo contou com a presença de Ana Carolina Martins Costa Juliano, diretora médica do Hospital Leforte Liberdade, e Carlos Arilton Silva de Oliveira, diretor jurídico do Grupo DOC, além de Virgílio Olsen. “A saúde requer um novo pensar, um olhar ampliado, precisamos de mais especialistas em pessoas”, provocou Larissa Eloi.

 

 

Ana Carolina, do Lefort Liberdade, que destacou a nova Rede Américas, uma joint venture entre Amil e Dasa, revelou que seu grande desafio está no pronto socorro. “Estamos aprimorando a gestão do pronto socorro. Hoje, o grupo considera levar a nossa avaliação de desempenho de corpo clínico para outras áreas”, contou a diretora médica.

O diretor jurídico Carlos Arilton do Grupo DOC explicou o modelo de gestão médica compartilhada. “Os médicos são sócios. Ou seja, a relação não é trabalhista, como acontece no PJ individualizado ou na CLT. O desafio é dar garantias e cuidados para que o médico se sinta realmente sócio, não um empregado disfarçado”, explicou Arilton. “Para isso, dependemos de uma governança sólida e compliance, com boas práticas, para evitar riscos trabalhistas. No grupo, temos dois mil sócios”.

 

Fotos: Divulgação / Gerson Areias

 

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ANS abre inscrição para Programa de Monitoramento da Qualidade Hospitalar na Saúde Suplementar

Ofício-Circular nº: 3/2025/CEIQP/GEIQP/DIRAD-DIDES/DIDES

 

Aos Senhores Representantes de Entidades Representativas do Setor da Saúde Suplementar

 

Assunto: Divulgação do Edital de Inscrições para participação no Programa de Monitoramento da Qualidade Hospitalar na Saúde Suplementar – Ciclo 2025.

 

Prezado(a) Senhor(a) Representante,

 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS desenvolve o Programa de Monitoramento da Qualidade Hospitalar (PM-QUALISS Hospitalar), que tem como objetivo monitorar, avaliar e divulgar o desempenho dos prestadores de serviços hospitalares que atuam na saúde suplementar por meio de indicadores de qualidade.

O Programa busca reduzir a assimetria de informação, permitindo aos beneficiários acesso a parâmetros de qualidade dos prestadores hospitalares; aumentando a transparência sobre o desempenho assistencial dos hospitais participantes; e promovendo uma uma cultura de avaliação e divulgação do desempenho dos prestadores de serviços de saúde no setor suplementar.

Os hospitais reportam, de forma voluntária, os dados dos indicadores do painel geral do SIHOSP, de acordo com o preconizado em suas fichas técnicas, disponibilizadas no portal eletrônico da ANS em Indicadores – Painel Geral .

Os dados dos indicadores são reportados pelos hospitais por meio do Sistema de Indicadores Hospitalares – SIHOSP. Este sistema permite que os hospitais monitorem e avaliem dos seus resultados mensalmente, possibilitando uma melhor gestão interna por meio da comparabilidade com a média dos participantes, com a média dos hospitais de excelência e com a meta proposta pela literatura.

Nesse sentido, a ANS solicita, com muita satisfação, o apoio de sua Entidade para divulgar o convite aos Hospitais Gerais da saúde suplementar que apresentam certificado de acreditação ou certificação de qualidade em saúde, emitido por entidades acreditadoras em saúde, participantes do QUALISS, reconhecidas pela The International Society For Quality (ISQUA).

As inscrições para novos hospitais estão abertas até o dia 30/05/2025, por meio do Edital disponível no Portal da ANS em Edital_PMQUALISS_2025_r04.pdf (www.gov.br).  A ANS publicou uma noticia sobre a abertura do Edital em seu Portal Institucional. Caso desejem, podem utilizá-la para auxiliar na divulgação interna: Notícias Edital 2025 PM Qualiss Hospitalar

A lista dos Hospitais que já ingressaram no Programa pode ser consultada no Portal da ANS em Participantes.

Para mais informações sobre o Programa de Monitoramento da Qualidade Hospitalar da ANS, acesse: Monitoramento da Qualidade Hospitalar — Agência Nacional de Saúde Suplementar (www.gov.br)

Agradecemos antecipadamente pela colaboração e esperamos contar com o apoio de sua Entidade na divulgação deste Edital, contribuindo para a melhoria da qualidade da assistência hospitalar no Brasil. Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais, por meio do e-mail: monitoramento.qualidade@ans.gov.br.

