Giuliano Agmont

CAPE discute piso de fisioterapeutas e recebe a deputada federal Adriana Ventura

O SindHosp sediou a sétima reunião de sua Câmara de Assuntos Políticos e Estratégicos, a terceira do ano. O encontro deu aos integrantes da CAPE a oportunidade de discutir e obter uma atualização geral dos principais projetos de lei que impactam no setor de saúde nos âmbitos municipal, estadual e federal, com destaque para o PL 1731/2021, que trata do piso salarial de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. A reunião teve ainda uma convidada especial, a deputada federal Adriana Ventura, do Partido Novo, com atuação importante no setor da saúde dentro do Congresso Nacional.

Piso de fisioterapeutas

A lei que fixa o piso salarial de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais estabelece o valor para o vencimento de R$ 4.800,00 com jornada de trabalho de 30 horas semanais. O PL 1731/2021 foi aprovado na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados e está em discussão na Comissão de Finanças e Tributação.

“No dia da aprovação do parecer do projeto de lei do piso salarial dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados ficou visível a força e a união dos trabalhadores e isso pode refletir nas próximas comissões”, destacou Francine Rodrigues, especialista em Relações Governamentais e representante da Rede D’Or na CAPE.

Ainda no primeiro bloco, foram discutidas as últimas movimentações parlamentares em torno da regulamentação da Reforma Tributária, além de outros temas legislativos em curso no Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

PL dos Planos

No segundo bloco, a terceira reunião da CAPE do ano e recebeu a deputada Adriana Ventura (NOVO), presidente da Frente Parlamentar Mista da Saúde Digital e membra da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados. A convidada pôde falar sobre as perspectivas das pautas da saúde em Brasília em 2024. “Importante enfatizar a relevância da CAPE em relação ao engajamento com steakholders”, destaca o coordenador da CAPE, Inaldo Leitão. “É uma oportunidade para os integrantes da CAPE dialogarem com agentes públicos, tomadores de decisão, em um ambiente propício para troca de ideias, esclarecimentos e atualizações”.

A deputada Adriana Ventura fez uma análise completa da atuação do atual Ministério da Saúde. Também falou sobre orçamento da saúde e forneceu informações sobre pautas voltadas para o setor privado da saúde, em particular o chamado “PL dos Planos” (PL 7419/2006), um projeto de lei com mais de 100 outros projetos anexados (“apensados”) a ele, servindo em alguns casos como ferramenta de promoção eleitoral de deputados.
Uma das bandeiras de Adriana Ventura é o prontuário único eletrônico, que, embora seja um tema bem-visto pelo setor da saúde em geral, ainda encontra resistências pontuais. “Trata-se de uma pauta importante, mas que não deve ser votado este ano”, revelou a parlamentar.

A próxima reunião da CAPE acontece no dia 20 de maio, no SindHosp.

GT de Gestão de Pessoas trata dos desafios de liderança em tempos de adversidade

O Grupo Técnico de Gestão de Pessoas do SindHosp realizou neste mês de abril seu segundo encontro do ano. A reunião teve como tema “Os Desafios da Liderança em Tempos de Adversidade”. O coordenador do GT de Gestão de Pessoas, o médico Thiago Constancio, convidou o professor Fabrizio Rosso, sócio-diretor executivo da consultoria Fator RH, para falar sobre o assunto. “Tivemos uma manhã altamente produtiva e esclarecedora”, avaliou Constancio.

Para o professor Fabricio Rosso, o GT é uma iniciativa muito importante do SindHosp. “Criar um grupo técnico para falar de Recursos Humanos é fundamental e, quanto mais pessoas se somarem a esse grupo, melhor para o setor da saúde como um todo”, destacou o convidado.

Para fazer parte de um dos Grupos Técnicos do SindHosp, clique aqui.

O GT de Gestão de Pessoas se debruçou fundamentalmente sobre uma pergunta que estabelece uma correlação entre liderança e resultado: “Como desenvolver a liderança do meu hospital para que ela possa realmente fazer a diferença e entregar resultado, sobretudo em momentos difíceis?”. Segundo Rosso, não existe atalho. “O que existe é método. Sem método, o resultado é aleatório. Hoje, funciona, amanhã, não funciona”.

