Sindhosp

Josiane Mota

HC de SP ganha nova ala para cirurgia bariátrica

Com 1.800 pacientes à espera de cirurgia bariátrica e demora de até cinco anos para a realização do procedimento, o Hospital das Clínicas de São Paulo inaugurou uma ala de internação exclusiva para a especialidade, o que permitirá que a unidade dobre o número de procedimentos feitos por ano.
 
Com a entrega da nova ala, que teve a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB), o HC vai passar de 200 para 400 cirurgias bariátricas por ano. “Já tínhamos um ambulatório especializado, mas os pacientes obesos ficavam internados em leitos comuns, com os demais pacientes de cirurgia do aparelho digestivo.
 
Ivan Cecconello, professor titular da disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo do HC, afirma que "agora, temos 16 leitos exclusivos e adaptados só para eles”".
 
Na nova ala, os leitos são capazes de suportar até 400 kg, os banheiros e quartos são maiores e toda a estrutura do dormitório é reforçada, explica Marco Aurelio Santo, diretor da Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica do HC.
 
“— Considerando que o pré-operatório ideal leva cerca de dois anos, a nossa meta é fazer com que todos os pacientes consigam ser operados no período de dois a três anos. Hoje, essa meta é alcançada para cerca de metade dos pacientes”.
 
Maior obeso do mundo emagrece e precisa tirar 50 kg de pele em cirurgia
 
No caso da feirante Célia Braz da Silva, de 42 anos, a espera pela cirurgia bariátrica no HC foi de cinco anos. Com 120 kg e IMC (índice de massa corpórea) de 45, ela finalmente passará pela cirurgia nesta quarta-feira (2).
 
— Demorei para conseguir marcar as consultas e também porque tinha que perder peso.
 
O HC também ganhou outra UTI, centro de obstetrícia e serviço de mamografia 3D.

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USP descobre substância mais eficaz no tratamento da doença de Chagas

Dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 3 milhões de pessoas possuem doença de chagas no país e a maioria já na fase crônica, quando órgãos como coração e esôfago começam a inflamar e inchar. O problema é que 40% dos pacientes abandonam o tratamento nos primeiros dez dias porque o benznidazol, único medicamento usado contra a moléstia, provoca muitos efeitos colaterais. Com base nessa constatação, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP) conseguiram desenvolver uma substância cinco vezes mais eficiente que a atual e, principalmente, menos tóxica ao ser humano.
 
O pesquisador João Santana da Silva explica que o resultado foi obtido a partir de modificações na estrutura molecular do próprio benznidazol, usado no tratamento da doença de chagas há 40 anos. O remédio atua no sentido de eliminar da corrente sanguínea o Trypanossoma Cruzi – parasita transmitido pelo inseto conhecido como barbeiro. “Para esse bicho sobreviver, ele precisa de uma quantidade enorme de redes enzimáticas. Então, a ideia é fazer algo que iniba essas vias e não faça mal ao hospedeiro, que no caso é o homem, o paciente.”
 
Silva afirma que, na fase inicial, a doença de chagas tem sintomas como febre e mal-estar, o que faz com que seja confundida com enfermidades mais simples. Caso não seja tratado de forma adequada, o paciente pode desenvolver a fase crônica, quando o parasita se hospeda nos tecidos e causa o crescimento de alguns órgãos. “Por isso, a maioria das pessoas que se infecta não fica sabendo, só vai descobrir que é chagásico quando tiver a sintomatologia da fase crônica, que varia de três a 10 ou até 15 anos”, diz o pesquisador.
 
Atualmente, a forma de eliminar o parasita do corpo e diminuir os sintomas é pela ministração do benznidazol – único medicamento aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entretanto, o remédio não é eficaz na fase crônica e causa muitos efeitos colaterais como enjoos, dores estomacais e tontura. O resultado é que cerca de 40% dos pacientes abandonam o tratamento logo no início. “Uma das nossas estratégias para eliminar o parasita é modificar o benznidazol e transformá-lo em uma substância mais eficaz e menos tóxica”, afirma Silva.
 