 

Cordialmente,

 

Maurício Nunes da Silva
Diretor de Desenvolvimento Setorial

 

Raquel Medeiros Lisboa
Gerente de Estímulo à Inovação e Avaliação da Qualidade dos Prestadores de Serviço

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‘Paciente bem cuidado é menos oneroso’, diz presidente da Unidas  

O videocast Papo da Saúde recebeu Mário Jorge Vital, que assumiu no início deste ano de 2025 a presidência da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), associação das operadoras de autogestão responsáveis pela saúde de mais de 4 milhões de brasileiros. Com 27 anos de atuação na Caixa de Assistência (Cassis) e formação na área contábil, o paraibano Mário Jorge conversou com Francisco Balestrin, presidente do SindHosp/FESAÚDE-SP e vice-presidente da CNSaúde, e falou sobre os desafios da Saúde Suplementar do ponto de vista das instituições de autogestão. Clique aqui, para assistir à íntegra da entrevista.

 

Qualidade assistencial e gestão financeira

 

Segundo Mário Jorge, as instituições de autogestão são entidades sem fins lucrativos, que cumprem uma função social, mas dependem de superávit para manter sua sustentabilidade econômico-financeira. “As instituições de autogestão começaram a surgir nas décadas de 1950 e 1960 e foram se estruturando a partir das necessidades e das demandas dos usuários, tendo a solidariedade como princípio básico. Só vamos trazer sustentabilidade quando todo o sistema for centrado no paciente, no beneficiário”, defendeu o presidente da Unidas, que reúne mais de 100 instituições filiadas. “Precisa de um cuidado organizado e integral”.

 

 

Mário Jorge reconhece que a autogestão depende de provimento de recursos, mesmo com foco no assistencial. “Temos uma boa gestão do econômico-financeiro justamente para reverter os recursos em qualidade de atendimento. Com uma assistência de qualidade, a gestão financeira fica menos desafiadora. Assistência e gestão financeira não são concorrentes ou paradoxais. Na verdade, um incentiva o outro, são complementares. O paciente bem cuidado é menos oneroso para a operadora de saúde”, defendeu Mário Jorge.

 

Autogestão e envelhecimento

 

O entrevistado do Papo da Saúde também defendeu menos assimetria de informações e mais compartilhamento de dados no setor, com foco em desfechos clínicos. “Este é o desafio da cadeia, sair da atual remuneração por produção e migrar para uma remuneração por resultados assistenciais”, sustentou Mário Jorge. “Temos de remunerar melhor quem cuida bem dos pacientes”.

O presidente da Unidas informou que as instituições de autogestão respondem por 9% dos usuários de hospitais, mas representam 30% das receitas desses mesmas organizações. Segundo ele, isso se dá porque as instituições de autogestão garantem a permanência dos idosos no sistema. “No Brasil, o índice de envelhecimento, que mede a relação entre maiores de 60 anos e menores de 14 anos, é de 55%. Na saúde suplementar, esse índice é superior ao da sociedade brasileira, chegando a quase 80%. Na autogestão, o índice dispara para 175%”, disse Mario Jorge. “Temos um amadurecimento da população e a autogestão já está cuidando do idoso”.

 

 

Do ponto de vista das políticas públicas, Mario Jorge acredita que o Ministério da Saúde deve capitanear uma transformação, já que a saúde suplementar faz parte do SUS. “Precisamos de mais eficiência, de interoperabilidade, de prontuários únicos, com todos os cuidados necessários para esse processo. A fragmentação do cuidado traz desperdício”, acredita Jorge.

 

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WorkCafé discute como reduzir desperdícios com glosas de OPMEs

Um debate necessário para o ecossistema da Saúde Suplementar. Com o tema “Gestão Estratégica de OPMEs – Maximizar Receita e Reduzir Perdas”, o SindHosp, em parceria com a Bionexo, realizou em sua sede mais uma edição do WorkCafé, que contou com uma palestra e uma roda de conversa. No centro do debate, as glosas decorrentes da utilização de Órteses, Próteses e Materiais Especiais para procedimentos médicos, odontológicos e de reabilitação. Para assistir à íntegra do evento, que está disponível no canal oficial do SindHosp no YouTube, clique aqui.

 

Eficiência e gestão

 

A CEO do SindHosp, Larissa Eloi, abriu o WorkCafé. Segundo ela, o Brasil tem mais de 6.500 hospitais públicos e privados, que precisam seguir na mesma direção. “Os prestadores de serviço de saúde têm de investir em eficiência casada com gestão”, pontuou Larissa Eloi. “A liderança consciente, que integra eficiência, propósito e valor compartilhado para a gestão, é a grande chave para qualquer setor. Mas, para além dos processos, precisamos construir relações estratégicas e fortalecer elos, com foco na colaboração”.

 

 

Rodrigo Romero, vice-presidente de Growth na Bionexo, também falou da importância de levar para os hospitais eficiência, transparência e inteligência, fazendo o melhor ciclo de compra. “Estamos completando 25 anos de existência, trabalhando com 75% dos hospitais brasileiros. Essa experiência nos mostrou que, para diminuir a glosa com OPME, os hospitais precisam fechar o faturamento com mais eficiência, utilizando um sistema robusto e integrado e mecanismo com inteligência artificial embutida”, destacou Romero. “Não é só comprar materiais OPME, tem toda a gestão, desde a pré-compra. É preciso unir o ciclo de suprimento com o clico de receita, reduzindo drasticamente a chance de glosa”.