Método e Pessoas

O convidado do SindHosp falou da importância de se mostrar aos líderes que existem métodos de gestão, e escolher um método, seja para o RH, seja para a supervisora de enfermagem dentro do centro cirúrgico, por exemplo. “Esse é o primeiro passo para profissionalizar os resultados de que precisamos em um momento de dificuldade”, sugeriu o professor.

Na prática, enfatizou Rosso, quanto mais dificuldade um estabelecimento de saúde tem, mais líderes preparados ele precisa. “Não dá para transpor um obstáculo gigante se não aprendemos a como escalar, como superar, esse obstáculo”, ensinou o convidado do GT de Pessoas.

O professor explicou que não se pode renunciar a dois elementos em liderança: métodos e pessoas. “Se tenho método, ou seja, se tenho ferramentas de gestão, se tenho modelos de competência, se tenho avaliação de desempenho, e se tenho um olhar para pessoas, ou seja, se tenho conversas inspiradoras, se trabalho feedback, se reconheço os avanços das pessoas, eu consigo resultados de médio e longo prazos muito superiores”, destacou Fabrizio Rosso.

Em resumo, Fabrizio Rosso defende que a gestão de RH não se restrinja a 20 pessoas no setor de Recursos Humanos, mas, sim, que a gestão de RH seja realizada por 200 pessoas dentro da instituição. “Cada líder é um gestor de pessoas”, sustentou o professor.     

“Se tenho método, se tenho ferramentas de gestão, se tenho modelos de competência, se tenho avaliação de desempenho, e se tenho um olhar para pessoas, se tenho conversas inspiradoras, se trabalho feedbacks, se reconheço os avanços das pessoas, eu consigo resultados de médio e longo prazos muito superiores”

Professor Frabrizio Rosso

Ex-ministro Mandetta conta bastidores do início da pandemia na série ‘Especial – Legados na Saúde’

Dando sequência à série “Especial – Legados na Saúde” do videocast Papo da Saúde, o SindHosp recebeu o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, que ocupou a pasta da Saúde durante o início do governo Jair Bolsonaro. Conversando com o presidente do SindHosp e da Fehoesp, Francisco Balestrin, e a diretora executiva do Colégio Brasileiro de Executivos em Saúde (CEBEX), Tacyra Valois, Mandetta contou como chegaram as primeiras informações sobre o que se transformaria na pandemia de Covid-19 e descreveu a escalada da crise sanitária no mundo até chegar ao Brasil. Também falou sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e o futuro dos medicamentos, “que serão produzidos de modo personalizado, de acordo com a genética de cada”. Sobre eleições, o ex-ministro traçou alguns dos principais desafios das cidades brasileiras. Para assistir à íntegra da entrevista, clique aqui.

Filho de pai médico e mãe professora, Mandetta se tornou ortopedista pediátrico e teve contato desde cedo com associações como APAE e Pestalozze: “Criança não nasceu para ter doença, nasceu para brincar”. Iniciou sua trajetória política como presidente da Confederação Nacional das Cooperativas Médicas (Unimed) em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde nasceu. Em 2005, foi convidado para ser secretário municipal da Saúde da capital sul-mato-grossense, permanecendo no cargo até 2010. De 2011 a 2019, foi deputado federal por dois mandatos, antes de ser convidado para ser ministro. “E eu só fiz uma pergunta: ‘Posso fazer montar uma equipe técnica? Pode. Não há restrições a nomes? Não. Então tá bom’. E montei uma equipe muito, muito boa, e muito unida”.

A pandemia

À frente da pasta da Saúde em 2019, Luiz Henrique Mandetta viu de perto o surgimento da pandemia de Covid-19. “Tudo começou com um ruído, de que havia uma pneumonia na China, causando algum tipo de patologia. Só que a China não havia dito nada, enquanto discussões já aconteciam ao redor do mundo entre epidemiologistas. Então, fomos os primeiros a questionar a Organização Mundial da Saúde via e-mail sobre o que estaria ocorrendo. Com o tempo, veio a confirmação de que havia um vírus novo causando uma pneumonia atípica, uma alerta para o mundo”, revelou Mandetta. “Logo em seguida, começamos a assistir a cenas de construção de hospitais e pessoal de roupa especial retendo pessoas dentro de casa na China”.