Novo medicamento
 
Os testes in vitro constataram que a nova molécula é capaz de matar o parasita, sem ser tóxica para a célula humana. O próximo passo, que terá início nas próximas semanas, é testar uma quantidade maior da substância em camundongos. Só a partir destes resultados, será possível iniciar os testes em seres humanos. “Como a gente não utiliza nenhuma droga diferente das que já existem, é fácil ir para a indústria farmacêutica. Não é uma droga nova, mas uma nova abordagem. Já estamos no meio do caminho.”
 
O pesquisador diz, no entanto, que esse tipo de estudo não atrai a maioria dos laboratórios farmacêuticos e acaba ficando nas universidades, porque a doença de chagas é considerada uma moléstia negligenciada, ou seja, endêmica em populações de baixa renda. Exemplo disso é que 80% dos infectados estão em comunidades de baixa renda, afastadas dos grandes centros urbanos, na região norte do país.
 
"A importância para a indústria farmacêutica é pequena porque, se existir uma droga para matar o parasita, certamente terá que ser barata. Não tem interesse comercial. Portanto, quem acaba correndo atrás disso são as universidades", explica Silva, destacando que só a USP em Ribeirão Preto tem quatro descobertas patenteadas sobre o tema.

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A.C. Camargo cria escola avançada de patologia

Com a proposta de oferecer educação continuada aos patologistas brasileiros e a médicos residentes, o A.C. Camargo Cancer Center criou em São Paulo a Escola de Patologia Oncológica Avançada Humberto Torloni (Epoaht).
 
O anúncio será feito durante a 17ª edição da Jornada de Patologia, que ocorrerá no A.C. Camargo entre 7 e 9 de agosto.
 
Além das tradicionais jornadas e dos simpósios internacionais de patologia promovidos pela instituição desde 1997, a Epoaht oferecerá cursos curtos e de média duração, estágios de 120 dias contínuos e o programa Preceptorship, que, entre outras atividades, terá aulas para grupos de até nove alunos em microscópio de dez cabeças, que permite a observação simultânea de uma mesma lâmina por até 10 pessoas.
 
Este ano, a programação da 17ª Jornada de Patologia terá como alvo os tumores de pulmão, tireoide, mama, pâncreas, melanoma, endométrio, adreno-cortical e gliomas. Haverá ainda discussão de casos em microscópio e serão dadas dicas para publicação de paper em revista científica. O evento é voltado a professores, pesquisadores, alunos de pós-graduação, estudantes de iniciação científica, médicos patologistas e médicos residentes.
 
Concomitantemente à jornada, ocorrerão o 7º Encontro Internacional de Patologia Investigativa e o 3º Encontro com o Especialista.
 
Serviço:
Os eventos ocorrerão no anfiteatro Senador José Ermírio de Moraes do A.C. Camargo, que fica na Rua Professor Antônio Prudente, 211, em São Paulo. 
 
 
 

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Oswaldo Cruz continua expansão em 2014

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz registrou resultados financeiros positivos em 2013, ano marcado pela abertura de leitos na nova Torre (Bloco E), que tem ocupação média de 82% da capacidade instalada.
 
A receita líquida teve crescimento de 20,3% comparada ao ano anterior, atingindo R$ 493,5 milhões. O Superávit Operacional, de R$ 35,3 milhões, cresceu 45,5% e o Ebtida, de R$ 55,9 milhões, teve aumento de 41,6%. 
 
Nos últimos quatro anos, os investimentos em infraestrutura, tecnologia, centros de referência e relacionamento com corpo clínico somaram R$ 350 milhões. Para este ano, a previsão é que os investimentos sejam de R$ 40 milhões, com foco na expansão da atuação nas áreas de Doenças Circulatórias, Digestivas, Oncológicas e Osteomusculares. Além disso, em breve serão inaugurados o Centro Cirúrgico e a UTI da nova Torre.
 
“No último ano, o hospital teve a oportunidade de ampliar sensivelmente sua estrutura e conseguimos um importante resultado com esse investimento“, afirmou o superintendente executivo do Oswaldo Cruz, Paulo Vasconcelos Bastian, em nota. 
 
Com mais de 96 mil m² de área construída, o hospital dispõe atualmente de 327 leitos de internação, sendo 22 salas de cirurgia, 44 leitos na Unidade de Terapia Intensiva e Pronto Atendimento 24 horas. 
 