 

Glosas e OPME

 

Na segunda etapa do WorkCafé, subiram ao palco do auditório do SindHosp Roberta Navarro e Caroline de Paula, ambas diretoras da DPN, uma consultoria de nicho OPME. Elas ministraram a palestra “Glosas – entenda como garantir a conformidade e eficiência na Gestão de OPMEs”. Segundo Roberta Navarro, existem diversos tipos de operadoras. “Temos administradora de benefícios (como a Qualicorp), autogestão (como Cabesp e Fundação CESP), cooperativa médica (as Unimeds), filantropia (os planos associados a Santas Casas), medicina de grupo (caso da Hapvida) e seguradora (Sulamérica e Bradesco), que possuem modelos de gestão de capital diferentes”, elencou Navarro. “Os hospitais dispõem de ferramentas de análise de mercado para lidar com as operadoras, incluindo o IDSS, que é um índice de desenvolvimento, e o painel econômico-financeiro, um BI (Business Intelligence), com o resultado líquido das operadoras, que chegou a 11 bilhões de reais em 2024, além da sala de situação da ANS”.

 

 

Caroline de Paula, que é diretora técnica e especialista em OPME na DPN Consultoria, citou uma pesquisa com 85 hospitais, que mostrou que a soma dos pagamentos retidos pelas operadoras por glosa em 2024 somou R$ 5,8 bilhões, ou seja, mais de 15% da receita dos hospital foi glosada. “O impressionante é que menos de 2% das contas glosadas tinham justificativa e foram mantidas”, revelou de Paula. “Os três principais motivos de glosa em 2024 foram OPME inválido, valor apresentado a maior e material inválido. Os hospitais não podem confundir TISS e TUSS. Existem protocolos, guias e tabelas para garantir a conformidade das informações”.

 

Custos invisíveis

 

Na terceira etapa do WorkCafé, houve a Roda de Conversa “Gestão de OPMEs – Como Organizar Dados e Padronizar Informações para Evitar Erros e Glosas”, moderado por Carlos Oyama, coordenador Grupo Técnico de Suprimentos SindHosp. Segundo ele, os materiais OPME representam o principal ponto de discórdia entre prestador de serviço e operadoras. “Glosas são motivadas pela falta de entendimento na utilização de OPMEs, que não são tão representativos em termos de valores, mas são muito representativos em termos de receita. Os hospitais têm de estar atentos aos custos invisíveis, não podem se acostumar com o desperdício”.

 

 

Alexandre Almeida, especialista de Produtos na Bionexo, lembrou que a glosa ocorre no final do processo, mas o problema, muitas vezes, está no começo. “Ela acontece porque o processo se inicia de forma errada. Os custos invisíveis envolvem todos, tanto da área assistencial como administrativa. É preciso um processo integrado, com protocolos, desde a solicitação até o faturamento, com material previamente autorizado, tudo precificado e codificado corretamente, evitando turbulências futuras”, sustentou Almeida.

 

Parametrização e IA

 

A gerente-executiva de Supply Chain, Ana Paula Melo, contou que realizou na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo a união da cadeia de suprimentos com mais sinergia entre todas as interfaces e teve nos materiais OPME um dos principais alvos. “Montamos um núcleo de OPME, com um gerente dedicado a esse processo, olhando tanto para o mercado, os fornecedores e as operadoras como, depois, para o processo logístico e a dispensação para paciente, com interface com ciclo de receita. “Estamos colhendo frutos nos últimos dois anos, com apoio tanto da tecnologia como da revisão de processos, o que significa codificação, padronização, saneamento de cadastro e assim por diante”, informou Melo. “A solução para a questão das glosas está mais dentro de casa do que fora. Não devemos ficar esperando as operadoras mudarem o modelo de remuneração”.

 

 

Caroline de Paula, da DPN Consultoria, complementou a conversa chamando a atenção para o cadastro. “Trata-se de uma ferramenta importante na gestão de glosas, mas com pouca visibilidade no processo da maioria dos hospitais”, sustentou de Paula. “No fim, é importante costurar todas as pontas, da compra à venda. No nosso trabalho, usamos um ID para cada item e costuramos tudo conciliando as tabelas do hospital, da operadora e dos fornecedores, fazendo um ‘de/para’, parametrizando tudo”.

Para Ana Paula, da BP, a inteligência humana não é suficiente para obter a equivalência de linhas de produtos. “Precisamos de IA embarcada em um sistema robusto que substitua as planilhas de Excel”.

 

 

 

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