Segundo o ex-ministro, o primeiro problema depois do agravamento da crise sanitária na China não era tanto o vírus, mas, sim, o material de atendimento hospitalar. “Nossa preocupação era com luvas, agulhas, escalpes e esparadrapos. Sem isso, não tínhamos como garantir as operações de centros cirúrgicos. Além disso, ainda havia os medicamentos. A produção estava concentrada em países como a China e a Índia, e isso foi uma grande lição para o mundo. Os sistemas de saúde foram caindo um por um. Primeiro o Irã, depois Itália, depois França, Inglaterra… Vi cenas de enfermeiras com saco de lixo na cabeça porque não havia touca nem máscaras, e pessoal de saúde se contaminando e morrendo aos borbotões”.

Mandetta diz que o Brasil enfrentou a pandemia se valendo muito do seu Sistema Único de Saúde. “Naquele momento, ficaram claras suas fortalezas e fragilidades. E o SUS mostrou ser importante para todo mundo, inclusive classe média e ricos”, destacou o ex-ministro. “Para os secretários de Saúde que vão assumir em 2025, vale a pena ficar atentos a um fenômeno que observamos durante a pandemia. Reduzimos o número de exames diagnóstico, por exemplo, mamografia. Ou seja, é de se imaginar que tenhamos aumento de casos de câncer em estágios mais adiantados, talvez já com metástase. Na prática, vale checar indicadores de próstata, risco cardiovascular e assim por diante”.

Promoção e personalização

Para além da pandemia, Mandetta falou da importância de indicadores de saúde para os futuros governos municipais. “O indicador determina onde se está e aonde se quer ir, saber o estado das coisas na tua cidade e depois trabalhar muito com a promoção da saúde, uma consciência coletiva em saúde. Por exemplo, uma cidade com aparelhos de atividade física ao ar livre pode investir em recursos humanos de saúde para orientar as pessoas, medir pressão arterial e ajudá-las a se manter ativas, longe do sedentarismo. Quando as pessoas se sentem cuidadas, elas respondem bem às políticas públicas”.

Para o futuro, Mandetta acredita que a medicina caminha para a personalização do diagnóstico. “Assim como a roupa de alfaiate, as doenças serão personalizadas. Então, vão ver sua genética e fazer o medicamento para você, a terapia gênica para você. O mundo acelera muito isso. São coisas que vão acontecer nos próximos anos. A pandemia acelerou muitos métodos, diagnósticos, exames de sangue e assim por diante”, revelou o ex-ministro.

SindHosp no YouTube

Clique aqui e acompanhe as entrevistas do podcast “Papo da Saúde” na página oficial do SindHosp do YouTube.

Firmada CCT com Sindicato de Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Jaú e Região

Informe SindHosp Jurídico nº 29-A/2024

FIRMADA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO COM O SINDICATO DOS
EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE JAÚ E
REGIÃO, VIGÊNCIA DE 1º DE JANEIRO DE 2024 A 31 DE DEZEMBRO DE 2024.

Informamos que o SindHosp firmou Convenção Coletiva de Trabalho com o SINDICATO
DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE JAÚ E
REGIÃO, com vigência de 1º de janeiro de 2024 a 31 de dezembro de 2024.

A íntegra da Convenção Coletiva de Trabalho encontra-se à disposição dos sócios e
contribuintes no site do SINDHOSP, o www.sindhosp.org.br, ícone Jurídico/Convenções
Coletivas. Clique aqui para acessar.

São Paulo, 17 de abril de 2024.

FRANCISCO ROBERTO BALESTRIN DE ANDRADE
PRESIDENTE

Base Territorial: Arealva, Areiópolis, Bariri, Barra Bonita, Boa Esperança Do Sul,
Bocaina, Boracéia, Borebi, Brotas, Dois Córregos, Dourado, Igaraçu Do Tietê, Itaju, Itapuí,
Jaú, Lençóis Paulista, Macatuba, Mineiros Do Tietê, Pederneiras, Ribeirão Bonito, São
Manuel, Torrinha E Trabiju.

