Cresce ocupação de leitos de UTI nos hospitais privados paulistas, avalia pesquisa do SindHosp

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Pesquisa do SindHosp constatou que mais de 80% dos hospitais da amostra pesquisada estão com ocupação de 40% dos leitos de UTI com pacientes Covid-19

Maior pesquisa do setor, apurada no período de 12 a 19 de janeiro, ouviu 81 hospitais privados no estado de São Paulo, sendo 21% da capital e 79% do interior. Dados mostram que a Covid-19 está levando pacientes de volta às UTIs.

Segundo o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, a tendência de queda nas internações de UTI observada desde outubro do ano passado teve uma reversão logo após o período das festas de fim de ano.

Este índice de 40% de ocupação de leitos em UTI indica uma tendência de crescimento das internações em UTI e acende um sinal amarelo, exatamente em um momento que enfrentamos falta de testes, o afastamento de profissionais de saúde e o apagão de dados”, avalia.

No entanto, ele informa que é preciso considerar também que houve diminuição de leitos disponibilizados para Covid-19 desde o final do ano passado quando as internações em UTI caíram drasticamente.

Hoje estima-se que em média os hospitais estão disponibilizando 10% a 15% dos leitos de UTI para Covid-19. Lembrando que no auge da pandemia ano passado, os hospitais destinavam de 40% a 50% dos leitos de UTI para Covid-19.

A pesquisa apurou ainda que 100% dos hospitais pesquisados confirmam que estão notificando regularmente as autoridades sanitárias sobre a Covid-19.

Afastamento de profissionais é o maior problema

38% dos hospitais responderam que o maior problema no atendimento a pacientes Covid-19 e de síndrome gripal refere-se ao afastamento de colaboradores por doença e 24% informaram que o maior entrave é o aumento da demanda maior que a capacidade de atendimento nos prontos-socorros.

Sobre a reposição de estoques de testes para Covid-19 e Influenza, 72,60% dos hospitais relataram dificuldades, confirmando pesquisa com laboratórios que indicou que 88% deles enfrentam dificuldades na reposição de testes.

Tempo médio de espera para atendimento de urgência

A pesquisa aponta grandes dificuldades no atendimento de urgência/emergência de pacientes com suspeita de Covid-19 e síndromes gripais. 75% dos hospitais relataram espera acima de 2 horas, sendo que 43% apontam uma espera de 2 a 3 horas e 32% informam espera acima de 3 horas.

Faixa etária

48,5% dos pacientes com Covid-19 internados em UTI estão na faixa etária dos 60 a 79 anos e 34% de 30 a 50 anos. Enquanto no serviço de urgência/emergência, 51% dos pacientes têm entre 30 a 50 anos e 30,5% dos pacientes encontram-se na faixa etária dos 60 a 79 anos.

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Desde março de 2020 o SindHosp vem monitorando a trajetória da pandemia nos hospitais privados. Um compilado com o histórico das 20 fases da pesquisa, aplicada durante 18 meses, foi lançado em formato de E-book.

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