 
 

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Anuário Brasileiro da Saúde está disponível em versão digital

O Anuário Brasileiro da Saúde, uma publicação da FEHOESP e do SINDHOSP, em parceira com a Public Projetos Editoriais, já está disponível em versão digital para usuários da Apple. Através do iTunes, os interessados podem fazer o download gratuito do conteúdo clicando aqui. Em breve também será lançada a versão para usuários Android.

 

Neste ano, o tema do anuário é “A saúde que temos, a saúde que queremos e a que podemos ter”. A publicação traz um debate da saúde no Brasil para os próximos 15 ou 20 anos, além de questionar o que é preciso fazer já para que alcancemos um cenário ideal em duas décadas? Na área suplementar, como assegurar a sustentabilidade do sistema? Quais as mudanças necessárias?

 

O conteúdo também aborda a falta de conscientização e investimentos em tecnologias da informação na área da saúde, bem como no desenvolvimento de profissionais de informática específicos para o setor. O papel das instituições de longa permanência, tendência já consolidada em várias partes do mundo mas que, no Brasil, ainda não alcançou o reconhecimento que merece por parte dos compradores de serviços, população e profissionais também é debatido.

 

 

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Contrato temporário poderá ser de nove meses

Por meio da Portaria nº 784/2014, do Ministério de Estado e Emprego estabelece instruções para o contrato de trabalho temporário superior a três meses e o fornecimento de dados para o estudo do mercado de trabalho.
 
Pela portaria restou autorizado o contrato temporário superior a três meses, nas seguintes situações:
 
i) Quando ocorrerem circunstâncias já conhecidas na data de celebração, que justifiquem a contratação de trabalhador temporário por período superior a três meses; ou
ii) Quando houver motivo que justifique a prorrogação de contrato de trabalho temporário, que exceda o prazo total de três meses de duração.
 
Quando as empresas cumprirem os requisitos acima poderá solicitar as autorizações por meio do sítio eletrônico: www.mte.gov.br, o requerimento de autorização será analisado pela Seção de Relações do Trabalho – SERET da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado da Federação onde o trabalhador temporário irá prestar seus serviços.
 
A portaria entra em vigor em 1º de julho de 2014.
 
 
A íntegra para ciência:
 
PORTARIA Nº 789, DE 2 DE JUNHO DE 2014
Estabelece Instruções para o Contrato de Trabalho Temporário e o Fornecimento de Dados Relacionados ao Estudo do Mercado de Trabalho.
O Ministro de Estado do Trabalho e Emprego, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal, e tendo em vista o disposto nos arts. 8º a 10 da Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, e no art. 27 do Decreto nº 73.841, de 13 de março de 1974,
Resolve:
Art. 1º Estabelecer instruções para o contrato de trabalho temporário por período superior a três meses e o fornecimento de dados relacionados ao estudo do mercado de trabalho.
I ‐ Autorização para celebração de contrato de trabalho temporário por prazo superior a três meses.
 