Pesquisa SindHosp revela aumento de internações por dengue com repercussão nacional na mídia

Revelado por pesquisa SindHosp, o aumento de internações por dengue na rede privada de saúde do Estado de São Paulo repercutiu em diversos veículos de imprensa do Brasil, incluindo rádios, TVs, jornais e portais de internet. Segundo o levantamento, mais de 60% dos hospitais particulares paulistas registraram elevação de casos da doença em seus leitos.

Os resultados mostram que o aumento ocorreu tanto nos leitos clínicos como nas unidades de terapia intensiva (UTI). Ainda de acordo com a pesquisa, 77% dos pacientes ficaram internados por quatro dias nas UTI. Os dados foram divulgados por pelos menos 45 veículos nacionais e locais, incluindo TV Globo, Globo News, Portal G1, Rádio CBN e jornal Valor Econômico, SBT, Rádio Jovem Pan e Jovem Pan News TV, Folha de São Paulo e Uol, Rádios Bandeirantes e Band News FM, Record News e jornal Diário de S. Paulo.

Evolução do cenário

Intitulado “Evolução do Cenário – Pacientes diagnosticados com Dengue, Covid-19 e outras doenças prevalentes”, o trabalho elaborado pelo Núcleo de Inteligência e Conteúdo (NIC) do SindHosp mostrou, ainda, que casos com suspeita de dengue atendidos nos pronto-socorros e serviços de urgência subiram 60% e que o número de pacientes positivos para dengue cresceu. Os pacientes com resultado positivo para dengue tinham, em média, 30 a 50 anos, segundo mais da metade dos hospitais consultados.

A pesquisa foi realizada no início de abril com 95 hospitais do serviço privado no Estado de São Paulo, permitindo a comparação com pesquisa anterior, realizada entre fevereiro e março. Em contraposição aos dados de dengue, os hospitais particulares paulistas registram uma queda nos novos atendimentos e internações por Covid em relação à pesquisa anterior, quando 18% dos hospitais indicavam aumento de dengue e 71% de dengue e Covid.

Temperatura e repelente

Segundo Francisco Balestrin, presidente da Fehoesp (Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo) e do SindHosp, a pesquisa apontou o aumento de dengue e a queda de Covid no início de abril. “As altas temperaturas e a falta de repelentes para todos provavelmente contribuíram para o crescimento da dengue nos hospitais”, disse Balestrin. “Registramos filas de espera e demora no atendimento por conta da alta demanda de pacientes. Tivemos um conjunto grande de pessoas que se encaminharam para os hospitais para confirmar o diagnóstico da doença e, portanto, houve uma pressão nos atendimentos de prontos-socorros, ambulatórios, consultórios, mas você não tem uma pressão de internação, não há lotação de leitos”.  

Sintomas e Tratamento

Os principais sintomas da dengue são febre alta, dores nas articulações e manchas no corpo. O tratamento é feito com remédios que aliviam os sintomas, no entanto, o uso de AAS e alguns anti-inflamatórios não são indicados para a doença. Por enquanto, a vacina contra a dengue na rede pública de saúde está disponível somente para crianças de 10 a 14 anos.
Veja e baixe a pesquisa completa:
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Firmada CCT com Sindicato dos Empregados de Estabelecimentos de Saúde de Franca e Região

Informe SindHosp Jurídico nº25 A/2024

FIRMADA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO COM O SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE FRANCA E REGIÃO, VIGÊNCIA DE 1º DE MARÇO DE 2024 A 28 DE FEVEREIRO DE 2025.

Informamos que o SindHosp firmou Convenção Coletiva de Trabalho com o SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE FRANCA E REGIÃO, com vigência de 1º de março de 2024 a 28 de fevereiro de 2025.

A íntegra da Convenção Coletiva de Trabalho encontra-se à disposição dos sócios e contribuintes no site do SINDHOSP, o www.sindhosp.org.br. Clique aqui para ter acesso à CCT.

São Paulo, 15 de abril de 2024.

