Além das palestras tradicionais, o 11° Congresso Brasileiro de Gestão em Saúde trouxe uma novidade: especialistas ligados a assuntos estratégicos juntamente com os congressistas divididos em cinco grupos de trabalho discutiram pontos específicos do tema principal “Como lidar com o desiquilíbrio econômico e financeiro”. Os assuntos das mentorias foram: modelo assistencial – privado, laboratórios hospitalares, modelo assistencial – SUS, oportunidade para os laboratórios fora das grandes redes e contratualização. “Acredito que esta troca é fundamental, porque contribui com a vivência do dia a dia de cada laboratório. Os gestores estão tendo a de discutir os principais problemas e conflitos que afetam o dia a profissionais, promovendo a troca de experiências e a busca por soluções”, afirmou Wilson Shcolnik, o coordenador do painel.
Após um período de debates, o mentor de cada grupo apresentou os resultados das discussões. Alex Galoro, presidente da SBPC/ML, disse que, na análise dos congressistas sobre modelo assistencial do setor privado, com o modelo atual remuneração a maioria dos laboratórios está com dificuldades financeiras, endividados e sem previsão orçamentária.
Gerson Coutinho, diretor do Laboratório Coutinho & Pinheiro, representando a equipe de laboratórios hospitalares, falou que houve um consenso de que é preciso novos rumos para a cobrança pelos laboratórios terceirizados. “Já estamos cansados de discutir tabelas. Precisamos trabalhar e receber por performance.”
Foco no paciente, epidemiologia laboratorial em harmonia coma tecnologia d informação (TI), o cumprimento do que está regulamentado e a falta de apoio entre a categoria está entre os principais problemas apontados pelo grupo liderado por Humberto Marques Tibúrcio, presidente do SindLab-MG, que debateu o modelo assistencial no SUS.
As oportunidades para os laboratórios fora das grandes redes foi o tema do grupo coordenado por Luiz Fernando Barcelos, presidente da Sbac. Ele disse que a questão da gestão ainda é um problema para os laboratórios, assim como a tabela SUS. “Todo mundo tem boas intenções mas uma análise criteriosa do negócio mostra que o modelo precisa ser mudado.”
Sobre a questão da contratualização, o coordenador do grupo, Paulo Azevedo, diretor de Paulo Azevedo, informou que a falta de cumprimento de contratos pelas operadoras, ainda é um grande problema, assim como as glosas dos serviços. “É preciso fazer valer o que está na lei 13.003. Temos de continuar tentando fazer valer a regulação.”
Por Fabiane de Sá
Fotos Leandro Godoi