 Art. 2º Na hipótese legal de substituição transitória de pessoal regular e permanente, o contrato poderá ser pactuado por mais de três meses com relação a um mesmo empregado, nas seguintes situações:
I ‐ quando ocorrerem circunstâncias, já conhecidas na data da sua celebração, que justifiquem a contratação de trabalhador temporário por período superior a três meses; ou
II ‐ quando houver motivo que justifique a prorrogação de contrato de trabalho temporário, que exceda o prazo total de três meses de duração.
Parágrafo único. Observadas as condições estabelecidas neste artigo, a duração do contrato de trabalho temporário, incluídas as prorrogações, não pode ultrapassar um período total de nove meses.
Art. 3º Na hipótese legal de acréscimo extraordinário de serviços, será permitida prorrogação do contrato de trabalho temporário por até três meses além do prazo previsto no art. 10 da Lei 6.019, de 3 de janeiro de 1974, desde que perdure o motivo justificador da contratação.
Art. 4º A empresa de trabalho temporário deverá solicitar as autorizações previstas nos arts. 2º e 3º desta Portaria por meio da página eletrônica do MTE, conforme instruções previstas no Sistema de Registro de Empresa de Trabalho Temporário ‐ SIRETT, disponível no  endereçowww.mte.gov.br.
§ 1º Quando se tratar de celebração de contrato de trabalho temporário com prazo superior a três meses, a solicitação de autorização deve ser feita com antecedência mínima de cinco dias de seu início.
§ 2º Quando se tratar de prorrogação de contrato de trabalho temporário, a solicitação de autorização deve ser feita até cinco dias antes do termo final inicialmente previsto.
§ 3º Independe de autorização do órgão regional do MTE a prorrogação de contrato de trabalho temporário, quando, somada à duração inicial do contrato, este não exceder a três meses.
Art. 5º O requerimento das autorizações previstas no art. 2º e 3º desta Portaria será analisado pela Seção de Relações do Trabalho ‐ SERET da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado da Federação onde o trabalhador temporário prestará seus serviços.
§ 1º Compete ao Chefe da Seção de Relações do Trabalho, de forma fundamentada, decidir sobre a autorização solicitada.
§ 2º A competência estabelecida no § 1º deste artigo poderá ser delegada pela chefia aos servidores lotados na Seção de Relações do Trabalho da respectiva unidade.
§ 3º A decisão sobre a autorização constará de termo gerado pelo SIRETT, que será disponibilizado no próprio sistema.
Art. 6º Será denegada a autorização quando não preenchidas as condições previstas nesta Portaria.
§ 1º A concessão das autorizações previstas no art. 2º ou no art. 3º desta Portaria é realizada com base na análise formal e objetiva da documentação e das declarações prestadas pelos requerentes, não implicando responsabilidade da autoridade concedente caso as condições fáticas do contrato divirjam das informações prestadas pelo solicitante.
§ 2º Compete à Inspeção do Trabalho a verificação da regularidade das condições do contrato de trabalho temporário, inclusive quanto a seus motivos, a ser realizada de acordo com o planejamento de cada regional.
II ‐ Informações destinadas ao estudo de mercado
Art. 7º Para fins de cumprimento do disposto no art. 8º da Lei nº 6.019, de 1974, as empresas de trabalho temporário deverão informar, até o dia sete de cada mês, os dados relativos aos contratos de trabalho temporário celebrados no mês anterior.
§ 1º As informações serão prestadas no SIRETT, por meio de preenchimento do formulário eletrônico ou pela transmissão de arquivo digital com formato padronizado.
§ 2º Em caso de prorrogação de cont

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HIV: estudo abre caminho para terapia contra gripe suína

O organismo de pessoas portadoras do HIV, apesar da baixa imunidade, pode combater o vírus da gripe suína, que promoveu a pandemia de 2009. Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) identificaram o mecanismo pelo qual isso acontece – uma proteína, produzida pela imunidade durante a infecção pelo HIV, acaba impedindo o vírus Influenza H1N1 de se replicar nas células. O estudo, publicado pela revista científica PLOS ONE, abre caminho para uma terapia contra a gripe suína, também conhecida como gripe A, e estudos de co-infecções por outros vírus, como o da dengue e o da febre do Nilo. O estudo começou em 2009, durante a pandemia de H1N1, e foi desenvolvido no Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC, que é referência nacional no estudo destas viroses. Os pesquisadores observaram que pacientes imunodeprimidos com câncer ou transplantados foram afetados de forma mais grave pela gripe suína e a mortalidade, mais acentuada. Já entre os pacientes soropositivos, a gripe foi mais branda.
 
"O desfecho clínico dos indivíduos HIV positivo eram similares aos observados para a população geral. Eles não estavam morrendo mais do que a população geral. Isso causou uma surpresa", afirmou o autor principal do estudo, Thiago Moreno L. Souza, pesquisador do IOC. A teoria dos pesquisadores é de que havia uma "estratégia inteligente" do HIV: bloquear a infecção do organismo por outro vírus, "a fim de que toda a maquinaria do paciente estivesse disponível para o vírus original, o primeiro que estava lá". O que acontece é que na infecção por HIV há uma luta constante do organismo contra o vírus, e também há reação constante do vírus à resposta do organismo. Nesse embate, proteínas chamadas de fatores de restrição têm a sua expressão aumentada nas células infectadas pelo HIV e nas células que tiveram contato com partículas do HIV. Os pesquisadores descobriram que o vírus da AIDS faz aumentar um desses fatores, o IFITM3. Essa molécula bloqueia a chegada do material genético do H1N1 no núcleo da célula, onde ocorre a replicação viral.
 