FRANCISCO ROBERTO BALESTRIN DE ANDRADE

PRESIDENTE

Base Territorial:

Aramina, Buritizal, Cristais Paulista, Franca, Guará, Igarapava, Itirapuã, Ipuã, Ituverava, Jeriquara, Miguelópolis, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Ribeirão Corrente, Rifaina, Restinga, São José da Bela Vista

CATS discute igualdade salarial e negociações coletivas

A segunda reunião da Câmara de Assuntos Trabalhistas e Sindicais do SindHosp discutiu dois temas que impactam de forma direta as relações de estabelecimentos de saúde da rede privada com seus colaboradores. No primeiro bloco, a advogada trabalhista Daniela Bernardo, coordenadora da CATS, tratou da Lei de Igualdade Salarial entre homens e mulheres e, no segundo, o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, coordenador do Fórum das Centrais Sindicais e consultor e ex-diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), falou sobre mercado de trabalho e negociações coletivas. O encontro contou com a participação de 18 integrantes da CATS.

Homens e mulheres

Publicada em 2023, a legislação que dispõe sobre os critérios de igualdade salarial entre homens e mulheres (Lei nº 14.611/2023) foi regulamentada pelo Decreto 11.795/2023 em conjunto com a Portaria MTE 3.714/2023. Segundo a regulamentação, empresas com mais de cem empregados devem enviar um relatório ao Ministério do Trabalho e Emprego e fazer a divulgação semestral em mídias próprias com informações relativas à remuneração dos trabalhadores da organização.
Em sua explanação, a advogada trabalhista Daniela Bernardo apresentou detalhes sobre o tema e ouviu dos integrantes da mesa o que cada um tem feito a esse respeito. De acordo com as considerações gerais, as medidas variam. Há as empresas que publicaram o relatório e aquelas que não publicaram. Entre as que publicaram, algumas não fizeram ponderações enquanto outras enfatizaram a inexistência de distinção salarial entre homens e mulheres que exercem as mesmas atividades e possuem a mesma função. As que não publicaram o fizeram em razão de medida judicial (que concedeu liminar autorizando a não publicação) ou em virtude da incerteza jurídica, considerando, inclusive, a Ação Declaratória de Inconstitucionalidade (ADI 7612) interposta pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Para Daniela Bernardo, independentemente da medida adotada, e da análise de riscos vinculada a essa decisão, é importante que as empresas verifiquem internamente as suas políticas de cargos e salários. “Além de garantir que não haja nenhuma diferença salarial entre homens e mulheres”, acrescentou a coordenadora da CATS.

Desafios trabalhistas

No segundo bloco da reunião da CATS, o sociólogo Clemente Ganz Lúcio falou sobre mercado de trabalho e negociações coletivas. Além de coordenador do Fórum das Centrais Sindicais e consultor e ex-diretor técnico do DIEESE (2004/2020), ele é membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CDESS) da Presidência da República e membro do Conselho Deliberativo da Oxfam Brasil.
Durante sua palestra, Clemente Ganz Lúcio elencou os principais desafios atuais nas relações de trabalho diante de mudanças disruptivas no processo de produção, tratou da reformulação do sistema e da cultura sindical no Brasil em discussão dentro do Ministério do Trabalho e Emprego e defendeu o fortalecimento da negociação coletiva para que a estrutura sindical se adapte às transformações em curso no mundo do trabalho.
“A sociedade passa por mudanças disruptivas no processo de produção”, destacou o sociólogo. “A engenhosidade humana criou máquinas que não só substituem a força manual, como, também, e principalmente, processam e armazenam informações. Essa quebra de paradigma tem impacto sobre todas as dimensões da vida e, consequentemente, do trabalho”.
A próxima reunião da CATS acontece em maio próximo. O propósito dessa câmara é contribuir para o alinhamento de discurso do setor patronal da saúde com embasamento técnico, trabalhando em prol da construção de negociações coletivas e acordos individuais eficientes e contemporâneos.

Série especial do ‘Papo da Saúde’ estreia com ex-ministro José Gomes Temporão

O videocast “Papo da Saúde” produzido pelo SindHosp estreou uma série especial de entrevistas com ex-ministros da Saúde. A ideia é que os convidados compartilhem experiências e falem sobre os desafios políticos diante das eleições municipais de 2024. No primeiro episódio do “Especial – Legados na Saúde”, Francisco Balestin, presidente do SindHosp e da Fehoesp, e Ahmad Youssef, vice-presidente da Fehoesp, conversaram com o médico sanitarista e pesquisador José Gomes Temporão, que foi ministro da Saúde entre 2007 e 2011, durante os quatro anos do segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Clique aqui e assista à íntegra da entrevista.