Os pesquisadores demonstraram que esse fenômeno ocorre em dois grupos importantes de células: as células epiteliais do trato respiratório e os macrófagos, células do sistema imune que atuam no combate à infecção. As epiteliais são as principais células em que o H1N1 se replica. "O HIV não infecta essas células. Mas partículas de HIV podem entrar em contato com a superfície dessas células. Isso basta para induzir essa resposta de aumento de IFITM3, que bloqueia a entrada de Influenza na célula", explica Souza.
 
Além disso, quando o vírus da gripe infecta o trato respiratório, ele estimula naturalmente o organismo a debelar essa infecção. "Mais células de defesa são recrutadas para o trato respiratório. Entre elas, os macrófagos, que são células suscetíveis tanto ao HIV quanto ao Influenza. E mesmo nessas células, a infecção pelo HIV leva a esse aumento do fator de restrição IFITM3, que bloqueia a entrada do Influenza, e a chegada do material genético do Influenza ao núcleo da célula", afirma. Uma das causas que aumenta a gravidade da infecção pelo H1N1 é a capacidade do vírus de produzir processos inflamatórios potentes. O HIV também bloqueia esse tipo de reação exacerbada. "Em inglês se usa uma expressão que é cytokine storm, uma tempestade de citocinas, para dizer que o Influenza está induzindo uma potente resposta inflamatória que normalmente é danosa pro paciente. Nos macrófagos infectados pelo HIV e pelo influenza, a habilidade do vírus da gripe de induzir citocinas inflamatórias está reduzida, justamente porque o ciclo replicativo dele está restringido", explica Souza.
 
O desafio dos pesquisadores, agora, é encontrar uma maneira de aumentar a produção da proteína IFITM3, sem que o organismo esteja infectado pelo HIV. "Obviamente que as pessoas não seriam tratadas com o vírus do HIV, mas se a gente consegue entender qual a porçãozinha dessa proteína, os dois, três, ou dez aminoácidos que conseguem induzir essa resposta, talvez com isso conseguisse de fato desenvolver uma nova terapia. A gente tem trabalhos já sendo desenvolvidos nesse sentido no laboratório", afirmou o pesquisador. A pesquisa pode ajudar ainda a se chegar a terapias para outras doenças. Souza explica ainda que a proteína IFITM3 foi descoberta há menos de três anos como fator de restrição para outros vírus, como dengue e febre do Nilo.

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Samaritano oferece exame menos invasivo para câncer

O Hospital Samaritano de São Paulo passa a oferecer um procedimento menos invasivo para tumores no pulmão e no mediastino, a Ecobroncoscopia (EBUS). Trata-se de um exame endoscópico, que une os métodos de endoscopia e de ultrassonografia, realizado através da traqueia e dos brônquios.
 
O especialista do Serviço de Endoscopia do Hospital Samaritano de São Paulo, Lúcio Rossini, explica que o procedimento possibilita o diagnóstico de pequenas lesões localizadas no mediastino de forma mais precisa que a tomografia, melhorando a definição do estágio da doença e ajudando na escolha do melhor tipo de tratamento para o paciente. 
 
Rossini lembra que o tratamento dos tumores depende do estágio da doença no momento do diagnóstico e do tipo de doença do paciente – histologia da lesão determinada através de biópsias ou de retirada do tumor. O estágio dos tumores do pulmão e do mediastino é inicialmente definido através de exames de imagem como o RX, broncoscopia e tomografia. “O EBUS permite um diagnóstico mais preciso e minimamente invasivo destas lesões, chegando, muitas vezes a evitar cirurgias desnecessárias”, afirma.
 
O EBUS tem grande utilidade quando exames de imagem, como a tomografia, surpreendem tumores localizados no mediastino que não têm diagnóstico do tipo de lesão. “Nestas situações, eram indicados procedimentos cirúrgicos mais invasivos. O novo exame permite evitar a maioria destes procedimentos com taxas de diagnóstico equivalentes, diminuindo riscos, custos e sofrimento do paciente”, destaca Rossini.
 

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CBA inicia campanha Segurança do Paciente

O que pode trazer mais segurança ao paciente na hora de uma consulta ou tratamento? Responder esta pergunta é o objetivo da nova campanha de Segurança do Paciente desenvolvida pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), representante exclusivo no Brasil da maior agência acreditadora em saúde do mundo, a Joint Commission International (JCI).

Segundo estudo apresentado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no ano passado, de cada dez pacientes, pelo menos um acaba passando por incidentes que resultam de dano não intencional, decorrente da assistência. Cerca de 67% dos casos poderiam ser evitados com a adoção ou reforço de medidas de segurança do paciente estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Joint Commission International (JCI).

Para o coordenador de educação do CBA, Heleno Costa Júnior "a segurança do paciente é uma responsabilidade individual de cada profissional que presta cuidados de saúde". Por isso, para orientar estes profissionais a assistirem melhor seus pacientes, a campanha do CBA destaca, entre outras atitudes, a atenção ao paciente, o cuidado com a higiene das mãos, o esclarecimento e a concordância ao iniciar procedimentos e tratamentos.

Além disso, também dá dicas do que o paciente pode fazer para ter uma assistência mais segura. Entre elas: perguntar tudo sobre seu tratamento, compartilhar todos os seus sintomas com o profissional e alertar sobre possíveis alergias.

A campanha foi criada em tamanho flyer, para que os hospitais acreditados ou em preparação para acreditação da JCI possam imprimir a peça e distribuí-la entre colaboradores, pacientes e familiares. Para baixar a arte, basta acessar o site www.cbacred.org.br.

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Criado o Comitê de Terapia Renal Substitutiva

Para debater e deliberar sobre temas de interesse das empresas que prestam serviços na área de terapia renal, a Federações dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP) criou, em junho, o Comitê de Terapia Renal Substitutiva (CTRS). O grupo de trabalho, que é estendido às clínicas intra e extra-hospitalares de hemodiálise associadas aos seis sindicatos filiados à FEHOESP (SINDHOSP, SindRibeirão, SindhosPru, SindSuzano, SindMogi das Cruzes e SindJundiaí), terá como coordenador o médico nefrologista Carlos Antonio Nascimento, da clínica Sedit Nefrologia Diálise Transplante.
 
Na reunião do dia 9 de junho, que instalou o CRTS, o presidente do SINDHOSP e da FEHOESP, Yussif Ali Mere Jr., explicou que “o comitê é mais um espaço com estrutura para atender às demandas das clínicas de terapia renal, visando discutir os percalços impostos a essas empresas pelo governo, pelas operadoras de planos de saúde, pelos sindicatos profissionais, dentre as inúmeras interferências pelas quais passam o segmento”.
 
Para Nascimento, debater os problemas comuns enfrentados pelas clínicas de nefrologia é muito importante. “Desde 2004, o governo faz alterações e novas exigências, sem avaliar o impacto financeiro para o segmento. Por isso, precisamos debater propostas e apresentar sugestões sobre consultas públicas, projetos de lei e regulamentações, especialmente junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para que possamos contribuir para o aperfeiçoamento do bom funcionamento do segmento e da melhoria da qualidade dos serviços ofertados aos usuários de serviços de saúde”, destacou.
 
A primeira atividade do CTRS ocorreu no encontro do dia 25 de junho, no auditório do SINDHOSP, em sua sede em São Paulo. Na oportunidade, foram discutidos os itens da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da Anvisa nº 11/2014, que dispõe sobre os requisitos de boas práticas de funcionamento para os serviços de diálise, e dá outras providências, e a portaria nº 389 do Ministério da Saúde, de 13/3/2014, que define os critérios para a organização da linha de cuidado da pessoa com doença renal crônica (DRC) e institui incentivo financeiro de custeio destinado ao cuidado ambulatorial pré-dialítico.
 
A próxima reunião do Comitê de Terapia Renal Substitutiva será nesta quarta-feira (2/7), às 15 h, no SINDHOSP. 
 

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