Cebes

Temporão começou sua atuação política dentro do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), ainda nos anos 1970, “quando cerca de 40 milhões de indigentes morriam sem atenção básica de saúde”. Segundo ele, já havia ali um movimento nacional de debates em torno de um novo sistema de saúde, mais equânime, que daria origem ao Sistema Único de Saúde, o SUS. “A gente combatia a ditadura e discutia saúde”, lembrou o ex-ministro.

Eleições

As eleições municipais devem colocar até 645 novos secretários de Saúde em cidades com realidades variadas. Desde a metrópole São Paulo, com milhões de habitantes, até pequenas cidades com 10 a 15 mil moradores. Para Temporão, existem algumas características que ajudam na gestão pública da saúde. “Além de conhecimento, do gestor ou de sua equipe, é preciso sensibilidade política, precisa ser uma pessoa que cuide, que acolha, que se preocupe com o sofrimento, que tenha uma visão estratégica, que queira inovar, que queira transformar… tudo isso dentro de uma postura republicana, democrática e ética”, acredita o médico.

“Um sistema de saúde eficiente deve oferecer atenção básica de alta qualidade”
José Gomes Temporão

Inamps

José Gomes Temporão acredita que a extinção do Inamps (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência), em 1993, foi um erro. “Houve uma descentralização da estrutura e os secretários estaduais sofreram diante de distorções geradas pela municipalização da saúde”, destacou o ex-ministro. “O Inamps, mesmo dentro do SUS, com sua capacidade técnica e organizacional, poderia ter sido uma ferramenta para corrigir muitas distorções, algumas presentes ainda hoje no sistema”.

Municipalização

Segundo o convidado do “Especial – Legados na Saúde”, há debates em torno de mudanças. “Precisamos sair desse sistema muito pulverizado municipalista para um sistema regionalizado, com regiões que tenham autonomia de gestão, como tem acontecido em São Paulo”, sustentou Temporão. “A ideia é que tenhamos 420 regiões, que funcionariam como redes integradas de múltiplos municípios obedecendo a lógicas específicas de cada área e poderiam contratar, licitar, planejar e assim por diante. Isso ampliaria a capacidade de gestão dos Estados”.

Atenção básica

Para José Gomes Temporão, a base de um sistema de saúde eficiente é a atenção básica de alta qualidade, realizando testes rápidos e usando tecnologias novas como a inteligência artificial. “Não podemos confundir mais atenção básica com baixa complexidade. A atenção básica é alta complexidade também, e precisamos prover qualificação para a atenção básica. Além disso, atenção básica depende de vínculo, ou seja, é preciso reter as equipes de saúde no território onde atuam, evitando a alta rotatividade, eles precisam ter um plano de vida e de carreira ali. Por fim, atenção à saúde não é medicina, existem outras áreas que interferem na saúde, como transporte, saneamento, meio ambiente, economia, entre outras”.

Imposto do pecado

Temporão também defende que o gasto público com saúde, que hoje corresponde a 40%, seja maior, chegando a 60%, que é o percentual atual do gasto privado (incluindo 28% de gastos das famílias). Para ele, os recursos adicionais desse financiamento não devem vir de impostos tradicionais, mas da taxação de produtos e serviços que causam prejuízos à saúde das pessoas. “Estamos falando do ‘imposto do pecado’, sobre produtos e serviços que fazem mal. O cigarro vendido no Brasil é um dos mais baratos do mundo. O álcool é a droga que mais mata no país, e ela é legal e barata. Temos os pesticidas agrícolas, os acidentes fatais com motociclistas, a indústria poluidora, os fabricantes de alimentos ultraprocessados, como refrigerantes e bolachas. Temos de usar esse recurso para investir em bem-estar, cultura, saneamento básico, transporte, boa alimentação, enfim, ter um olhar para a determinação social da saúde”, defendeu Temporão.

Ação ‘Páscoa Solidária’ doa chocolates para idosos do abrigo Bezerra de Menezes

Dando sequência ao seu Programa de Qualidade de Vida no Trabalho, o SindHosp promoveu a ação “Páscoa Solidária” no abrigo de idosos Adolfo Bezerra de Menezes, em São Paulo. Um grupo de colaboradores do Sindicato visitou a casa de longa permanência, que fica no bairro da Penha, para interagir com um total de 65 residentes da instituição e entregar chocolates.

Alguns comeram na hora, outros preferiram abrir as guloseimas somente no domingo de Páscoa e houve aqueles que guardaram os chocolates para dar a netos e bisnetos. Foi uma tarde de muita troca, com uma recepção amorosa e bem-humorada, e muitas palmas. “Páscoa é dizer sim ao amor e à vida, é investir na fraternidade, é lutar por um mundo melhor, é vivenciar a solidariedade”, postou um dos colaboradores do SindHosp ao mencionar a ação.  

Acima de 65 anos

A equipe do SindHosp chegou no início da tarde ao abrigo. Foram recebidos pela assistente social Cristiane Duque. Os idosos estavam em horário livre, vendo TV. O abrigo Adolfo Bezerra de Menezes ampara tanto homens como mulheres acima de 65 anos, que dormem em alas separadas, mas frequentam espaços comuns.

A missão do abrigo Bezerra de Menezes é acolher idosos carentes e desamparados, em um lugar preparado para suas atividades diárias, assim como prestar serviços à comunidade e àqueles que mais precisam – por meio da doação de alimentos, roupas e calçados – e orientar as famílias para o desenvolvimento integral de suas vidas e da comunidade, segundo definem seus mantenedores. O abrigo também tem por objetivo promover e incentivar o voluntariado e a caridade.

A ação “Páscoa Solidária” faz parte do Pilar Social do Plano de Qualidade de Vida no Trabalho do SindHosp, que se utiliza de um conjunto de técnicas e ações com o objetivo de promover a satisfação e o bem-estar dos colaboradores no meio corporativo. O programa tem com fundamento o cuidado com a saúde, incluindo a física, a mental, a financeira e a social.

A ação “Páscoa Solidária” faz parte do Pilar Social do Plano de Qualidade de Vida no Trabalho do SindHosp

  • Faça sua doação

Para fazer doações ao abrigo Bezerra de Menezes, você pode depositar o valor desejado em uma das contas bancárias ou via paypal e pagseguro. Clique aqui e veja como doar.

  • Seja voluntário

Para se tornar um voluntário, basta preencher um pré-cadastro e se submeter a uma entrevista, ambos pessoalmente. Tendo vagas compatíveis com seu perfil, você será chamada para prestar serviço voluntário em uma das três unidades da associação beneficente. Clique aqui para obter mais informações.  

Reunião da CAPE discute Projetos de Lei municipais, estaduais e federais e Reforma Tributária

A Câmara de Assuntos Políticos e Estratégicos do Sindicato dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas e Estabelecimentos de Saúde no Estado de São Paulo se reuniu pela segunda vez neste ano de 2024. Em pauta, temas relativos às três esferas de poder, municipal, estadual e federal.

Na abertura do encontro, oficializou-se a estrutura da CAPE, tendo à frente dos trabalhos o sponsor Yussif Ali Mere Júnior, o coordenador Inaldo Leitão Filho e a secretária-executiva Gabrielle Rodrigues, estes do SindHosp e aquele da Fehoesp.

Na sequência da reunião, os integrantes da CAPE trataram de questões legislativas municipais da cidade de São Paulo, avaliando os impactos para os estabelecimentos de saúde situados na capital paulista.

Monitoramento legislativo

Durante o painel “Monitoramento Legislativo”, a CAPE discutiu Projetos de Lei que tramitam tanto na Assembleia Legislativa de São Paulo como na Câmara dos Deputados, além de colocar em pauta a Comissão de Saúde da Câmara.

Por fim, a reunião abriu espaço para atualizações sobre a Reforma Tributária, bem como os principais pleitos do setor privado de saúde. A expectativa é que a regulamentação da Reforma Tributária seja aprovada ainda em 2024. 

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